OPEP+ pondera adiar nova entrada de crude no mercado
As conversações entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados (o chamado grupo OPEP+, que inclui a Rússia e o México) estão a pender para um adiamento do planeado aumento da produção em 2021, refere a Bloomberg.
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No âmbito do acordo que vigora desde janeiro de 2017 entre os 13 países do cartel e os seus 10 parceiros, foi retirado crude do mercado nos últimos anos [com o corte a ser permanentemente ajustado ao longo do tempo], de modo a sustentar os preços. Mas, desde agosto deste ano, com os preços já num patamar considerado aceitável, a OPEP+ tem estado a aliviar esse esforço.
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Com efeito, desde 1 de agosto que os 23 membros da OPEP+ – que tinham em vigor, desde 1 de maio deste ano, uma redução conjunta da oferta na ordem dos 9,7 milhões de barris diários [equivalente a 10% da produção mundial] – aligeiraram esse corte para 7,7 milhões de barris por dia [8% da produção global], devendo este plafond vigorar até dezembro.
Depois, de acordo com o plano inicialmente delineado, a redução da oferta passaria a ser de 5,8 milhões de barris/dia entre janeiro de 2021 e abril de 2022.
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Só que agora a OPEP+ está a pensar manter em vigor durante mais tempo o atual nível de 7,7 milhões de barris/dia de corte da produção, não se excluindo mesmo que volte a intensificar o esforço de retirada de crude do mercado, comentaram fontes do cartel à Bloomberg.
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Já na terça-feira, 10 de novembro, a Arábia Saudita veio dizer que o corte de produção em vigor poderá ser ajustado (com uma maior retirada da oferta) para equilibrar o mercado, o que animou os investidores.
Também a Rússia já aludiu à opção de reduzir ainda mais a produção, se bem que a ideia não tenha recolhido um apoio generalizado por parte dos restantes membros da OPEP+.
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Este "recuo" face ao plano inicial de ir aligeirando o corte de produção definido entre os 23 países deve-se, em grande parte, aos receios de que o alargamento das medidas de confinamento decorrentes da covid-19 na Europa enfraqueça a procura por combustível, voltando a fazer cair os preços.
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Muitos países do Velho Continente voltaram a impor "lockdowns" para tentarem conter as taxas de infeção por covid-19, que aceleraram ao longo do último mês.
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