PSI contraria pessimismo europeu. Jerónimo Martins dispara mais de 11%
Numa sessão marcada pelas reuniões de bancos centrais e resultados, o índice nacional superou o desempenho dos pares europeus, impulsionado pela retalhista.
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A bolsa de Lisboa fechou em alta esta quinta-feira, superando o desempenho das principais praças europeias, depois de o BCE ter mantido as taxas de juro e a Reserva Federal dos EUA ter colocado em dúvida novos cortes este ano.
O índice de referência nacional, o PSI, subiu 0,73% para 8.446,47 pontos, com metade dos seus 16 títulos no verde, na segunda sessão consecutiva de ganhos.
O índice foi impulsionado pela Jerónimo Martins, que disparou 11,43% para 22,42 euros, depois de ter apresentado resultados na quarta-feira, registando o melhor dia em bolsa em quase 30 anos.
A subida de 10% dos lucros para 484 milhões de euros até setembro da retalhista está a animar os analistas que seguem o desempenho da empresa em bolsa. A JB Capital Markets e o grupo Santander aumentaram os preços-alvo da dona do Pingo Doce
Seguiu-se a REN na tabela de ganhos, com uma valorização de 1,69% para 3,305 euros. Esta quarta-feira, a Bernstein também aumentou o otimismo sobre REN e passou a recomendar a compra das ações. Destaque ainda para os ganhos de quase 1% da Sonae, que subiu 0,98% para 1,442 euros.
Ainda no verde, as energéticas registaram um desempenho menos positivo: a EDP subiu 0,12% para 4,348 euros, a EDPR ganhou 0,08% para 12,83 euros e a Galp progrediu 0,06% para 17,30. A subida do preço-alvo da Galp pela Berenberg acabou por não ter grande efeito sobre a cotação da petrolífera.
A pesar no desempenho do índice, esteve o BCP, que recuou 3,19% para 0,759 euros, também depois de apresentar números na quarta-feira. A subida do lucro de 9% para 776 milhões não convenceu os investidores.
Contudo, foi a Ibersol que liderou as perdas, ao desvalorizar 3,57% para 9,98 euros, depois de os acionistas terem chumbado em assembleia-geral a distribuição de quase 41 milhões em dividendos.
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