A bolsa nacional segue a desvalorizar mais de 2% e é neste momento quem mais perde na Europa. O PSI-20 desliza 2,07% com 19 títulos em queda. Na Europa, os índices desvalorizam mais de 1%. A pressionar está novamente a crise no mercado de crédito de alto risco, que registou hoje um novo episódio.

O principal índice da bolsa nacional cota nos 12.466,77 pontos com 19 acções em queda e uma inalterada. Esta madrugada, o australiano Rams Home Loans anunciou que não conseguiu arranjar financiamento para créditos de curta-duração denominados em dólares no valor de 6,17 mil milhões de dólares australianos (3,70 mil milhões de euros). O banco vai ter de procurar financiamento de emergência.

Esta notícia não só levou as bolsas asiáticas e australianas a encerrarem com a sua maior queda no espaço de um ano, como ditou uma abertura negra das praças europeias.

O PSI-20 não é excepção, distinguindo-se aliás dos congéneres, pela negativa, ao perder mais de 2%. Esta é a terceira sessão consecutiva de desvalorizações.

O título que mais pressiona é o Banco Comercial Português [bcp] que perde 3,21% para os 3,32 euros. O banco presidido por Paulo Teixeira Pinto já desvalorizou mais de 4% esta manhã.

A última assembleia geral (AG) do BCP contou com a inscrição de um total de 3.036 accionistas, sendo que a maioria se fez representar através dos gestores de topo do banco.

A restante banca escapa às fortes quedas, com o Banco BPI [bpin] e com o Banco Espírito Santo [besnn] a deslizarem 0,46% para os 6,48 euros e 0,06% para os 16,34 euros, respectivamente.

A Portugal Telecom [ptc] também pressiona com uma desvalorização de 1,13% para os 9,65 euros.

Entre as maiores quedas, estão as da Galp Energia [galp pl] que afunda 4,31% para os 10 euros e as da Mota-Engil que ascendem a 5,63% para os 5,87 euros.

A única acção que não cai é a PT Multimédia [ptm] que sege estável nos 11,85 euros.