Malparado das famílias atinge mínimos de Setembro de 2012
O malparado das famílias fechou o ano passado no valor mais baixo desde Setembro de 2012, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, esta quarta-feira. No total, são 4.995 milhões de euros em créditos de difícil recuperação, o que representa 4,19% do total de empréstimos concedidos a particulares.
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Dezembro de 2015 significou uma redução expressiva do malparado dos bancos nacionais. No caso das famílias, o montante de créditos de difícil recuperação diminuiu em 354 milhões de euros, o que significa a maior diminuição mensal desde que o Banco de Portugal começou a publicar estes dados, em Dezembro de 1997.
A tendência de diminuição verificou-se, aliás, em todos os destinos de financiamento a particulares. No caso do crédito à habitação, 2,54% dos montantes emprestados estavam dados como malparado, uma percentagem que fica aquém dos 2,58% atingidos um mês antes. No total, são 2.480 milhões de euros em crédito de difícil recuperação, o valor mais baixo desde Maio de 2014.
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Quanto ao crédito ao consumo, o malparado ficou abaixo da fasquia dos 10%. Atingiu os 9,39% do total de empréstimos concedidos, menos do que os 10,65% atingidos em Novembro. Em Março de 2013, chegou a superar os 13%. Em termos de valor, são 1.144 euros em crédito de difícil recuperação, um mínimo de Março de 2010.
O crédito para outros fins continua a ter a taxa de malparado mais elevada: 14,69% do total de crédito concedido. Mas também neste caso diminuiu face aos 15,84% fixados um mês antes. São 1.371 milhões de euros, no total, o valor mais baixo desde Abril de 2014.
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No que se refere às empresas, o crédito de difícil recuperação ascende a 12.601 milhões de euros, o que significa o valor mais baixo desde Janeiro de 2015. Diminuiu em 933 milhões de euros face ao mês anterior. E representa 15,44% do total de dinheiro emprestado a sociedades não financeiras. Em Novembro, a percentagem era de 16,26%, segundo os dados do Banco de Portugal.
Juntando famílias e empresas, as instituições financeiras nacionais tinham, em Dezembro, 17.596 milhões de euros em crédito de difícil recuperação. Menos 1.287 milhões de euros do que um mês antes. Trata-se da maior diminuição mensal desde Dezembro de 2010. Habitualmente, no final dos trimestres e sobretudo no final do ano, os bancos fazem uma "limpeza" das carteiras de crédito malparado.
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