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Cedência chinesa nas tarifas automóveis estava a animar Wall Street. Mas Trump mudou tudo

As bolsas do outro lado do Atlântico seguiam em terreno positivo, impulsionada pelos relatos de que a China poderá decidir-se por um corte das tarifas aduaneiras à importação de carros norte-americanos. Mas a tendência já mudou, depois de Trump vir dizer que tem "orgulho" em encerrar os serviços públicos nacionais se a sua pretensão orçamental do muro na fronteira com o México não for atendida.

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11 de Dezembro de 2018 às 18:43

O Dow Jones segue a ceder 0,26% para 24.358,92 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 0,26% para 2.630,76 pontos – depois de já ter estado hoje a ganhar 1,4%.

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,13% para 7.011,01 pontos.

As principais praças accionistas norte-americanas estavam a negociar em alta, devido à expectativa de que a China reduza as tarifas aduaneiras sobre os carros que importa dos Estados Unidos.

Mas entretanto o presidente dos EUA disse ter "orgulho" em fechar os serviços públicos do país se o Congresso não der o dinheiro que pretende para a construção do muro na fronteira com o México. Bastou esta declaração de Donald Trump para as bolsas norte-americanas inverterem para a baixa.

"Serei eu a provocar a paralisação [dos serviços públicos]. Não culparei por isso", disse Trump durante uma tensa troca de ideias com Nancy Pelosi, a líder democrata na Câmara dos Representantes, e com Chuck Schumer, o líder democrata no Senado, que se realizou na presença de jornalistas na Casa Branca.

"E terei orgulho em encerrar os serviços governamentais a bem da segurança na fronteira", acrescentou.

As cotadas do sector automóvel continuam a transaccionar em alta, mas os títulos do sector financeiro começaram a recuar e estão a ter mais peso na negociação bolsista em Wall Street.

A última vez que houve perigo de "shutdown" (encerramento dos serviços governamentais) foi em Fevereiro. E aconteceu mesmo, com os serviços públicos do país a paralisarem durante três dias. Ao terceiro dia de "shutdown", os legisladores norte-americanos acabaram por delinear um acordo para a reabertura dos serviços do governo federal.

Agora, uma vez mais, a Câmara dos Representantes e o Senado dos EUA (ambas as casas do Congresso) têm de aprovar um projecto de lei que permita que as agências federais do país possam continuar a ser financiadas, evitando assim um "shutdown" a partir de 21 de Dezembro.

Mas Trump tem a última palavra e ameaça vetar se não conseguir o financiamento que pretende para o ambicioso muro na fronteira com o México.

Recorde-se que a lei de financiamento do Estado federal norte-americano abrange várias áreas, da Agricultura à Defesa, e a sua aprovação evita uma paragem dos serviços públicos por falta de dinheiro.

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