Os EUA têm agendado para esta quinta-feira um leilão de Treasuries a 30 anos, que é visto como um importante teste ao apetite do mercado por dívida norte-americana. Para tentar tranquilizar Wall Street, o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, garantiu, na semana passada, que o país nunca vai entrar em incumprimento do pagamento da sua dívida. 

Hoje é dia de serem publicados os números de novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA na semana passada. Este indicador é seguido pelo mercado em busca de sinais sobre a saúde do mercado laboral da maior economia mundial, um dos aspetos que a Reserva Federal (Fed) norte-americana pesa quando toma decisões de política monetária. Neste momento, o mercado antecipa dois cortes de juro pelo banco central - um deles já em setembro -, depois de terem sido conhecidos os dados da inflação de maio, que alimentaram as esperanças dos investidores por este cenário. Além disso, é publicado o índice de preços na produção dos EUA.

As cotações do crude nos mercados internacionais brilharam esta quarta-feira e, se ao longo do dia tanto o Brent - de referência para a Europa - como o WTI - referência para os EUA - subiram à volta dos 2%, ao final da tarde uma notícia estendeu estas subidas até aos 4%. Os EUA estavam a preparar-se para evacuar a sua embaixada no Iraque, devido a preocupações crescentes com a segurança no Médio Oriente. A Casa Branca tem tentado chegar a acordo nuclear com o Irão que, segundo o Presidente dos EUA, não estará para breve. Os preços do "ouro negro" dispararam desde logo para máximos de dois meses.

Está praticamente a encerrar mais uma "earnings season" nos EUA. A Adobe Systems, que detém programas como o Photoshop e o PDF, vai dar a conhecer os seus resultados do seu segundo trimestre fiscal. Os investidores estarão atentos aos números, uma vez que no primeiro trimestre, apesar de os lucros de 5,08 dólares por ação e as receitas de 5,71 mil milhões terem ficado acima do esperado, as ações tombaram 14%. 

É dia de se conhecer o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido referente a abril, mês em que o anúncio do Presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tarifas recíprocas ameaçou as economias de uma recessão - e a britânica não ficou de fora. Em março deste ano, a economia tinha subido 0,2% face ao mês anterior, em que também tinha sigo registado um aumento. Os economistas antecipam agora um recuo de 0,1%. Os dados surgem num momento delicado para a economia britância. Esta quarta-feira, o novo Governo apresentou no parlamento uma revisão orçamental, em que reviu em alta o "cheque" para a habitação e promete maior atração para capital privado.