Novo Banco corta "spread" do crédito à habitação e iguala Santander e BCP

O banco liderado por António Ramalho também reformulou a sua oferta nas soluções de taxa fixa nos empréstimos para a compra de casa.
António Ramalho Novo Banco
David Martins/Cofina
Raquel Godinho 02 de Maio de 2018 às 22:00

Mais um episódio na "guerra de spreads". No arranque de Maio, o Novo Banco avançou com uma redução da margem mínima exigida no crédito à habitação. O "spread" desceu de 1,5% para 1,25%. Com este movimento, o banco igualou a oferta de concorrentes como o Santander Totta e o BCP. Só o Bankinter tem, neste momento, uma taxa de juro inferior.

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Mês novo, mais um corte de "spread". Fevereiro foi um mês marcado por três descidas na margem mínima dos empréstimos para a aquisição de casa, anunciados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), Crédito Agrícola e EuroBic. O banco público, que reviu a sua oferta depois de três anos sem o fazer, desceu a taxa de juro de 1,75% para 1,5%, igualando o "spread" de BPI e Novo Banco.

Mas agora o Novo Banco "descola" de CGD e BPI e "cola-se" ao Santander Totta e BCP, com uma taxa de juro de 1,25%. O Bankinter continua a oferecer a margem mais baixa de 1,15%. Pelo contrário, o Montepio continua a apresentar a taxa de juro mais elevada do mercado, de 1,55%.

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Os bancos nacionais continuam, assim, a demonstrar a sua maior disponibilidade para emprestar dinheiro para a compra de casa. De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, em Fevereiro, as novas operações de crédito à habitação ascenderam a 676 milhões de euros. Um montante que eleva para 1.310 milhões de euros o montante concedido nos acumulado do ano. Trata-se do melhor arranque de ano desde 2010, quando foram emprestados 1.524 milhões de euros.

Banco corta também taxa fixa

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A instituição liderada por António Ramalho reformulou também a sua solução de taxa fixa no prazo de dois anos, demonstrando mais uma vez a aposta no segmento do crédito à habitação. Na modalidade de taxa fixa, no Novo Banco, a taxa é determinada pelo banco, estando o cálculo sujeito à evolução de mercado.

No prazo de dois anos, o banco determina uma taxa de juro de 0% acrescida de um "spread" a partir de 1,25%. Assim, a taxa anual nominal (TAN) é composta apenas pelo "spread" contratado. O "spread" máximo é de 5%.

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Após o prazo da taxa fixa, passa a aplicar-se ao empréstimo a taxa variável indexada à Euribor a seis meses acrescida de "spread".

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