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Wall Street no verde animada pela Nvidia e pela "ilegalidade" das tarifas de Trump

As bolsas norte-americanas conseguiram terminar à tona esta quinta-feira, com os investidores ainda animados pelos resultados trimestrais da Nvidia e pelas mais recentes notícias sobre as tarifas, apesar de as perspetivas para a economia dos EUA terem travado os índices de maiores ganhos.

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wall street bolsa mercados traders Richard Drew/AP
Negócios 29 de Maio de 2025 às 21:13

As principais bolsas norte-americanas, que aplaudiram os resultados trimestrais robustos da Nvidia, tiveram de digerir a dura realidade em relação à desaceleração dos dados económicos dos EUA e as incertezas jurídicas em torno da guerra comercial desencadeada por Donald Trump.

O S&P 500 somou 0,4% para os 5.912,17 pontos, enquanto o Nasdaq Composite saltou 0,39% para 19.175,87 pontos e o Dow Jones subiu 0,28% para 42.215,73 pontos.

Os investidores estiveram a reagir a vários dados: no primeiro trimestre do ano, o produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos sofreu uma contração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano, a primeira descida desde 2022, de acordo com a segunda estimativa divulgada esta quinta-feira pelo Gabinete de Análise Económica do país. A queda na economia foi ligeiramente menor do que o recuo de 0,3% anteriormente avançado.

Além disso, as tarifas globais impostas por Donald Trump foram consideradas ilegais e bloqueadas por um tribunal do Comércio dos EUA, no que constitui um sério revés para a agenda económica da Administração republicana, que pode ainda recorrer da decisão para um tribunal federal. 

Também esta quinta-feira, o Presidente dos EUA encontrou-se com o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, a quem terá dito que está a cometer "um erro" por não cortar as taxas de juro.

A diretora do Citi afirmou que, apesar do futuro incerto quanto à política e economia dos EUA, as perspectivas económicas norte-americanas continuam a ser mais fortes do que as da Europa. "Não há nada como estar na Europa para nos fazer sentir um pouco melhor em relação aos EUA", disse Jane Fraser, numa conferência organizada pela Bernstein.

Nos principais movimentos de mercado, a Nvidia somou 3,25%, depois de as receitas do primeiro trimestre terem disparado quase 70% para cerca de 44 mil milhões de dólares, impulsionadas pela divisão de centros de dados. Já os lucros cresceram 26% para 18,8 mil milhões de dólares até março. 

A Tesla valorizou 0,43%, depois de o CEO, Elon Musk, ter anunciado que vai abandonar o cargo no Governo de Donald Trump, após expressar deceção com o megaprojeto fiscal e orçamental do republicano, que diz prejudicar o trabalho que desempenha como assessor na área da eficiência. Além disso, a Tesla anunciou também que o serviço "robotaxi" está prestes a arrancar nos EUA.

Quanto às outras "sete magníficas", a Amazon subiu 0,48%, a Meta ganhou 0,23%, Microsoft avançou 0,3%. Já a Apple e a Alphabet perderam 0,23% e 0,24%, respetivamente. 

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