BES lança "private equity" no Brasil em parceria com o Bradesco

O Banco Espírito Santo anunciou hoje que vai criar, em conjunto com o Bradesco, uma gestora de fundos de "private equity". O primeiro fundo a lançar pela 2bCapital terá um valor de 200 milhões de euros.
Nuno Carregueiro 16 de Setembro de 2009 às 13:21

(actualiza com mais informação)

O Banco Espírito Santo anunciou hoje que vai criar, em conjunto com o Bradesco, uma gestora de fundos de “private equity”. O primeiro fundo a lançar pela 2bCapital terá um valor de 200 milhões de euros.

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Em comunicado o BES refere que a nova firma, denominada 2bCapital, será controlada em partes iguais pelas subsidiárias BRAM - Bradesco Asset Management e Espírito Santo Capital (ES Capital).

A nova “private equity” vai lançar um primeiro fundo, com um valor de 500 milhões de reais (200 milhões de euros), sendo que o BES e o Bradesco entram com 50 milhões de reais (18,94 milhões de euros) cada um. De acordo com o comunicado, o fundo “estará aberto para investidores brasileiros e internacionais atraídos, principalmente, pelas oportunidades existentes no universo empresarial brasileiro e pela representatividade dos dois sócios”.

O 2bCapital vai investir em sectores pré-seleccionados, em empresas com receitas anuais acima de 100 milhões de reais (37,8 milhões de euros) alto potencial de crescimento, boa gestão e rentabilidade crescente.

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Manuel de Sousa, actualmente responsável pela ES Capital Brasil, será o principal executivo da 2bCapital.

“A parceria resulta da complementaridade de cada um dos sócios: pelo lado do Bradesco, a sua presença e representatividade no mercado Brasileiro, além do seu relacionamento com empresas actuantes em todos os sectores da economia. Já o Banco Espírito Santo aporta a sua experiência em private equity, com presença destacada principalmente no continente europeu”, acrescenta o comunicado.

"Momento adequado"

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O Bradesco é o segundo maior banco brasileiro, sendo parceiro e accionista do BES.

De acordo com o jornal brasileiro “Valor Económico”, esta parceria com o BES representa a entrada do Bradesco no mercado de “private equity”. "Já temos capital e estamos abertos para negócios: o trabalho de prospecção já começou", afirmou Manuel de Sousa numa entrevista ao jornal brasileiro. "O momento é muito adequado e oportuno para o Bradesco entrar no segmento de private equity de forma mais consistente, pois, dada as suas perspectivas de crescimento, o Brasil está cada vez mais atractivo para investimentos e também com cada vez mais necessidade desses investimentos", afirmou Robert John Van Dijk. Também Manuel de Sousa destaca o “timing” da aposta neste mercado. "A oportunidade é excelente para o private equity, pois a economia do Brasil está melhorando, mas o acesso ao crédito e aos recursos no mercado de capitais para as empresas não voltou ainda aos níveis anteriores", disse Sousa ao “Valor”.

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