Mercado petrolífero deverá ter défice de dois milhões de barris por dia este trimestre
As perspetivas para o mercado do petróleo na segunda metade do ano permanecem estáveis, muito à semelhança das previsões para os primeiros seis meses de 2023. Já para 2024, o relatório mensal de agosto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), indica que o grupo optou por manter uma expectativa de procura robusta para esta matéria-prima.
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A estimativa é que a procura mundial aumente em 2,25 milhões de barris por dia em 2024, o que compara com 2,44 milhões por dia em 2023. Ambas as previsões permanecem inalteradas face ao perspetivado em julho.
Neste trimestre, o terceiro do ano, o mercado deverá registar um défice superior a dois milhões de barris diários, numa altura em que, à semelhança do que aconteceu em junho e em julho, a Arábia Saudita voltou a optar por um corte unilateral da produção em um milhão de barris por dia, algo que também irá acontecer em setembro.
A oferta está também a ser penalizada pela OPEP e aliados, grupo que inclui outros países além dos 13 membros da organização de produtores de petróleo, incluindo a Rússia, depois de Moscovo ter reduzido as exportações desde março.
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Esta redução de crude no mercado tem levado a uma alta nos preços, com o Brent a negociar acima dos 88 dólares esta quinta-feira, em máximos de janeiro.
Tal deverá acontecer também em setembro, gerando um défice face à atual procura, potencialmente resultando na maior queda em inventários de crude em dois anos, indicou a OPEP. Isto numa altura em que o grupo dos 13 estima que os "stocks" das nações desenvolvidas estejam abaixo da média dos últimos cinco anos.
Apesar da procura na China, o maior importador de crude do mundo, estar a ser penalizada pela difícil recuperação económica do país e as preocupações persistirem relativamente ao estado da economia norte-americana, a OPEP denota que o mercado segue em tendência de aperto.
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