Jerónimo Martins supera BCP nas carteiras dos fundos portugueses
Há vários meses a liderar a lista das cotadas portuguesas preferidas dos fundos de investimento mobiliários (FIM) nacionais, o Banco Comercial Português (BCP) foi superado em julho pela Jerónimo Martins.
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De acordo com os dados divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a "Jerónimo Martins foi o título com maior peso nas carteiras dos fundos, representando 10,3% do total investido, com uma subida mensal de 8,2%".
As carteiras dos FIM nacionais tinham, no final de julho, 15,6 milhões de euros aplicados na dona do Pingo Doce, acima dos 14,4 milhões de euros no BCP. O investimento dos fundos no banco liderado por Miguel Maya recuou 16,3%, sendo que esta queda está sobretudo relacionada com a perda de valor dos títulos. Em junho o investimento no BCP estava avaliado em 17,1 milhões de euros.
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As ações do BCP desvalorizaram 14,97% em julho (o pior desempenho desde janeiro de 2017), estando atualmente a negociar em mínimos do ano. O banco, em linha com o setor, tem sido penalizado em bolsa pelos receios com o impacto da política monetária de juros baixos do Banco Central Europeu.
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Depois do BCP, é a Galp Energia que surge na lista das ações preferidas dos fundos nacionais, sendo que o investimento na petrolífera aumentou 1,4% para 13,2 milhões de euros.
Nos, Navigator, Sonae, EDP Renováveis, REN, EDP e Corticeira Amorim completam o "top ten" das cotadas portuguesas mais representadas nas carteiras dos FIM. Entres estas, o maior aumento de investimento aconteceu na empresa liderada por António Mexia (+35,6%).
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O valor das aplicações em ações de cotadas portuguesas ficou praticamente inalterado em relação ao mês anterior, atingindo 150 milhões de euros.
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Nas cotadas estrangeiras o investimento aumentou 4,1%, sendo que na União Europeia os título mais representativos nas carteiras dos fundos de investimento foram a Inditex, a LVMH e a Siemens. Fora da União Europeia destacaram-se a Apple, a Visa e a Microsoft.
Os dados da CMVM mostram que em julho de 2019, o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) totalizou 11.461,8 milhões de euros, mais 279,8 milhões (2,5%) do que em junho.
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A Alemanha foi o principal destino de investimento dos OICVM em julho, ao absorver 15,2% do total das aplicações dos fundos, seguida dos Estados Unidos (13,4%) e do Luxemburgo (12,7%). Portugal absorveu 7,2% do investimento.
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As sociedades gestoras com as maiores quotas de mercado foram a Caixagest (34,7%), a BPI Gestão de Activos (21,9%) e a Santander Asset Management (17,4%).
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