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"Sell off" tecnológico deixa Wall Street no vermelho. Inflação e acordo comercial não impressionam

As bolsas norte-americanas terminaram uma sessão bastante volátil em terreno negativo, já que os poucos pormenores do acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo deixaram o mercado mergulhado na incerteza.

Wall Street regista perdas após acordo comercial EUA-China.
Wall Street regista perdas após acordo comercial EUA-China. AP
11 de Junho de 2025 às 21:14

As bolsas nova iorquinas não conseguiram manter-se à tona esta quarta-feira, nem mesmo após um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo - EUA e China -, nem com a subida menos agressiva do que o antecipado da inflação em maio. Os principais índices norte-americanos foram atingidos por um "sell off" das ações ligadas à tecnologia, que arrastaram o mercado para o pessimismo. 

Apesar de ter subido nas primeiras horas de negociação, o S&P 500 passou para o lado das desvalorizações, ao perder 0,27% para 6.022,24 pontos. O Nasdaq Composite cedeu 0,5% para 19.615,88 pontos e o industrial Dow Jones fechou praticamente inalterado, nos 42.865,77 pontos

Em maio, os  Após o relatório, Donald Trump, que tem incitado a Reserva Federal a cortar as taxas de juro, voltou ao ataque,  O mercado acredita que a flexibilização virá já em setembro, seguindo-se um outro corte no final do ano - cenário que aguentou as bolsas em território positivo durante parte da negociação.

"Ainda há preocupações de que as tarifas de Trump provoquem uma subida da inflação, mas este relatório foi melhor do que o esperado e alimenta a esperança de que a Reserva Federal será capaz de intervir com cortes nas taxas ainda neste ano", disse Robert Pavlik, da Dakota Wealth, à Reuters.

Além disto, a definir o tom do mercado esteve o acordo comercial entre Pequim e Washington. Após dois dias de negociações em Londres, Donald Trump anunciou que um "aperto de mão" com a China tinha chegado. As taxas norte-americanas aplicadas aos produtos chineses vão passar para 55% e as chinesas aos EUA fixam-se em 10%. Sem grandes detalhes, como a entrada em vigor destas medidas, a falta de clareza sobre o acordo voltou a instaurar a incerteza entre os investidores.

Parte do mercado está ainda atento às tensões no Médio Oriente. A embaixada norte-americana estará a preparar-se para evacuações na região devido aos riscos de segurança elevados. Caso as negociações nucleares entre os EUA e o Irão falhem, Teerão poderá entrar na ofensiva.

Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla perdeu 0,2% depois de o CEO, Elon Musk, ter dito que se arrepende de alguns dos comentários negativos que fez nas redes sociais sobre Donald Trump. A Apple e a Amazon perderam quase 2%, ao passo que a Meta cedeu mais de 1%. A Nvidia e a Alphabet, dona do Facebook, também registaram desvalorizações.  

A GameStop afundou mais de 5% após anunciar uma queda nas receitas do primeiro trimestre. O mesmo sucedeu com a GitLab, que acabou por mergulhar quase 11%.

No retalho, a Victoria's Secret perdeu quase 6% após ter antecipado lucros abaixo do esperado pelo mercado para este trimestre.

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