O ouro não para de atingir novos recordes. A guerra comercial e a desvalorização do dólar - penalizado pelas crescentes críticas do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump à Reserva Federal dos Estados (Fed) - levou o metal amarelo esta segunda-feira a superar pela primeira vez os 3.400 dólares por onça. Ao final da manhã, o ouro chegou a apreciar-se 2,17% para 3.400,38 dólares por onça.

Depois de, na sexta-feira, Trump ter dito que mal pode esperar pelo final do mandato do líder da Fed, Jerome Powell, o Presidente dos EUA garantiu este fim de semana que pode obrigá-lo a ir-se embora. "Durante o fim de semana, aumentaram as preocupações nos Estados Unidos sobre a potencial demissão do presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell. Donald Trump está a insistir na redução das taxas de juro", indicam os analistas da Xtb.

"Austan Goolsbee, da Fed, sublinhou a importância da independência política do banco central e indicou que a acumulação de bens para evitar as tarifas dos EUA é mais evidente nas compras das empresas, do que no comportamento dos consumidores a retalho", acrescentam. Apesar disso, as ameaças à independência do banco central estão a penalizar o sentimento dos investidores em relação ao dólar.

A divisa norte-americana segue esta segunda-feira a cair mais de 1%, sendo que o enfraquecimento da divisa norte-americana beneficia as "commodities" que são transacionadas em dólares. Além disso, o ouro é o ativo-refúgio por excelência, que tem vindo a ganhar força com agravamento da guerra comercial.

A par da forte valorização do ouro para novos máximos, também a prata avança 1,5% para 32,98 dólares por onça. O paládio sobe 0,28% até aos 963,50 dólares por onça e a platina ganha 0,56%, negociando nos 982,50 dólares por onça.