Valor a que a banca avalia as casas sobe mais 20 euros para novo recorde
O número de avaliações bancárias considerado foi cerca de 35,3 mil, o que representa uma descida de 1,4% face ao mês anterior e um aumento de 7,5% em termos homólogos.
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O valor a que os bancos avaliam as casas para conceder crédito não para de aumentar. A mediana da avaliação bancária na habitação foi de 1.886 euros por metro quadrado em maio, mais 20 euros que o observado no mês anterior, tendo atingido um novo máximo histórico. Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 17,1%, o que representa uma aceleração em relação aos 16,9% registados em abril, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
"O Algarve apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (3,1%), tendo-se verificado a descida mais acentuada na Região Autónoma da Madeira (-1,7%)", indica o relatório do INE. "Em comparação com maio de 2024, o valor mediano das avaliações cresceu 17,1%, observando-se a variação mais intensa na Península de Setúbal (21,1%), não tendo ocorrido qualquer descida".
A Grande Lisboa (em 50,6%), o Algarve (em 35,8%), a Península de Setúbal (em 17,8%), a Região Autónoma da Madeira (14,2%), o Alentejo Litoral (9,7%) e a Área Metropolitana do Porto (0,2%) apresentaram, em maio, valores de avaliação superiores à mediana do país. Em sentido contrário, Alto Tâmega e Barroso, Alto Alentejo e Beiras e Serra da Estrela foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-52,0%, -51,3% e -49,9%, respetivamente).
Considerando as diferentes tipologias de habitação, no mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 2.155 euros por metro quadrado, 21,1% superior a maio de 2024. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.874 euros/m2) e no Algarve (2.564 euros/m2), tendo o Alentejo apresentado o valor mais baixo (1.373 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (23,7%), não se tendo verificado qualquer descida.
Comparativamente com abril de 2025, o valor de avaliação subiu 2,4%, registando o Algarve o maior aumento (3,4%). A Região Autónoma dos Açores registou o mesmo valor do mês anterior, não se tendo observado qualquer descida. O valor mediano dos apartamentos T1 subiu 90 euros, para 2.756 euros/m2, tendo os T2 e T3 aumentado 54 euros e 26 euros, respetivamente, para 2 203 euros/m2 e 1 888 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 92,0% das avaliações de apartamentos realizadas.
Já o valor mediano da avaliação bancária das moradias foi de 1.394 euros/m2 em maio, o que representa um acréscimo de 10,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2.554 euros/m2) e no Algarve (2.514 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.048 euros/m2 e 1.102 euros/m2, respetivamente). A Península de Setúbal apresentou o maior crescimento homólogo (16,1%), não se tendo registado qualquer descida.
Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 0,6%. O Oeste e Vale do Tejo foi a região com o crescimento mais elevado (1,5%), tendo-se registado a descida mais acentuada na Região Autónoma da Madeira (-2,4%). O valor mediano das moradias T2 aumentou 19 euros, para 1 372 euros/m2, as T3 subiram 12 euros, para 1 376 euros/m2 e as T4 mantiveram o valor registado no mês anterior (1 467 euros/m2). No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,7% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.
No total, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de maio de 2025, foram consideradas 35.255 avaliações (22.698 apartamentos e 12.557 moradias), mais 7,5% que no período homólogo. Em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 506 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 1,4%.
(Notícia atualizada às 11:25)
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