Juros da casa descem há 14 meses. Caem para 3,735% em março
A prestação média fixou-se em 398 euros, representando uma descida de dois euros face ao mês anterior e uma descida de cinco euros comparativamente a março de 2024.
Os juros da casa estão em queda há 14 meses consecutivos, beneficindo do alívio na Euribor. A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu para 3,735% em março, traduzindo uma descida de 9,5 pontos-base (p.b.) face a fevereiro, quando tinha ficado em 3,83%, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
"A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 3,735%, valor inferior em 9,5 p.b. face ao registado no mês anterior, acumulando uma redução de 92,2 p.b. desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%)", indica o INE.
A redução acompanha a evolução da Euribor, o indexante usado nos contratos a taxa variável que se mantêm como os mais expressivos (60%) do stock total de contactos de crédito em Portugal. Na última sessão, a taxa desceu a três, a seis e a 12 meses, sendo que nos dois prazos mais curtos atingiu novos mínimos desde janeiro de 2023 e outubro de 2022.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a quebra mensal de março é ainda maior. A taxa de juro fixou-se em 3,048%, 15,2 pontos-base inferior à taxa observada em fevereiro, "registando-se uma diminuição acumulada de 133,2 p.b. desde o máximo atingido em outubro de 2023".
"Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 3,715% (-9,1 p.b. face a fevereiro). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro desceu 14,6 p.b. comparativamente com o mês anterior, fixando-se em 3,045%", acrescenta o INE.
A prestação média fixou-se em 398 euros, representando uma descida de dois euros face ao mês anterior e uma descida de cinco euros comparativamente a março de 2024. No último mês, a parcela relativa a juros representou 55% da prestação média. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 18 euros, para 604 euros, o que corresponde a uma descida de 2,4% em termos homólogos. O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 553 euros, atingindo 70.065 euros.
(Notícia atualizada às 11:20. Título corrigido. Ao contrário do que inicialmente foi publicado, a descida mensal é a 14ª consecutiva e não a 13ª)
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