Mota-Engil alvo de terceiro “fundo abutre” em cerca de um ano
Depois de a Capital Fund Management ter comunicado uma posição a descoberto de 0,5% na segunda-feira, as posições curtas já representam 5,09 milhões de ações, ou 1,6% do capital da empresa.

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É a terceira “short seller” a apostar na queda das ações da Mota-Engil em cerca de um ano. A Capital Fund Management iniciou uma posição a descoberto de 0,5% sobre o capital da construtora a 26 de setembro, com data de comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a 29 deste mês. A firma junta-se assim a dois outros “fundos abutre”: a Marshall Wace e a Muddy Waters Capital. As posições curtas já representam 5,09 milhões de ações, ou um total de 1,6% do capital da empresa, de acordo com dados da Bloomberg.
A Muddy Waters Capital tem uma posição a descoberto sobre as ações da Mota-Engil de 0,57% desde novembro do ano passado. É a posição curta em aberto mais antiga, tendo chegado a ser de 0,65% quando foi aberta inicialmente, em setembro de 2024.
Já a Marshall Wace tem a maior posição a descoberto, representando 0,59% do capital da empresa, ou 1,81 milhões de ações da empresa. A firma inicialmente tinha uma posição curta sobre 0,51% do capital da construtora, aberta a 22 de agosto deste ano, tendo passado a 0,60% no início de setembro. A 23 de setembro foi reduzida em 0,1 pontos percentuais.
A construtora tem sido bastante penalizada pelos chamados “fundos abutre”, que têm pressionado as ações da empresa através do “short selling” – uma estratégia de investimento que passa pela aposta na queda das ações. A 4 de setembro do ano passado, aquando da investida da Muddy Waters sobre a Mota-Engil, a cotada afundou cerca de 8,5%, tendo ficado com metade do valor em bolsa desde um pico atingido em 2023.
Já a 9 de setembro deste ano, a Mota-Engil chegou a afundar mais de 11% com a posição a descoberto da Marshall Wace, tendo anulado os ganhos de cerca de 9% verificados na sessão anterior. A entrada do “fundo abutre” acabou por anular os ganhos motivados pela notícia de que tinha a construtora tinha vencido o concurso para a construção do primeiro túnel imerso do Brasil, em São Paulo.
A construtora acabou por não ser penalizada na sessão desta terça-feira, tendo valorizado 0,79% para 5,10 euros.
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