Taxas implícitas no crédito à habitação sobem pela primeira vez em três anos
As taxas de juro implícitas no crédito à habitação registaram uma ligeira subida em Julho, face ao mês anterior, colocando um ponto final a três anos sem aumentos dos juros, permanecendo, porém, próximas de mínimos. Já o valor médio da prestação aumentou um euro face a Junho.
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"A taxa de juro implícita no crédito à habitação apresentou um ligeiro acréscimo, tendo passado de 1,007% em Junho para 1,009% em Julho", adianta o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta trata-se da primeira subida das taxas implícitas nos empréstimos da casa desde Julho de 2014, altura em que estes encargos iniciaram um ciclo de descidas, tendo vindo a fixar mínimos históricos consecutivos, fruto da quebra das Euribor para valores negativos.
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Segundo o INE, "para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos foi 1,029%, valor 0,2 p.b. superior ao observado no mês anterior (1,027%)".
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Ao contrário dos contratos existentes, nos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita "desceu 8,5 pontos base, passando de 1,766% em Junho para 1,681% em Julho".
Apesar dos indexantes do crédito à habitação permanecerem próximos de recordes negativos, a maior expressão da taxa fixa nos contratos de crédito à habitação tem determinado um aumento dos custos destes empréstimos. Perante um ambiente de taxas negativas, os bancos estão a incentivar o recurso a empréstimos que não dependem da Euribor quer nos novos créditos, quer em contratos já existentes, oferecendo vantagens para quem trocar a taxa variável pela fixa.
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Segundo o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2016, a taxa fixa viu a sua expressão mais do que duplicar. "Os contratos de crédito à habitação a taxa fixa representaram, em 2016, 4,9% dos novos contratos, uma percentagem superior aos 2,5% do ano anterior", revelou no início do mês o Banco de Portugal.
Também o valor médio da prestação registou uma inversão. Depois de 10 meses consecutivos estável em 237 euros, o valor médio da prestação vencida para a totalidade dos contratos subiu um euro, para 238 euros. Nos empréstimos realizados entre Maio e Junho, o valor médio da prestação fixou-se nos 302 euros em Julho, menos três euros do que no mês anterior, acrescenta o INE.
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