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Wall Street afasta-se de máximos. Investidores preparam-se para a "earnings season"

Os principais índices dos EUA encerraram a sessão no vermelho, num dia bastante calmo para os mercados. Os investidores estiveram a rever as suas posições, em antecipação a mais uma "earnings season".

Wall Street.
Wall Street. AP / Richard Drew
09 de Outubro de 2025 às 21:13

Num dia calmo para os mercados norte-americanos, sem dados económicos para influenciar o sentimento de negociação, os principais índices do país recuaram ligeiramente de máximos históricos e encerraram a sessão desta quinta-feira em território negativo. Os investidores aproveitaram o dia para reverem as suas posições, em antecipação ao pontapé de saída para a "earnings season" do terceiro trimestre do ano que vai ser dado na próxima semana pela banca. 

O S&P 500 cedeu 0,28% para 6.735,11 pontos, depois de na quarta-feira ter tocado, pela primeira vez, nos 6.764,58 pontos. Já o tecnológico Nasdaq deslizou 0,08% para 23.024,63 pontos, enquanto o industrial Dow Jones registou a maior perda, ao cair 0,52% para 46.358,42 pontos. "Em dias como este, é difícil atribuir uma razão para a queda", começa por explicar Chuck Carlson, CEO da Horizon Investment Services, à Reuters. "Acho que os investidores estão a começar a ajustar posições em antecipação da próxima semana, além de estarem a proceder à tomada de mais-valias em algumas áreas que tiveram ganhos significativos", adiciona.

O recuo desta quinta-feira acontece numa altura em que o "shutdown" do Governo norte-americano entra no seu nono dia consecutivo, com poucos sinais de que os democratas e republicanos do Senado vão conseguir chegar a acordo. A paralisação parcial tem deixado os mercados sem novos dados oficiais que permitam "medir o pulso" à vitalidade da economia e do mercado de trabalho dos EUA, deixando os investidores à deriva e à procura de pistas sobre o futuro do política monetária. 

Numa entrevista dada ao New York Times, o presidente da Reserva Federal (Fed) de Nova Iorque, John Williams, demonstrou o seu apoio a mais cortes nas taxas de juro antes do final do ano, para fazer face a um mercado laboral enfraquecido. O mercado de "swaps" já tem praticamente incorporado um alívio de 25 pontos base para a próxima reunião, que vai ser realizada ainda no final deste mês. 

Entre as principais movimentações de mercado, a Delta Airlines saltou 4,29% para 59,57 dólares, depois de ter registado receitas de 15,2 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano - contra as expectativas dos analistas, que apontavam para 15,06 mil milhões. Os investidores também estiverem a reagir com otimismo às previsões de vendas para os últimos três meses do ano, que apontam para um trimestre recorde. 

Por sua vez, a produtora de lítio Albemarle disparou 5,25% para 96,50 dólares, após a corretora TD Cowen ter revisto em alta o preço-alvo da empresa, numa altura em que a China tem restringido as exportações de terras raras para outros países. 

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