OPEX celebra escritura pública; nova Bolsa arranca no primeiro semestre (act)
A OPEX, sociedade gestora do mercado de valores mobiliários não regulamentado, celebrou a escritura pública da sua constituição, estando previsto para o primeiro semestre deste ano o arranque das operações da nova Bolsa nacional.
(actualiza com declarações de Luís Rodrigues)
A OPEX, sociedade gestora do mercado de valores mobiliários não regulamentado, celebrou a escritura pública da sua constituição, estando previsto para o primeiro semestre deste ano o arranque das operações da nova Bolsa nacional.
A empresa, que será dirigida por Luís Rodrigues, terá como objecto social a «promoção e gestão de um mercado organizado, não regulamentado, de valores mobiliários», em alternativa à Euronext Lisbon.
Esta nova plataforma electrónica de negociação «online», designada PEX (Private Exchange), vai contribuir «para a dinamização (do mercado de capitais nacional) através da criação de um ambiente não regulamentado», acrescenta em comunicado.
Para a entrada em funcionamento desta plataforma de negociação de acções, entre outros títulos mobiliários, vai seguir-se o registo junto da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a instalação do sistema de negociação.
O presidente da OPEX está confiante no sucesso da nova plataforma ainda que o mercado de capitais nacional esteja em queda.
«O nosso serviço é independente da saúde da economia», disse Luís Rodrigues, afirmando que a nova plataforma arrancará as operações em «Abril, caso o sistema de negociação vier conforme as expectativas».
A nova Bolsa estará disponível, até final de Junho, caso o sistema tenha que ser objecto de ajustamentos, referiu a mesma fonte.
A plataforma garante «oferta de serviços complementares de informação e research», além da «redução dos spreads», como a «rápida execução de ordens a custos reduzidos», refere o comunicado.
O sistema de negociação terá também a vertente de Internet, além dos equipamentos instalados nas corretoras nacionais.
A PEX estabeleceu «contactos com corretoras nacionais» para aderirem ao projecto, sendo que «nos próximos dois meses, teremos reuniões com tudo e com todos» para alavancar a plataforma, afirmou ao Negocios.pt, Luís Rodrigues.
Sem querer avançar identidades de empresas cujos títulos estarão disponíveis para negociação na PEX, Luís Rodrigues «algumas empresas já mostraram interesse neste segmento».
Empresas com capitalizações bolsistas reduzidas serão o mercado alvo deste segmento.
Luís Rodrigues acredita que haverá liquidez para empresas cotadas na Euronext Lisbon esteja associadas à PEX.
O capital social da OPEX é representado por 1,6 milhões de euros. A Datacomp, PME Capital, a PME Investimentos, Araújo & Vilas e um grupo de promotores individuais constituem a estrutura accionista da OPEX.
A Datacomp detém 15,625% do capital da OPEX, a PME Capital e PME Investimentos controlam, respectivamente 14%. A Araújo & Vilas é titular de 9,36%, enquanto os accionistas promotores detêm o restante capital ou 46,9%.
Além de Luís Rodrigues, a direcção caberá também a Jorge Valentim Lourenço e João Correia de Matos.
Nogueira Leite, um dos promotores da ideia ao lado de Álvaro Dâmaso que ocupou o cargo de presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), estará no conselho geral da OPEX.
José Fortes Gama, António Gaspar, Carlos Gonçalves e Ana Araújo ocuparão cargos no conselho geral da nova empresa. Carlos Monjardino será o presidente da assembleia geral (AG) da OPEX.
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