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Dona da bolsa de Lisboa lucra 184 milhões no trimestre. Volatilidade impulsiona receitas

No segundo trimestre do ano a Euronext viu as receitas derivadas de negociação nos mercados financeiros aumentar tanto nas bolsas, como nas obrigações e "commodities".

Stéphane Boujnah é o CEO do grupo Euronext.
Stéphane Boujnah é o CEO do grupo Euronext. Cyril Fussien
31 de Julho de 2025 às 16:46

A dona da bolsa de Lisboa, a Euronext, - que lançou na manhã desta quinta-feira uma lucrou 183,8 milhões de euros no segundo trimestre do ano, uma subida de quase 30% face ao mesmo período de 2024.

As receitas atingiram 465,8 milhões de euros entre abril e junho, um aumento de 13% face ao registado em 2024 e um valor recorde. Os proveitos não relacionados com volume representaram 58% das receitas totais.

A elevada volatilidade nos mercados no segundo trimestre - principalmente após o "dia da libertação" nos Estados Unidos -, levou a aumento da negociação e a receita proveniente dos mercados de ações cresceu quase 10% para 106,2 milhões de euros.

Já a faturação dos mercados de renda fixa, cambial e "commodities" cresceu para 87,7 milhões de euros (mais 20,1% do que no ano passado), "impulsionada por um desempenho recorde na negociação", explica o grupo em comunicado.

"Desde o início do ano, a Euronext tem continuado a investir para expandir a sua presença na Europa. Reforçámos a nossa posição nos países nórdicos com a aquisição da Admincontrol e iremos consolidá-la ainda mais com a migração dos futuros de energia da Nasdaq Nordic para a Euronext Clearing no primeiro trimestre de 2026", refere o CEO Stéphane Boujnah.

"A aquisição prevista da ATHEX irá expandir o nosso modelo integrado em toda a Europa, contribuindo para concretizar a União de Poupança e Investimento. Estamos fortemente empenhados em impulsionar o desenvolvimento e a atratividade dos mercados gregos a nível internacional e em gerar eficiências e competitividade em todo o grupo", acrescenta o CEO do grupo que em Portugal é liderado por Isabel Ucha.

Euronext estima sinergias anuais de 12 milhões com a bolsa de Atenas. Custos iniciais chegam aos 25 milhões

A Euronext avançou esta quinta-feira com uma oferta para comprar a Bolsa de Atenas por 412,8 milhões de euros. A proposta foi feita em ações e assume uma taxa de conversão de 20 ações da ATHEX por cada nova ação da gestora, o que avalia a bolsa de Atenas em mais de 400 milhões de euros.

Na informação disponibilizada ao mercado, o conselho da Bolsa de Valores de Atenas apoiou de forma unânime a oferta da Euronext, que opera, atualmente, as bolsas de Lisboa, Paris, Amesterdão, Milão, Bruxelas, Dublin e Oslo.

A dona da bolsa de Lisboa espera que a aquisição proporcione sinergias de caixa anuais de 12 milhões de euros logo a partir do primeiro ano até ao final de 2028, embora os custos de implementação associados a essas sinergias sejam estimados em 25 milhões. A estimativa é de que a operação esteja sujeita a aprovações regulatórias a partir do quatro trimestre e a fique concluída no final do ano.

Ainda nos destaques para a segunda metade do ano, a gestora elenca a , ou seja, operações financeiras de empréstimos de curto prazo com garantias — que passam, na maioria, por títulos de dívidas soberanas. Além de Itália, a Euronext oferece agora "cleraring" para o mercado de "repos" para obrigações soberanas espanholas, portuguesas e irlandesas.

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