Acionistas da Ibersol chumbam distribuição de quase 41 milhões em dividendos
Os acionistas da Ibersol rejeitaram esta quarta-feira, em assembleia-geral, a distribuição de quase 41 milhões em dividendos, que tinha sido proposta por um conjunto de acionistas minoritários, refere um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Em causa, estavam sobretudo os proveitos da venda de um conjunto de restaurantes da Burger King, que ainda provoca discórdia entre os acionistas da Ibersol. A venda da cadeia ficou fechada em 2022, mas o encaixe não foi usado e os pequenos acionistas pretendiam recebê-lo sob a forma de dividendos, contra a vontade da administração, que é também maioritária no capital da cotada - posição que acabou por prevalecer.
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“Os Acionistas deliberaram, relativamente ao ponto único da Ordem de Trabalhos, não aprovar a proposta de distribuição de resultados dos montantes contabilizados a título de resultados transitados e outras reservas no balanço da Sociedade, correspondente ao pagamento de EUR 1,00 (um euro) por ação, perfazendo um total de EUR 40.899.126 (quarenta milhões, oitocentos e noventa e nove mil, cento e vinte e seis euros)”, lê-se no comunicado.
A proposta tinha sido apresentada a 17 de setembro pela Oxy Capital, a Magallanes Value Investors e Bestinver Gestión, detentoras de 15,21% do capital social da empresa. Em comunicado, os acionistas diziam que “se encontram atualmente contabilizados resultados transitados e outras reservas no montante total de 289.512.594 euros, as quais (…) são distribuíveis aos acionistas”.
Os acionistas entendiam também que a distribuição dos montantes “se revela justificada face aos resultados do exercício, ao elevado excedente de liquidez em balanço e ao desenvolvimento positivo e crescimento sustentado do mercado em que a sociedade se insere”, não colocando em causa a sua saúde financeira, referia o comunicado. Contudo, esse não foi o entendimento da maioria dos acionistas.
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A Ibersol apresentou resultados a 12 de setembro, fechando os primeiros seis meses do ano com lucros de 1,6 milhões de euros, uma quebra de 11% face ao mesmo período de 2024, apesar do crescimento de dois dígitos nas receitas, bem como da melhoria da margem de EBITDA. As amortizações acabaram por pesar nas contas do grupo.
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