Europa com ganhos em dia de maior apetite pelo risco
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
- Petróleo valoriza após reunião dos países exportadores de crude
- Ouro continua perto de mínimos de sete meses
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Bolsas europeias fazem o pleno no verde
- Euribor sobe a três meses, desce a seis e estabiliza a12 meses
- Wall Street no vermelho após novos dados do mercado laboral
- Ouro desliza com investidores a privilegiarem dívida soberana
- Petróleo cede ligeiramente com receio de abrandamento económico global
- Juros aliviam na Zona Euro. Só Itália vê "yield" aumentar
- Europa com ganhos em dia de maior apetite pelo risco
O petróleo está a valorizar esta quinta-feira, tanto em Londres como em Nova Iorque, depois de sinais nos últimos dias de uma menor procura e receios sobre um aperto do mercado no último trimestre do ano terem provocado uma queda de mais de 3% no dia de ontem.
Esta queda aconteceu após os líderes "de facto" da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), a Arábia Saudita e a Rússia, terem revelado que vão manter os cortes no fornecimento de crude até ao final do ano.
Após esta revelação, o petróleo desvalorizou substancialmente, mas esta manhã o West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – ganha 5,22% para 84,31 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança 0,28% para 86,02 dólares por barril.
O ouro continua a desvalorizar e mantém-se perto do seu nível mais baixo desde março, numa altura que os investidores estão a privilegiar a dívida soberana norte-americana a dez e a 30 anos. O metal precioso desvaloriza 0,13% para 1.821,14 dólares por onça, o paládio ganha 2,93% para 1.174,87 dólares e a platina avança 3,40% para 867,90 dólares. Os investidores estão ainda a analisar os dados do emprego no setor privado, que mostram que as empresas contrataram menos do que o esperado ao adicionarem 89 mil postos de trabalho em setembro - o nível mais baixo desde o início de 2021.
O metal precioso desvaloriza 0,13% para 1.821,14 dólares por onça, o paládio ganha 2,93% para 1.174,87 dólares e a platina avança 3,40% para 867,90 dólares.
Os investidores estão ainda a analisar os dados do emprego no setor privado, que mostram que as empresas contrataram menos do que o esperado ao adicionarem 89 mil postos de trabalho em setembro - o nível mais baixo desde o início de 2021.
Os juros das dívidas soberanas agravam-se na Zona Euro, depois de ontem a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter reafirmado que as taxas de juro de referência devem permanecer elevadas durante mais tempo, amplificando receios de uma recessão na região da moeda única.
Assim, a "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agrava-se 2,2 pontos base para 2,937%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 somam 4,2 pontos base para 3,636%.
A "yield" dos títulos espanhóis com a mesma maturidade estão nos 2,9 pontos base, mais concretamente em 4,039%.
Os juros das obrigações italianas a 10 anos avançam 4,8 pontos base para 4,904%.
As praças europeias acordaram esta quinta-feira no verde, depois de ontem terem sido revelados indicadores sobre a criação de emprego no setor privado nos EUA, que indicam que o número de postos de trabalho aumentou ao ritmo mais lento desde 2021. Esta quinta-feira, a Organização Mundial do Comércio (OMC) atualiza também as suas perspetivas de crescimento do comércio global para 2023 e 2024, num contexto de incerteza marcado pela guerra na Ucrânia e inflação elevada.
Esta quinta-feira, a Organização Mundial do Comércio (OMC) atualiza também as suas perspetivas de crescimento do comércio global para 2023 e 2024, num contexto de incerteza marcado pela guerra na Ucrânia e inflação elevada.
Nas principais praças europeias, o espanhol Ibex ganha 0,64%, o AEX, em Amesterdão, sobe 0,51%, o britânico FTSE 100 avança 0,45%, o italiano FTSE Mib valoriza 0,42%, o alemão Dax pula 0,35% e o francês CAC-40 soma 0,12%. O PSI é, nesta altura, o índice europeu que mais valoriza para 0,75%.
A taxa Euribor subiu hoje a três meses, desceu a seis meses e estabilizou a 12 meses face a quarta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, estabilizou hoje nos 4,212%, o mesmo nível de quarta-feira, depois de ter subido em 30 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, desceu hoje para 4,125%, menos 0,005 pontos, depois de ter subido para 4,138% em 2 de outubro, um novo máximo desde novembro de 2008.
No caso da Euribor a três meses, subiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,972%, mais 0,010 pontos, depois de ter subido em 25 de setembro para 3,977%, um novo máximo também desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
As bolsas norte-americanas abriram no vermelho, num dia em que novos dados económicos dão força à narrativa de que o mercado laboral mantém-se robusto.
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego subiu ligeiramente na semana passada, mantendo-se ainda assim em níveis historicamente baixos. Foram feitos dois mil novos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, com o número total a rondar os 207 mil, abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg (210 mil).
Apesar de ontem terem fechado com ganhos, à boleia de um bom desempenho das tecnológicas, o sentimento do mercado mantém-se frágil.
O índice de referência S&P 500 perde 0,21% para 4.254,94 pontos, o industrial Dow Jones recua 0,03% para 33.120,22 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,46% para 13.174,85 pontos.
Os investidores aguardam agora pelos dados oficiais de sexta-feira, que mostram se a criação de emprego na maior economia mundial continua a crescer. Isto para perceber se o mercado laboral dá sustento à Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos para subir novamente os juros na reunião de novembro.
O ouro está a desvalorizar, num dia em que os investidores estão a privilegiar a dívida soberana, que é também vista como um ativo mais seguro. A política monetária restritiva tende a penalizar o metal precioso, que não remunera juros, pelo que se torna menos atrativo em tempos de juros altos.
O ouro cede 0,18% para 1.818,14 dólares por onça, enquanto a platina recua 0,86% para 862,26 dólares e o paládio desliza 1,93% para 1.149,38 dólares. Isto num dia em que os investidores digerem os mais recentes dados no mercado laboral norte-americano, que mostram um menor aumento do que o esperado do número de novos pedidos de subsídio de desemprego. O número total a ronda os 207 mil, abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg (210 mil).
Isto num dia em que os investidores digerem os mais recentes dados no mercado laboral norte-americano, que mostram um menor aumento do que o esperado do número de novos pedidos de subsídio de desemprego. O número total a ronda os 207 mil, abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg (210 mil).
Os preços do petróleo cedem esta quinta-feira, embora com quedas não muito pronunciadas. Os investidores receiam cada vez mais que a procura diminua devido ao abrandamento económico a nível global.
Em Nova Iorque, os contratos para entrega em novembro caem 0,31%, para os 83,96 dólares por barril. Já no mercado londrino, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, para entrega em dezembro cede 0,41%, cotando nos 85,46 dólares por barril. "Quando o petróleo inverte é sempre depressa. Especialmente quando passa para território negativo", assinala Rebecca Babin, "trader" de energia da CIBC, citada pela Bloomberg.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta quinta-feira, num dia em que o "sell-off" das obrigações viu um travão. Só Itália viu um agravamento.
Apesar da maior aposta na dívida pública, os investidores mostraram também um maior apetite pelo risco, com as ações a fecharem o dia mistas.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos caiu 0,6 pontos base para 3,558%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo aliviou 4 pontos base para 2,875%. Os juros da dívida italiana, por sua vez, agravaram-se 2,6 pontos base para 4,881%.
Já a "yield" da dívida soberana espanhola diminuiu 1,5 pontos base para 3,994% e os juros da dívida francesa recuaram 2,4 pontos base para 3,455%.
As principais bolsas europeias encerraram maioritariamente no verde, num dia em que os investidores mostraram um maior apetite pelo risco.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,28% para 441,31 pontos, com o setor das viagens a protagonizar a maior subida (1,45%). Já as tecnológicas foram as que mais caíram (0,75%).
Entre as principais movimentações, a Alstom caiu 37,5% depois de a empresa rever em baixa o "cash flow" para este ano. As ações da fabricante de comboios caíram para mínimos de 18 anos.
Nas principais praças europeias, o francês CAC-40 subiu 0,02%, o italiano FTSE Mib cresceu 0,2%, o espanhol Ibex 35 somou 0,6%, o britânico FTSE 100 cresceu 0,53% e o AEX, em Amesterdão, saltou 0,12%. Apenas o alemão Dax 30 perdeu (-0,2%).
Os investidores estão de olhos postos nos dados oficiais do emprego nos Estados Unidos, conhecidos amanhã, para tentar antecipar quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) no que à política monetária diz respeito.
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