Banca e petrolíferas levam Europa a afundar
A crise no mercado de crédito volta hoje a ensombrar a negociação nos mercados bolsistas mundias. As praças europeias seguem todas com desvalorizações acentuadas, lideradas pelas empresas financeiras e petrolíferas. O Dow Jones Stoxx 50 descia 2,05%.
A crise no mercado de crédito volta hoje a ensombrar a negociação nos mercados bolsistas mundias. As praças europeias seguem todas com desvalorizações acentuadas, lideradas pelas empresas financeiras e petrolíferas. O Dow Jones Stoxx 50 descia 2,05%.
O Dow Jones Stoxx 50, que agrega as 50 maiores empresas da Europa, descia 2,05% para 3.590,74 pontos.
As bolsas mundiais têm sido prejudicadas pela crise no mercado de crédito que levou os principais bancos centrais a injectarem liquidez no mercado financeiro para inverter a redução de liquidez que se estava a verificar e a levar os juros interbancários para níveis muito elevados.
As quedas acentuaram-se hoje depois do banco australiano Rams Home Loans ter vindo anunciar, esta madrugada, que não conseguiu arranjar financiamento para créditos de curta-duração denominados em dólares no valor de 6,17 mil milhões de dólares australianos (3,70 mil milhões de euros). O banco vai ter de procurar financiamento de emergência.
Este anúncio colocou os mercados bolsistas em alerta uma vez que mostra que a crise no crédito, que começou nos EUA, já está efectivamente alargada a outros países.
Além dos sector bancário, as petrolíferas são as empresas que mais pressionam os índices europeus numa sessão em que o petróleo desce cerca de 2%, em Londres e Nova Iorque, com o mercado a estimar um abrandamento do crescimento económico e consequente redução da procura desta matéria-prima.
A bolsa de Lisboa lidera as quedas entre as principais praças europeias, com o PSI-20 a perder quase 3%.
Em Madrid, o IBEX [ibex] descia 2,11% pressionado pelo Santander e o BBVA. O Banco Santander Central Hispano perdia 2,07% para 13,23 euros enquanto o Bilbao Vizcaya descia 2,45% para 16,71 euros.
Em Londres, o Footsie [ukx] caia 2,12%. As petrolíferas BP e Royal Dutych Shell eram as empresas que mais pressionavam o índice inglês. A BP seguia a negociar com uma queda de 2,12% para 530,5 libras enquanto a Shell perdia 2,22% para 1.810 libras.
O CAC [cac], em Paris, descia 2,22%. O BNP Paribas, que descia 3,11% para 74,65 euros, e a petrolífera Total, que perdia 2,16% para 52,26 euros, eram os títulos que mais contribuiam para a desvalorização do índice francês.
Na Alemanha, o DAX [dax] caia 1,97% pressionado pela Siemens e o Deutsche Bank. A Siemens caia 2,77% para 87,25 euros e o banco alemão caia 2,54% para 91,06 euros.
O AEX [aex], índice holandês, perdia 2,21%. A petrolífera Royal Dutch Shell perdia 2,01% para 26,83 euros e o banco ING descia 2,23% para 28,52 euros.
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