Lisboa arranca no verde com impulso da EDP Renováveis
Os resultados semestrais do braço renovável da EDP agradaram aos investidores, com a cotada a valorizar mais de 2% esta manhã e a dar fôlego ao PSI.
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A bolsa de Lisboa arrancou a sessão desta quarta-feira em território positivo, contrariando a cautela que se vive nas restantes praças europeias abertas a esta hora, numa altura em que os novos desenvolvimentos comerciais têm falhado em convencer os investidores. Os resultados relativos ao primeiro semestre da EDP Renováveis conseguiram tirar o PSI, o principal índice nacional, desta indefinição, apesar de grande parte das cotadas estarem a negociar no vermelho.
A esta hora, o PSI avança 0,21% para 7.703,73 pontos. Das 15 cotadas que integram o índice português, oito registam perdas, seis avançam e apenas uma (a Ibersol) encontra-se inalterada.
A EDP Renováveis lidera a tabela dos ganhos, ao avançar 2,36% para 10,43 euros, isto apesar de ter registado uma quebra de 56% nos lucros para 93 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. O resultado liquido ficou abaixo do consenso de mercado recolhido pela Bloomberg, que apontava para os 121 milhões, mas o braço verde do grupo EDP conseguiu surpreender no EBITDA (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização), que caiu apenas 1% para 948 milhões de euros entre janeiro e junho - um valor acima das perspetivas dos analistas.
Ainda dentro do pódio do PSI, e com ganhos expressivos, a Corticeira Amorim acelera 2,09% para 7,82 euros, depois de ter registado um aumento em pequena escala dos lucros no primeiro semestre do ano. A empresa liderada por António Rios de Amorim fechou os primeiros seis meses deste ano com um resultados líquido de 36,8 milhões de euros, mais 294 mil euros do que em igual período do ano passado.
Entre os pesos pesados do principal índice nacional, ou seja, as empresas com maior poder de influência, a EDP segue a tendência de valorização do seu braço renovável e ganha 0,31% para 3,842 euros, enquanto a Galp regista ganhos ligeiros de 0,06% para 16,935 euros - em linha com a negociação dos preços do petróleo no mercado internacional.
Já o BCP, que apresenta resultados após o final da sessão, em conjunto com a Sonae, desvaloriza 0,52% para 0,6852 euros, enquanto a Jerónimo Martins cai 0,28% para 21,46 euros.
No entanto, a empresa que lidera a tabela das perdas, e que mais trava o PSI, é mesmo os CTT. Os correios perdem 2,44% para 7,20 euros, isto depois de na sessão anterior já terem caído 2,38%, apesar de na segunda-feira terem apresentado um lucro de de 22 milhões de euros no primeiro semestre - um valor 11% acima do registado em período homólogo.
(Notícia atualizada às 08:31)
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