A EDP Renováveis anunciou os resultados do primeiro semestre ao início da manhã desta quarta-feira, reportando uma quebra de 56% nos lucros: baixaram para 93 milhões de euros, quando nos primeiros seis meses de 2024 tinham sido de 210 milhões de euros. A informação consta do comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) sofreu uma ligeira quebra, recuando 1%, fixando-se nos 948 milhões de euros entre janeiro e junho. O EBITDA Recorrente manteve-se inalterado (960 milhões de euros), mas o EBITDA Recorrente que exclui os ganhos de rotação de ativos aumentou 20% para os 948 milhões de euros. Esta subida deve-se a um "forte aumento das receitas operacionais nos EUA e melhorias de eficiência operacional", comunica a EDP Renováveis na apresentação de resultados.

Quanto ao resultado líquido recorrente, baixou de 210 milhões de euros no primeiro semestre de 2024 para 137 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, o que representa uma quebra de 35%.

As receitas do braço da EDP para as renováveis subiram para 1,42 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 18% em comparação com o período homólogo.

A EDP Renováveis sublinhou que a sua capacidade de produção energética aumentou 12% no primeiro semestre, para um total de 21,2 TWh, "com a Europa e a América do Norte representando mais de 85% da produção total". A produção de energia eólica continua a dominar no universo da empresa, ao representar 78% da produção total. Em Portugal, a capacidade instalada da EDPR é de 1.413 MWh.

A cotada informa ainda que o preço médio de venda fixou-se nos 54,9 euros por MWh de energia, o que representa uma quebra de 9% em comparação com igual período do ano passado. O preço médio de venda baixou na Europa (- 9%) e no Brasil (-7%) e aumentou na América do Norte (+4%) – isto considerando os valores das moedas locais. "A desvalorização do USD [dólar] e do BRL [real] face ao Euro também tiveram um impacto negativo no preço médio", justifica a empresa.

"Nos últimos 12 meses, as adições brutas de capacidade totalizaram +3,4 GW, com a Europa e a América do Norte a representarem 83% das adições, e com a tecnologia solar a representar 68% do crescimento", informa ainda a EDPR.

Mesmo com uma quebra nos lucros, a EDP Renováveis diz manter os objetivos financeiros anteriormente definidos para o ano de 2025: um EBITDA recorrente de 1,9 mil milhões de euros e uma dívida líquida de cerca oito mil milhões de euros.

As ações da EDP Renováveis terminaram a sessão de terça-feira a valer 10,19 euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 07:30 horas)