Petróleo recupera com garantias de estabilidade do secretário-geral da OPEP
Após duas sessões consecutivas no vermelho, o petróleo voltou aos ganhos nos mercados internacionais, suportado pela convicção demonstrada pelo secretário-geral da OPEP de que o mercado petrolífero está a caminho do reequilíbrio.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,34% para 52,59 dólares por barril, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, soma 0,47% para 55,15 dólares.
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Esta quarta-feira, Mohammad Barkindo, secretário-geral da OPEP, defendeu que as nações produtoras de petróleo estão a caminho de anular o excedente global e que o mercado está próximo do reequilíbrio.
Numa conferência realizada em Abu Dhabi, o responsável garantiu ainda que, na próxima reunião do cartel, a 25 de Maio, os membros da OPEP vão decidir se prolongam os cortes na produção para além de Junho.
"Estamos optimistas de que as medidas que implementámos já nos colocaram no caminho da recuperação", afirmou Barkindo no seu discurso, citado pela Bloomberg. "A nossa acção colectiva continuará a revelar-se eficaz".
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Barkindo referia-se ao acordo para cortar a produção em cerca de 2,1 milhões de barris diários com que a OPEP se comprometeu e a que se juntou a intenção de corte de vários outros produtores, incluindo a Rússia, fechado em Dezembro. Os cortes entraram em vigor em Janeiro, e deveriam prolongar-se até ao final de Junho. Contudo, face aos desafios do crescimento da produção norte-americana, os membros da OPEP poderão decidir estender o acordo para além do prazo inicialmente previsto.
Numa entrevista à Bloomberg, Barkindo referiu ainda que é "prematuro" falar da possível participação do Irão, Nigéria e Líbia na extensão dos cortes. A Nigéria e a Líbia ficaram isentos da redução, devido aos seus conflitos internos, enquanto o Irão foi autorizado a produzir 90 mil barris adicionais por dia para atingir uma produção de 3,8 milhões.
De acordo com a agência noticiosa, o nível de cumprimento do acordo entre os membros da OPEP subiu de 90%, em Fevereiro, para 104% em Março – o que significa que os países foram além do previsto na redução de produção.
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