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Wall Street arranca setembro com nota negativa. Nvidia tem maior descida desde março

As bolsas norte-americanas terminaram a primeira sessão de setembro pintadas de vermelho, afetadas pela onda de venda de obrigações, que fez os juros das dívidas dispararem. As "big tech" também pressionaram.

Wall Street, NYSE
Wall Street, NYSE Richard Drew / AP
02 de Setembro de 2025 às 21:13

O verão "correu muito bem", mas setembro, que é conhecido por ser historicamente mais fraco para as bolsas, não perdoou. Wall Street está pintado de vermelho, num dia marcado pela forte venda de títulos do Tesouro dos EUA a dez anos, que fez os juros dispararem para 4,28%, fazendo ainda afundar as ações norte-americanas.

O rendimento destes títulos está "mais alto do que em 97% do tempo nos últimos 18 anos, e por isso há uma preocupação global em torno destas taxas de longo prazo", explicou Matt Maley, estratega da Miller Tabak + Co, em declarações à Bloomberg. 

Os investidores estão também a avaliar a legalidade das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, isto depois de um tribunal federal ter considerado a maioria das suas tarifas como "ilegais", mas permitiu que as taxas permanecessem em vigor até 14 de outubro. Com a decisão, "a questão passa a ser: 'a administração de Trump alienou os parceiros comerciais e abriu mão da receita das tarifas?' É isso que está a afetar os mercados", disse Oliver Pursche, da Wealthspire Advisors.

Neste contexto, o S&P 500 cedeu 0,69% para os 6.415,54 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,15% para os 21.455,55 e o Dow Jones recuou 0,55% para 45.295,81 pontos.

Um índice que agrega as "Sete Magníficas" caiu 1,4%, pressionado pelas perdas da Nvidia, que caiu 1,97%, mas chegou a perder até 4% para 167,22 dólares por ação, a maior queda intradiária desde o início de julho e do total da sessão desde março, caindo ainda abaixo da média móvel de 50 dias de 171,02 dólares por ação. Descer abaixo desse nível é um sinal negativo, dizem os especialistas.

Apesar da queda de mais de 7% em quatro dias - que eliminou mais de 340 mil milhões de dólares em capitalização de mercado da Nvidia - o recente desempenho da empresa dá algum espaço para alívio no mercado.

A Caterpillar também prolongou as perdas pelo segundo dia consecutivo, ao cair 0,81%, após alertar que o impacto das tarifas seria mais forte do que o previsto nas contas. 

A Kraft Heinz cedeu quase 7%,  A Constellation Brands esteve entre as maiores quedas do S&P 500, ao recuar 7,33%, depois de ter revisto em baixa as suas perspetivas para o resto do ano, explicado pela fraca procura dos consumidores e "um comportamento de compra mais volátil", justificam.

Apesar do cenário das obrigações, há analistas que acreditam que a queda registada nos índices norte-americanos se deveu a uma tomada de mais-valias por parte dos investidores. 

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