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Lucros da Jerónimo Martins sobem 10% para 484 milhões apesar de custos e concorrência

Vendas da dona do Pingo Doce cresceram 7,1% para 26,5 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, apesar da "intensidade dos contextos concorrenciais" e da "pressão crescente sobre a estrutura de custos".

Grupo liderado por Pedro Soares dos Santos aumentou vendas em 7,1%  nos primeiros nove meses do ano.
Grupo liderado por Pedro Soares dos Santos aumentou vendas em 7,1% nos primeiros nove meses do ano. Miguel Baltazar
17:21

Jerónimo Martins fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 484 milhões de euros, o que representa uma subida de 10% face aos 440 milhões do .

Em comunicado, enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo indica que, entre janeiro e setembro, as vendas cresceram 7,1%  para 26,5 mil milhões de euros. 

O aumento em termos "Like-For-Like" (vendas comparáveis, ou seja, nas mesmas condições nos dois períodos) foi de 2,4%.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) aumentou 10,9% para 1,8 mil milhões de euros, com a respetiva margem a subir 0,23 pontos percentuais para 6,8%, com o grupo a sublinhar que "o foco reforçado na disciplina de custos, na eficiência e na produtividade, combinado com o crescimento das vendas contribuiu para proteger as margens face à inflação nos custos - nomeadamente nos salários - e à intensa pressão competitiva".

"Apesar da intensidade dos contextos concorrenciais que enfrentam e da pressão crescente sobre a estrutura de custos, as nossas insígnias cresceram vendas e resultados", realça o presidente do conselho de administração e CEO, Pedro Soares dos Santos.

"Agradeço, pois, a todas as equipas por estes notáveis três trimestres que nos fazem entrar no último bem preparados para a decisiva época do Natal e fim de ano", assinala na mensagem que acompanha os resultados.

O grupo que opera em Portugal, Polónia e Colômbia e, desde o início do ano, na , dá ainda conta de que o programa de investimento, que constitui a "primeira prioridade" na alocação de capital, avançou em linha com o planeado (com a execução de 816 milhões de euros), devendo ficar ligeiramente acima de mil milhões de euros em 2025, à semelhança dos últimos anos.

Já olhando apenas para o desempenho do terceiro trimestre as vendas aumentaram 7,9% face a igual período do ano passado, para 9,14 mil milhões de euros, em linha com as estimativas dos analistas, enquanto os lucros subiram 14% para 214 milhões de euros.

Ao nível dos mercados, apesar das diferenças e do dimensão incluindo nas contas, parece haver um denominador comum na avaliação da conjuntura nos primeiros nove meses do ano feito pela própria retalhista: ambientes de consumo "relativamente cautelosos" e "muito orientados a preços baixos e promoções".

Na Polónia - onde tem a principal fonte de receitas - o grupo assinala que "as famílias continuaram a mostrar-se contidas e orientadas para preços baixos e promoções", em Portugal que "os consumidores continuam particularmente sensíveis ao preço", apontando que também na Colômbia "os padrões de consumo das famílias permanecem muito defensivos e com forte orientação para o fator preço".

Olhando ao desempenho por insígnias, na Polónia, as vendas da Biedronka aumentaram 7,4% para 18,8 mil milhões de euros, com um LFL de 1,8%, com a marca da "joaninha" a representar 70,7% da faturação, enquanto as da Hebe, em euros, atingiram 451 milhões, 6,9% acima do apurado em igual período do ano passado.

Em Portugal, que contribui com 18,7% para a faturação, o Pingo Doce cresceu vendas em 5,4% para 3,9 mil milhões de euros, com a Jerónimo Martins a realçar o "forte" crescimento LFL de 4,1%. Já a cadeia de "cash & carry" Recheio atingiu uma faturação de 1.000 milhões de euros após um aumento de 2,6%.  

A Jerónimo Martins indica que o EBITDA da Distribuição Portugal foi de 287 milhões de euros, 6,8% acima do mesmo período do ano anterior, com a margem a atingir 5,8% (versus 5,7% em 2024) "no seguimento do forte desempenho das vendas e das iniciativas para aumentar a produtividade, que mitigaram a pressão nos custos".

Por fim, as vendas da Ara, na Colômbia, em euros, somaram 2,3 mil milhões, 9,6% acima do conseguido em igual período do ano passado.

Jerónimo Martins fechou o ano passado com vendas de 33,5 mil milhões de euros, traduzindo um aumento de 9,3% e traçou como objetivo alcançar o marco de 50 mil milhões até 2030.

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