Arranca reunião da Fed e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia
A Reserva Federal dá início à reunião de política monetária onde deverá cortar as taxas de juro, no mesmo dia em que serão divulgados vários dados da economia dos EUA. Por cá, a banca italiana vai reagir aos novos planos do Governo.
Fed dá início a reunião para decidir juros |
A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) dá início esta terça-feira à reunião de dois dias de política monetária que irá culminar na conferência de imprensa de Jerome Powell. Analistas e investidores antecipam que o responsável anuncie uma redução das taxas de referência norte-americana em 25 pontos-base. Há, contudo, quem admita que seja de 50 pontos-base devido aos dados mais fracos sobre o emprego. |
Chuva de dados nos EUA |
Serão divulgados vários dados económicos nos EUA que vão permitir acompanhar a saúde da maior economia do mundo, na véspera da decisão de política monetária da Reserva Federal, que deverá optar por um corte nas taxas de juro. Vão ser conhecidos os dados das vendas no retalho, os preços das importações e exportações e ainda a produção industrial - todos referente ao mês de agosto. Os analistas preveem uma ligeira subida (0,2%) nas vendas no retalho, e, em contraciclo, uma descida modesta nos preços das compras (-0,3%) e vendas ao estrangeiro e na produção industrial (-0,1%). |
Sentimento económico para a Zona Euro |
É divulgado esta terça-feira o indicador ZEW de expectativas económicas de setembro, que é visto como uma importante métrica de sentimento da Zona Euro. As estimativas do mercado apontam para uma queda para 20,3 pontos este mês, face a 25,1 em agosto. O mesmo indicador vai ser revelado para a Alemanha. Em agosto, este indicador caiu pela primeira vez em quatro meses para 34,7 pontos e antecipa-se uma nova queda para 27,3 pontos. Em causa estarão as tarifas dos EUA ao bloco e o acordo comercial com a Casa Branca, que não impressionou os especialistas, segundo o presidente do ZEW. Já em abril, mês do "Dia da Libertação", o indicador havia regredido para os 93,6 pontos, praticamente para o nível apurado em dezembro e invertendo a tendência de ganhos de confiança do primeiro trimestre. |
Indústria permite medir o pulso ao bloco |
O setor industrial da Zona Euro será alvo de análise esta terça-feira pelos investidores, que vão estar atentos a possíveis impactos na produção no mês de julho pelas tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, já que o acordo comercial entre as duas partes foi fechado apenas em agosto. No mês anterior, a produção industrial no bloco recuou 1,3% face a maio, tendo subido 0,2% face ao mês homólogo. O mercado antecipa uma subida nos dados de julho. Hoje será também conhecida a taxa de inflação de agosto em Itália e, fora da Zona Euro, a taxa de desemprego em julho no Reino Unido. |
Reação da banca italiana aos planos de Meloni |
Esta segunda-feira, o governo de Itália, liderado por Giorgia Meloni, anunciou estar a trabalhar num plano preliminar para angariar 1,5 mil milhões de euros adicionais junto dos bancos italianos em 2027. O plano passa por adiar as suas deduções fiscais e as autoridades italianas estão já a considerar renovar a medida por mais 12 meses, elevando o total das contribuições para o orçamento para 3 mil milhões em dois anos. O anúncio foi feito já depois do fecho dos mercados, pelo que os investidores da banca italiana irão estar a reagir, com possíveis impactos no setor correspondente na Europa. |
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