Aposta das famílias nos certificados acelera. Já há mais de 38 mil milhões investidos
A entrada de capital nos certificados de aforro mais do que compensou a saída dos certificados do Tesouro. O aumento mensal conjunto foi de 244 milhões de euros.

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No mês em que a generalidade dos trabalhadores recebeu o subsídio de férias, o investimento em certificados de aforro voltou a acelerar. As famílias alocaram 404 milhões de euros a estes produtos de poupança do Estado, levando o "stock" a superar pela primeira vez os 38 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
A entrada de capital nos certificados de aforro em julho fica acima do valor mensal registado em junho (319 milhões de euros). Mesmo assim, o "stock" total chegou aos 46.878,42 milhões de euros, o que significa que o investimento das famílias voltou a renovar máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do supervisor.
O apetite dos investidores por certificados de aforro refreou nos últimos meses depois de estes terem deixado de render o juro máximo. Determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, a taxa-base dos certificados de aforro segue uma fórmula ditada pela média da Euribor a 3 meses nos 10 dias úteis anteriores (que não pode ser superior a 2,5% nem inferior a 0%).
Desde a criação da série atualmente em comercialização, a F, que o juro estava no máximo. Contudo, com o indexante a descer, a taxa-base caiu, em abril, pela primeira vez para 2,41%, uma tendência que se tem repetido desde então. Este mês ficou nos 1,987%.
Apesar disso, a entrada de capital nos certificados de aforro continua a mais do que compensar a saída nos certificados do Tesouro. Como tem acontecido consecutivamente desde outubro de 2021, este produto continuou a perder atratividade. O "stock" recuou em 160 milhões de euros em julho, para um total de 8.657 milhões de euros. No conjunto dos dois produtos de poupança do Estado, o saldo está em 46.878 milhões de euros, após um crescimento mensal de 244 milhões de euros em julho.
(Notícia atualizada às 11:25)
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