Juros da casa nos contratos mais recentes abaixo de 3% pela primeira vez desde 2022
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu para 3,479% em junho. É a 17.ª descida mensal consecutiva e representa uma quebra de 9,1 pontos base face a maio, quando se tinha fixado em 3,570%, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em relação ao pico atingido em janeiro do ano passado, quando a taxa de juro superou os 4,657%, acumula-se já uma redução de quase 120 pontos base. A tendência de alívio acompanha a queda da Euribor, o indexante mais usado no cálculo da prestação mensal que é paga ao banco.
PUB
Nos contratos mais recentes, após uma inversão da tendência de descida em abril e posterior queda em maio, a taxa de juro continuou a abrandar. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 3,057% em maio para 2,951% em junho - o valor mais baixo desde dezembro de 2022 e a primeira vez que está abaixo da fasquia de 3% em mais de dois anos -, acumulando já uma descida de 142,9 pontos base desde o máximo atingido em outubro de 2023 (4,380%).
A prestação média fixou-se em 394 euros, representando uma descida de um euro face ao mês anterior e uma descida de 10 euros comparativamente a junho de 2024. No último mês, a parcela relativa a juros representou 52% da prestação média e o restante a capital amortizado. Já nos contratos mais recentes, o valor médio da prestação desceu 11 euros em termos homólogos, fixando-se agora nos 630 euros.
O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 635 euros, atingindo 71.677 euros. "Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 157.350 euros, mais 3.633 euros que em maio", diz ainda o INE.
PUB
(Notícia atualizada às 11:26)
Mais lidas
O Negócios recomenda