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Ao minuto11.06.2025

Acordo e inflação nos EUA não convencem Europa. Só FTSE 100 escapa ao vermelho

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

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euronext bolsa mercados traders Aurelien Morissard/AP
11 de Junho de 2025 às 17:51
11.06.2025

Acordo e inflação nos EUA não convencem Europa. Só FTSE 100 escapa ao vermelho

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As principais praças europeias terminaram a sessão mergulhadas no vermelho, isto depois de a subida da inflação mais branda do que o antecipado nos EUA e o acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo não ter conseguido acalmar as preocupações dos investidores sobre o impacto das tarifas do Presidente dos EUA, Donald Trump, na economia norte-americana.

O índice de preços no consumidor dos EUA subiu 0,1% em relação ao mês anterior, em comparação com os 0,3% esperados pelos analistas, refletindo um impacto modesto das tarifas e reforçando as esperanças de que a Reserva Federal esteja pronta a cortar as taxas de juro em breve - com o mercado a apontar para setembro.

“É uma boa notícia, mas é pena que não dure”, disse Atakan Bakiskan, economista norte-americano do Berenberg, à Bloomberg. "As tarifas ainda não se refletiram totalmente nos preços ao consumidor. Nos próximos meses, tanto a Reserva Federal como nós prevemos uma nova aceleração da inflação, e é pouco provável que os dados de hoje façam a Fed abandonar a posição de ‘esperar para ver’", acrescentou.

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, perdeu 0,27% para 551,64 pontos, com o retalho, as matérias-primas e o setor alimentar a pressionarem o índice, com desvalorizações acima de 1%. 

A Inditex, dona da Zara, afundou 4,37% para 47,06 euros, apesar de até ter registado um crescimento nos lucros no seu primeiro trimestre fiscal do ano. A multinacional viu os seus lucros crescerem em termos homólogos 0,8% para 1.305 milhões de euros, com vendas de 8,27 mil milhões de euros - um valor que, mesmo assim, ficou abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para uma receita de 8,48 mil milhões de euros.

Já no Reino Unido, a construtora Vistry disparou 7% em bolsa, depois de o orçamento retificativo do Reino Unido ter aumentado as verbas públicas para o setor da habitação. O objetivo é estimular a economia britânica e o pacote deve alcançar os dois biliões de libras - cerca de 2,7 biliões de euros, ao câmbio atual. Aliás, a praça londrina FTSE 100 foi a única a registar valorizações, de  0,13%, rondando máximos históricos, num momento em que o parlamento britânico recebe o novo Governo para dar a conhecer a revisão ao orçamento do Estado. 

Já a Bayer subiu mais de 3% depois do HSBC e da Kepler terem revisto em alta o desempenho da cotada em bolsa.

Entre as principais praças da região, Frankfurt perdeu 0,16%, Paris recuou 0,36%, enquanto Amesterdão cedeu 0,33% e Milão desacelerou 0,07%. Já Madrid caiu 0,61%. .

11.06.2025

Juros agravam-se na Zona Euro. "Treasuries" aliviam antes de leilão

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, num dia marcado pela reação dos mercados a um acordo de princípio alcançado ontem à noite pelas delegações dos EUA e da China. Além disso, o mercado reage ainda à subida ligeira da inflação na maior economia do mundo referente a maio.

Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, subiram 1,1 pontos base para 2,533%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade saltou 2,3 pontos para 3,223%.

Nos países da Europa de sul, os juros das obrigações portuguesas também a dez anos voltaram a negociar abaixo da barreira dos 3%, ainda que tenham pulado 1,7 pontos base para 2,994%. Já as "yields" da dívida espanhola e a da dívida italiana agravaram-se em dois e um pontos para 3,115% e 3,444%, respetivamente.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas subiram um ponto base para 4,550%, num momento em que é apresentado um orçamento retificado pela ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, ao parlamento britânico. A ministra anunciou já aumento dos gastos com a habitação e "prioridades dos trabalhadores", afirmou O orçamento serve de teste à confiança dos mercados, numa altura em que o principal índice do país, o FTSE 100, negoceia em máximos históricos.

Lá fora, os juros das Treasuries dos EUA aliviam quatro pontos base para 4,430%, um dia antes de um leilão de Treasuries a 30 anos, que é visto como um importante teste ao apetite do mercado por dívida norte-americana. 

11.06.2025

Inflação dos EUA sobe menos que o esperado e pressiona dólar

dólar

O dólar norte-americano está a perder terreno, isto depois de a Assim, o mercado está cada vez mais confiante de que a Reserva Federal vai cortar as taxas de juro em setembro e que uma descida adicional poderá estar em cima da mesa. 

O índice do dólar, que mede a força da "nota verde" face aos pares, recua 0,41% para 98,652 pontos, enquanto o euro sobe 0,51% para 1,1483 dólares. Face ao iene, o dólar cai 0,13% para 144,68 ienes.

"A inflação em maio foi menos agressiva do que o previsto, sugerindo que as tarifas não estão a ter um impacto imediato, porque as empresas têm usado os 'stocks' existentes ou ajustado lentamente os preços devido à incerteza na procura", escreveu Alexandra Wilson-Elizondo, do Goldman Sachs Asset Management, citada pela Reuters. E acrescentou: "Se a inflação continuar sob controlo ou o mercado de trabalho enfraquecer, a Reserva Federal vai considerar cortar as taxas de juros no futuro. Esperamos que a Fed mantenha a política monetária inalterada na reunião da próxima semana, mas vemos um caminho para um corte nas taxas no final do ano".

No entanto, a divisa norte-americana conseguiu reduziu as perdas após Donald Trump ter dito que os e para que Pequim exportasse minerais das terras raras, enquanto as universidades norte-americanas iriam receber novamente estudantes chineses.

"O pior cenário já passou. Há um esforço para salvar a reputação de ambos os lados. Do ponto de vista dos EUA, o acordo das terras raras foi um grande negócio", disse John Praveen, da Paleo Leon. "Os EUA e a China chegaram a acordo. A questão é se será implementado. O facto de terem algum tipo de acordo é, pelo menos, um alívio para o mercado, mas as coisas se estarem a acalmar é o ponto mais importante", esclareceu.

Por cá, a Comissão Europeia diz que ser um "bully" durante as negociações comerciais não leva a acordos de longo prazo, acrescentando que acreditam que os encontros com os EUA vão ultrapassar a data limite definida por Trump, de 9 de julho.

11.06.2025

Ouro segura ganhos após inflação nos EUA

ouro

Mesmo com um acordo comercial à vista, o ouro não perde brilho. Os preços do metal amarelo estão a registar ganhos, à boleia dos dados da inflação norte-americana, que subiu menos do que as previsões dos analistas, o que está a dar força às convicções do mercado de que a Reserva Federal (Fed) poderá cortar as taxas de juro já em setembro, o que torna o ouro mais barato e mais apelativo a compra.

O metal amarelo ganha 0,47% para 3.339,45 dólares por onça.

Os dados "surpreendentes" do índice de preços no consumidor (IPC) "impulsionaram todo o mercado de metais preciosos, com a queda dos juros da dívida e do dólar. A esperança é que isto leve a um corte da Fed muito mais cedo", explicou à Reuters Tai Wong, um "trader" independente de metais.

O foco do mercado agora está nos dados do índice de preços no produtor (IPP) dos EUA, divulgados esta quinta-feira, antes da reunião da Fed de 17 a 18 de junho.

"O mercado vai querer ver o ouro e a prata atingirem os máximos recentes, de 3.403 dólares e 36,90 dólares, respetivamente, como um sinal para investir mais. Se não tivermos uma forte recuperação com bons dados, pode sinalizar uma correção de curto prazo", acrescentou Wong.


11.06.2025

Petróleo dispara com acordo comercial para máximos de sete semanas

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Os preços do petróleo estão a registar valorizações significativas esta quarta-feira, com o mercado animado com os primeiros detalhes do acordo comercial entre os EUA e a China e a falta de consenso com o Irão. Os investidores esperam agora que as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo desacelere e que aumente a procura dos países por "ouro negro". 

Assim, o barril de Brent para entrega em agosto salta 1,96%, para os 68,18 dólares. Já os contratos de julho do West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, ganha 2,39%, para 66,53 dólares por barril, tocando máximos de quase dois meses.

Donald Trump anunciou que Pequim vai fornecer minerais de terras raras aos EUA e que Washington permitirá a entrada de estudantes chineses nas universidades norte-americanas. Além disso, os produtos chineses vão passar a enfrentar tarifas de 55% na chegada aos EUA, enquanto os norte-americanos veem as taxas cair para 10%.

A impulsionar as cotações do crude estão, por outro lado, a dificuldade em chegar a outros acordos. O Presidente dos EUA disse ao New York Post de que está "menos confiante" quanto a um acordo com o Irão. Em causa está o fim do programa nuclear de Teerão. No entanto, esta manhã, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse que um acordo está para breve e poderá ser assinado rapidamente. A tensão contínua com o Irão significa que as suas exportações de petróleo provavelmente permanecerão limitadas pelas sanções da Casa Branca.

Um relatório mensal da Administração de Informação sobre Energia dos EUA realçou as atuais incertezas do mercado petrolífero. Embora a agência antecipe que a oferta ofusque a procura em 800 mil barris por dia em 2025 - o máximo desde que começou a publicar as previsões para este ano -, também não prevê que a produção de crude dos EUA ultrapasse os níveis do mês passado antes do final de 2026, um sinal de que os preços mais baixos estão a reduzir alguma oferta.




11.06.2025

Acordo comercial e inflação deixam Wall Street sem rumo. Mercado certo de um corte da Fed

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão de forma bastante volátil, divididas entre ganhos e perdas, à boleia dos mais recentes dados da inflação nos EUA e do acordo comercial, ainda que não muito claro, entre Pequim e Washington. 

Num início de sessão bastante volátil, o S&P 500 soma 0,03% para 6.018 pontos, o Nasdaq Composite avança 0,18% para 19.749,75 pontos e o industrial Dow Jones desce 0,11% para 42.818,59 pontos. 

Do lado de lá do Atlântico,  o que leva o mercado a dar como certo um corte das taxas de juro por parte da Reserva Federal e um segundo também em cima da mesa ainda em 2025. “A inflação está a arrefecer sem matar o ímpeto”, disse Haris Khurshid, da Karobaar Capital, à Bloomberg. “Um corte está de volta, sem dúvida. Dois dependem de se o índice de preços no produtor (PPI) e o trabalho seguirem o exemplo", acrescentou.

Além disso, esta quarta-feira o Presidente dos EUA anunciou, através da rede social Truth Social, que a Casa Branca tinha chegado a acordo com a China sobre as tarifas. As duas maiores economias do mundo têm discutido, em Londres, as medidas da política comercial que agradem aos dois países. Após dois dias de negociações, taxas norte-americanas aplicadas aos produtos chineses vão passar para 55% e as chinesas aos bens vindos dos EUA fixam-se em 10%. 

Não é claro quando é que estas novas taxas aduaneiras entram em vigor. O acordo está ainda sujeito a aprovação dos presidentes de ambos os países. Trump escreveu ainda que vai trabalhar com Xi Jinping para "abrir a China ao comércio norte-americano". 




11.06.2025

Europa avança com cautela após acordo entre China e EUA. Dona da Zara afunda mais de 4%

As principais praças europeias estão a negociar, maioritariamente, em alta, com Madrid e Lisboa a serem a exceção. Os investidores estão a responder com cautela e alguma desconfiança ao acordo de princípio alcançado pelas delegações norte-americana e chinesa esta terça-feira à noite, depois de dois dias de conversações em Londres. O acordo ainda precisa do aval de Donald Trump, presidente dos EUA, e do seu homólogo chinês, Xi Jinping, e representa um "quadro" para implementar as decisões alcançadas no mês passado em Genebra, que incluem a redução de entraves à exportação de minerais críticos - conhecidos como terras raras - por parte de Pequim. 

"Os investidores podem estar a desconfiar do padrão que surgiu durante as anteriores negociações comerciais entre os EUA e a China em 2018 e 2019, quando as reuniões presenciais aparentemente construtivas pareciam dar um passo atrás quando as equipas de negociação regressavam às suas capitais”, explicaram os analistas do Deutsche Bank, numa nota de "research" acedida pela Reuters. 

A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avança 0,17% para 554,05 pontos, com a banca e o setor mineiro a serem os principais impulsionadores. Por sua vez, o retalho está a travar maiores ganhos do índice, pressionado pela grande queda da Inditex em bolsa. 

A dona da Zara está a afundar 4,27% para 47,11 euros, apesar de até ter registado um crescimento nos lucros no seu primeiro trimestre fiscal do ano. A multinacional viu os seus lucros crescerem em termos homólogos 0,8% para 1.305 milhões de euros, com vendas de 8,27 mil milhões de euros - um valor que, mesmo assim, ficou abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para uma receita de 8,48 mil milhões de euros.

Já no Reino Unido, as construtoras Bellway e Vistry disparam bolsa, com ganhos respetivos de 3,05% e 9,33%, em antecipação a um orçamento retificativo que deve expandir as verbas públicas para o setor da habitação. O objetivo é estimular a economia britânica e o pacote deve alcançar os dois biliões de libras - cerca de 2,7 biliões de euros, ao câmbio atual. 

Entre as principais praças da região, Frankfurt avança 0,35%, Paris sobe 0,45%, Londres valoriza 0,22%, enquanto Amesterdão ganha 0,12% e Milão salta 0,11%. Já Madrid e Lisboa negoceiam com perdas, ao caírem 0,65% e 0,02%, respetivamente. 

11.06.2025

Juros agravam-se na Zona Euro com guerra comercial em foco

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta quarta-feira, num dia marcado pela reação dos mercados a um acordo de princípio alcançado ontem à noite pelas delegações dos EUA e da China. Apesar de terem concordado no que dizem ser um "quadro" para implementar os compromissos decididos em Genebra no mês passado, as autoridades dos dois países não reveleram grandes detalhes do acordo, que ainda precisa do aval dos respetivos presidentes. 

Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, avançam 2,1 pontos base para 2,542%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade salta 2,7 pontos para 3,228%. 

Nos países da Europa de sul, os juros das obrigações portuguesas também a dez anos voltaram a negociar acima da barreira dos 3%, ao pular 2,8 pontos base para 3,005%. Já as "yields" da dívida espanhola e a da dívida italiana agravam-se em 2,6 pontos para 3,121% e 3,460%, respetivamente.

Fora da Zona Euro, o destaque vai para os juros das "Gilts" britânicas, que avançam 4,4 pontos base para 4,584%, em antecipação de um orçamento retificado que vai ser apresentado esta quarta-feira pela ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, ao parlamento britânico. Espera-se um aumento dos gastos com áreas como os transportes ou a habitação, com o orçamento a servir de teste à confiança dos mercados, numa altura em que o principal índice do país, o FTSE 100, negoceia em máximos históricos.

11.06.2025

Dólar e yuan inalterados após acordo de princípio entre EUA e China

O dólar norte-americano e o yuan estão a negociar praticamente inalterados esta quarta-feira, depois de as autoridades dos dois países terem falhado em entregar mais detalhes sobre o acordo de princípio alcançado na terça-feira à noite. As duas delegações estiveram reunidas durante dois dias em Londres e chegaram a um consenso em relação a algumas das suas grandes divergências em torno da exportação de minerais críticos por parte da China para os EUA - um entrave nas negociações comerciais das duas superpotências.

O acordo ainda precisa do aval dos respetivos presidentes, o que também está a limitar o otimismo dos investidores. A esta hora, o euro negoceia praticamente inalterado face ao dólar, recuando apenas 0,02% para 1,1423 dólares, enquanto a libra cede 0,07% para 1,3490 dólares. Por sua vez, a "nota verde" acelera 0,14% para 145,07 ienes e valoriza 0,09% para 7,1875 yuans, gravitando em torno de máximos de duas semanas. 

A adicionar à incerteza dos mercados está ainda a decisão de um tribunal norte-americano, que permitiu que as tarifas de Donald Trump continuassem a ser implementadas até que um veredito final fosse alcançado na justiça. A política protecionista dos EUA continua a lançar ondas de choque pela economia global, com várias entidades a reverem em baixa as suas expectativas de crescimento em todo o mundo. 

Com os EUA no centro desta tempestade, os investidores têm optado por outros mercados - o que levou a um enfraquecimento do dólar e ao movimento "Sell America", com os participantes do mercado a afastarem-se de ativos norte-americanos. Desde que o ano arrancou, a divisa norte-americana já desvalorizou 8% face às suas principais rivais. 

11.06.2025

Acordo entre EUA e China não convence e dá força ao ouro

ouro

O ouro está a negociar em alta e a beneficiar da sua posição como um ativo de refúgio, numa altura em que as autoridades chinesas e norte-americanas decidiram não revelar grandes detalhes do acordo de princípio alcançado na noite de terça-feira. As duas delegações estiveram reunidas durante dois dias em Londres para resolver as suas divergências em matéria de política comercial e alcançaram o que dizem ser um "quadro" para implementar o que já tinha sido decidido o mês passado em Genebra. 

"Sabemos que os EUA e a China chegaram a acordo sobre um “quadro”, mas até que Trump ou Xi o aprovem, a incerteza persiste. E essa incerteza está a dar apoio ao ouro, num dia marcado pelos dados da inflação”, explica Matt Simpson, analista do City Index, à Reuters. 

O metal precioso avança, a esta hora, 0,65% para 3.345,35 dólares por onça. Os analistas antecipam que a inflação volte a subir nos EUA em maio, invertendo a tendência de queda registada no mês anterior, que atirou o índice de preços no consumidor para o valor mais baixo desde 2021. Caso os dados sejam confirmados, a Reserva Federal (Fed) vai ter mais argumentos para deixar as taxas de juro inalteradas - uma postura que colide com os apelos do Presidente norte-americano, Donald Trump. 

11.06.2025

Petróleo negoceia inalterado com guerra comercial em foco

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O barril de petróleo está a negociar praticamente inalterado esta quarta-feira, numa altura em que o relativo otimismo em torno das negociações entre EUA e China está a ser eclipsado pela decisão de um tribunal norte-americano, que decidiu que as tarifas de Donald Trump podem avançar de forma temporária, até uma decisão final ser alcançada na justiça. 

A esta hora, o barril de Brent para entrega em agosto recua 0,10%, para os 66,80 dólares. Já os contratos de julho do West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perdem 0,05%, para 64,95 dólares por barril. Os dois "benchmarks" chegaram a avançar mais de 1% na sessão anterior, com os investidores expectantes em relação a um possível acordo entre Pequim e Washington - um otimismo que acabou por ser limitado, depois de as duas superpotências terem optado por não revelar grandes detalhes. 

A guerra comercial em curso tem exercido pressão sob os preços do petróleo. Qualquer recuo nas tensões deve dar força ao crude, mas os investidores continuam bastante apreensivos com a vitalidade do mercado, numa altura em que as projeções apontam para uma procura debilitada que não vai conseguir escoar toda a matéria-prima disponível. 

"Cada vez mais, à medida que avançamos para o terceiro trimestre, esperamos ver os preços a rondar a extremidade inferior do intervalo de 60 a 65 dólares, com riscos dos preços caírem abaixo dos 60 dólares nos últimos três meses do ano”, explica Robert Rennie, analista do Westpac Banking Corp, à Bloomberg. 

Apesar dos sinais de menor procura, as estimativas apontam para uma terceira semana consecutiva de redução nos "stocks" norte-americanos de crude. De acordo com dados da American Petroleum Institute (API), as reservas de petróleo no país terão caído em 400 mil barris - um valor que ainda vai ser confirmado, esta quarta-feira, pela Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia). 

11.06.2025

Ásia avança com acordo entre China e EUA. Otimismo não chega à Europa

As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira com ganhos ligeiros, numa altura em que os olhos estão todos postos nas negociações entre os EUA e a China. Apesar de as duas superpotências até terem concordado num acordo de princípio, que carece ainda do aval dos presidentes norte-americano e chinês, os investidores mostram-se bastante cautelosos, uma vez que as autoridades de ambos os países optaram por não revelar muitos detalhes. 

"Chegámos a um quadro para implementar o acordo alcançado em Genebra", afirmou Howard Lutnick, secretário do Comércio dos EUA e líder da delegação norte-americana, após negociações que se arrastaram por dois dias em Londres. Do lado chinês, também o representante do Comércio Internacional da China, Li Chenggang, mostrou-se otimista em relação ao futuro, apontando para um recuo das tensões comerciais que têm assombrado a economia mundial desde que Donald Trump chegou à Casa Branca. 

"Apesar de ambas as partes até terem anunciado progressos nas negociações de Londres, ainda há trabalho a fazer para chegar a um acordo concreto - o que deixa espaço para potenciais contratempos e incertezas”, explica Tim Waterer, analista de mercados da KCM Trade, à Bloomberg, acrescentando que é provável que este fator acabe por restringir o otimismo nos mercados. 

Neste contexto, as praças chinesas acabaram por encabeçar os ganhos na Ásia, com o Shanghai Composite e o CSI 300 - ambos referentes à negociação continental - a avançarem 0,62% e 0,87%, respetivamente. Já o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou mais de 1%. 

Nas restantes principais praças da região, os japoneses Topix e Nikkei 225 também conseguiram terminar à tona, com ganhos de 0,06% e 0,42%, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 1,13% - atingindo máximos de três anos e meio. 

Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no vermelho, com o Euro Stoxx 50 a recuar 0,2% no "pre-market". 

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