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Depósitos caem de máximos históricos. São menos 182 milhões face a fevereiro

O aumento das poupanças que as famílias guardam no banco está a desacelerar há cinco meses consecutivos.

29 de Abril de 2025 às 11:46

As poupanças das famílias guardadas nos bancos atingiram os 192,6 mil milhões de euros em março, recuando do recorde atingido em fevereiro, nos 192,8 mil milhões. São menos 182 milhões de euros do que no mês anterior.

Em termos homólogos, o "stock" de depósitos de particulares registou um crescimento 5,9%, o que representa o quinto mês consecutivo de desaceleração, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

"Esta variação resultou da redução de 472 milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso), parcialmente compensada pelo aumento de 289 milhões de euros das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem)", indica o BdP.

Já o stock de depósitos das empresas chegou 69,5 mil milhões de euros no final de março, mais 811 milhões de euros do que no final do mês passado. Face ao mesmo mês do ano passado, a subida foi acima dos 8%, inferior ao registado em fevereiro (8,8%).

Crédito à habitação com o maior salto desde 2008

O montante total de empréstimos a particulares cresceu 5,8% em março face ao mesmo mês do ano anterior. Os créditos à habitação aumentaram 908 milhões de euros relativamente a fevereiro, totalizando 104,4 mil milhões de euros no final de março. "Em comparação com o mês homólogo, manteve-se a trajetória de aceleração: o crescimento foi de 5,4%, o mais elevado desde setembro de 2008", refere o Banco de Portugal, explicando que havia no mês passado haviam 1,96 milhões de devedores de crédito à habitação, mais 2476 do que no mês anterior.

O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 218 milhões de euros relativamente a fevereiro, para 30,8 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 7,1%, superando o do mês anterior. A finalidade de consumo acelerou, apresentando uma taxa de variação anual de 7,3% (7% em fevereiro). Já os empréstimos para outros fins voltaram a apresentar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (6,6%).

"Considerando os detalhes adicionais apurados para o crédito ao consumo e outros fins, verifica-se que, no final de março, o stock de empréstimos para crédito pessoal totalizava 12,8 mil milhões de euros, mais 115 milhões do que em fevereiro, correspondendo a um crescimento de 7,6% relativamente ao mês homólogo. O crédito automóvel fixou-se em 8,5 mil milhões de euros, mais 69 milhões de euros do que em fevereiro, e apresentou uma taxa de variação anual de 10,1%. Os cartões de crédito atingiram 3,2 mil milhões de euros, mais 28 milhões de euros do que em fevereiro, e registaram uma taxa de variação anual de 9,1% (8,1% em fevereiro)", acrescenta.

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