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Tablets para todos os gostos (ou quase)

Os "tablets" são uma das principais loucuras tecnológicas deste ano. Em Portugal, já estão à venda quatro modelos que prometem fazer parte da lista de compras de muitos entusiastas de "gadgets".

20 de Janeiro de 2011 às 09:00

Depois da Apple anunciar o iPad, que ainda não chegou a muitos mercados, várias empresas apressaram-se a adoptar e adaptar o conceito, algumas reinventando modelos que já tinham, mas com diferenças essenciais ao nível da simplificação de interfaces e acesso a aplicações.

Samsung, Toshiba, Dell, RIM, LG e Sony estão entre os nomes das marcas que já mostraram as suas propostas, algumas das quais já começaram a ser vendidas em Portugal. Ao todo são cerca de duas dezenas os aparelhos que está a chegar ao mercado, a maioria com sistema operativo Android, o principal concorrente do iOS da Apple nesta guerra de "tablets", onde o Windows está a ficar para trás.

Mais do que o sistema operativo usado e o formato dos "tablets" propriamente ditos, o que os novos equipamentos oferecem é a facilidade de utilização e o acesso instantâneo à informação, fotografias e "e-mail", mas também os jogos e os vídeos de alta definição. Além do entusiasmo criado à volta destes novos "gadgets" existe um lado prático para a questão, que justifica o desembolso de cerca de 400 euros (ou mais) .

Para que serve um "tablet"?

Mas os "tablets" trazem alguma funcionalidade verdadeiramente nova que não estivesse já disponível nos computadores e nos "smartphones"? A resposta é não.

A navegação "web", o acesso ao "e-mail", os vídeos em HD, os jogos e aplicações, ou mesmo os leitores de livros digitais ("ebooks") já existiam há muito nos vários suportes.

A diferença está na forma de apresentação e - mais do que tudo - na ligação instantânea dos equipamentos e na facilidade de utilização. Em vez de esperar alguns minutos para ligar o computador e conseguir aceder a uma página "web", ou abrir pastas de arquivo para ver as fotografias das férias, bastam alguns (poucos) segundos para ligar os "tablets", e dois cliques para aceder à aplicação. O toque domina na gestão da informação e na navegação entre os conteúdos, sejam eles aplicações de trabalho ou de lazer.

Face aos novos "smartphones" de ecrã táctil a grande diferença está no tamanho do ecrã: 7 ou 10 polegadas ganham claramente às quatro polegadas dos "smartphones" topo de gama.

E é por isso que cada vez se vêm mais profissionais a usar "tablets" nas conferências, em vez dos "smartphones" ou dos computadores que habitualmente transportavam para irem acompanhando o fluxo de "e-mail". É mais simples, mais prático e mais atraente.

Provavelmente os "tablets" não vão substituir os computadores portáteis, e muito menos os "smartphones", até porque são dispositivos mais virados para a visualização de conteúdos do que para a produção, mesmo que alguns tragam como acessórios pequenos teclados que complementam as suas capacidades de escrita.

Mas a entrada desta nova categoria no mercado já está a fazer mossa nas vendas de "notebooks" e dos seus irmãos mais pequenos, os "netbooks". A Gartner prevê que 10% das vendas de computadores sejam trocadas por "tablets" até 2014. Provavelmente os consumidores vão deixar de actualizar as suas máquinas portáteis com tanta frequência, passando a comprar "tablets", enquanto nos países em desenvolvimento muitos utilizadores podem mesmo optar por comprar um "tablet" em vez de um "notebook", devido ao preço.

Até porque o custo dos "tablets" acaba por se fixar num valor intermédio entre um "netbook" - um portátil mais fraquinho vocacionado para a navegação "web" e produção de documentos pouco exigentes na performance - e um "notebook" pouco artilhado. Se comparado com "smartphones" de topo de gama os preços de venda a público dos "tablets" até ganham no confronto, já que os telefones mais avançados custam actualmente entre 400 e 650 euros.

Até onde vai a escolha

Em Portugal o primeiro tablet a chegar às lojas foi o Samsung Galaxy tab, um equipamento com Android e com um ecrã de sete polegadas, um conceito ao qual as operadoras Vodafone e TMN aderiram rapidamente pelo potencial identificado no conceito.

Já em Novembro a Toshiba lançou o seu Folio 100, ainda só com ligação Wi-Fi, e a Vodafone mostrou a sua proposta com o ZTE V9, o mais barato de todos os "tablets" à venda em Portugal.

O último a chegar foi o mais desejado iPad, que começou a ser vendido a 30 de Novembro por várias cadeias de lojas e também "on-line" pela própria Apple. O modelo de comercialização não prevê - para já - a venda através dos operadores de telecomunicações, mas a Optimus, a TMN e a Vodafone têm tarifários desenhados à medida destes equipamentos, até porque se estima que o consumo de dados em 3G seja um dos potenciadores de receitas nos próximos anos.

Conheça quatro opções

Em Portugal já estão à venda quatro modelos, com opções diferentes em termos de dimensões, possibilidade de ligação e preço. Verifique as diferenças antes de comprar.

Apple iPad

Sistema operativo iOS

Ecrã 9,7 polegadas

Dimensão 242,8 x 189,7 x 13,4 mm

Peso 0,68 Kg (modelo Wi-Fi) ou 0,73 Kg (modelo 3G)

Memória 16, 32 ou 64 GB

Ligação Wi-Fi ou Wi-Fi + 3G

Preço entre 449 euros (para modelo Wi-Fi com 16 GB de memória) e 799 euros (para modelo 3G com 64 GB)

Samsung Galaxy Tab

A Samsung tentou juntar o melhor de dois mundos no seu Galaxy Tab, não ultrapassando o limite de 7 polegadas de ecrã que a Google definiu para compatibilidade com as aplicações do Android Market e garantindo a capacidade de chamadas de voz e videochamadas num Tablet que assim se transforma num smartphone em tamanho XL. As duas câmara - uma traseira de 3 Mpixels e uma frontal de 1,3 megapixels para videochamadas - são um factor de diferenciação em relação ao iPad, mas também a utilização do sistema operativo Android, mais "aberto" do que o iOS da Apple. Por ser mais pequeno o tablet da Samsung também pesa menos: só 380 gramas, o que pode ser útil para quem o quiser trazer no bolso… Mas este é um luxo que "sai caro" e para o adquirir é preciso desembolsar mais de 600 euros, o que faz com que perca na comparação com outros modelos já nas lojas…

Sistema operativo Android 2.2

Ecrã 7 polegadas

Dimensão 190,1 x 120,45 x 11,98 mm

Peso 0,380 Kg

Memória 16, 32 GB

Ligação Wi-Fi + 3G

Preço 614 euros (16 GB de memória) e 714,9 euros (32 GB)

Toshiba Folio 100

Sistema operativo Android 2.2

Ecrã 10,1 polegadas

Dimensão 281 x 181 x 14 mm

Peso 0,76 Kg (modelo Wi-Fi)

Memória 16 GB

Ligação Wi-Fi

Preço 399 euros

Vodafone ZTE V9

Sistema operativo Android 2.1

Ecrã 7 polegadas

Dimensão 192x110x12,6 mm

Peso 0,403 Kg

Memória 32 GB

Ligação Wi-Fi + 3G

Preço 249 euros

Os conteúdos fazem a diferença

Nem só de "web" e acesso ao "e-mail" vivem os "tablets". Está mais do que provado que são as aplicações que se descarregam para o equipamento que diferenciam e personalizam a experiência. Aplicações de produtividade, jogos, ferramentas para gerir e editar fotografias, calendários e muitas outras utilidades dominam as lojas de aplicações da Apple, do Android Market e até das empresas, como a Toshiba, que decidiu lançar o seu próprio portal para contornar as limitações que a Google impôs na loja do Android.

Em Portugal, o desenvolvimento de aplicações para "tablets" está na lista de interesses de muitas "software-houses" mas também da indústria de Media, que se prepara para transportar os jornais e revistas para esta plataforma, tirando partido da apetência dos utilizadores e da facilidade de acesso que também simplifica o pagamento de pequenas quantias.

Nem só de "web" e acesso ao "e-mail" vivem os "tablets". Está mais do que provado que são as aplicações que se descarregam para o equipamento que diferenciam e personalizam a experiência. Aplicações de produtividade, jogos, ferramentas para gerir e editar fotografias, calendários e muitas outras utilidades dominam as lojas de aplicações da Apple, do Android Market e até das empresas, como a Toshiba, que decidiu lançar o seu próprio portal para contornar as limitações que a Google impôs na loja do Android.

Argumentos a favor dos "tablets"

1. Ecrã e dimensão

Entre 7 e 10 polegadas, os ecrãs dos "tablets" ganham claramente aos "smartphones", limitados a 3 ou 4 polegadas. A comparação não é tão eficiente com os "notebooks", com ecrãs acima das 13 polegadas, mas na portabilidade o peso de cerca de 700 gramas torna-os mais simpáticos para trazer na mala do que os portáteis mais leves, que ultrapassam um quilo.

2. Ligação instantânea

Em modo de hibernação ou mesmo no arranque quando desligados, os "tablets" oferecem um acesso quase instantâneo à informação. Nisso são semelhantes aos "smartphones", mas ganham aos pontos perante os computadores portáteis, que às vezes precisam de alguns minutos só para apresentar o ambiente de trabalho.

3. Preço

Não é que sejam baratos, apesar da variedade de ofertas, mas com preços entre os 250 euros (no caso do tablet da ZTE, vendido pela Vodafone) e os 800 euros - na versão mais cara do iPad, alguns "tablets" conseguem ser mais baratos do que muitos "smartphones" e "notebooks" de topo de gama, os primeiros com preços entre 400 e 650 euros e os segundos a rondar muitas vezes os dois mil euros.

4. Utilidade

Tudo depende da utilização que se quiser fazer dos "tablets", mas pelo conjunto de ferramentas disponíveis - e as muitas que podem ser descarregadas das lojas de aplicações - os "tablets" tornam-se objectos cada vez mais interessantes para o trabalho e para o lazer. E até podem ser um elemento de diversão partilhado pela família, entretendo os mais novos, garantindo o acesso a fotos e vídeos para mostrar aos avós.

1. Ecrã e dimensão

Entre 7 e 10 polegadas, os ecrãs dos "tablets" ganham claramente aos "smartphones", limitados a 3 ou 4 polegadas. A comparação não é tão eficiente com os "notebooks", com ecrãs acima das 13 polegadas, mas na portabilidade o peso de cerca de 700 gramas torna-os mais simpáticos para trazer na mala do que os portáteis mais leves, que ultrapassam um quilo.

2. Ligação instantânea

Em modo de hibernação ou mesmo no arranque quando desligados, os "tablets" oferecem um acesso quase instantâneo à informação. Nisso são semelhantes aos "smartphones", mas ganham aos pontos perante os computadores portáteis, que às vezes precisam de alguns minutos só para apresentar o ambiente de trabalho.

3. Preço

Não é que sejam baratos, apesar da variedade de ofertas, mas com preços entre os 250 euros (no caso do tablet da ZTE, vendido pela Vodafone) e os 800 euros - na versão mais cara do iPad, alguns "tablets" conseguem ser mais baratos do que muitos "smartphones" e "notebooks" de topo de gama, os primeiros com preços entre 400 e 650 euros e os segundos a rondar muitas vezes os dois mil euros.

4. Utilidade

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