Juros de Portugal renovam mínimo de mais de dois anos
Os mercados em números
PSI-20 avança 0,66% para 5.444,16 pontos
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Stoxx 600 cede 0,07% para 393,15 pontos
Nikkei subiu 0,01% para 22.011,67 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 6 pontos base para 2,134%
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Euro valoriza 0,26% para 1,1639 dólares
Petróleo sobe 0,35% para 60,65 dólares por barril em Londres
Bolsas sem tendência
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As principais bolsas europeias estão a negociar sem uma tendência definida. Madrid lidera os ganhos (+1,60%) no Velho Continente, apesar da situação na Catalunha.
A Catalunha declarou-se independente na passada sexta-feira. Logo de seguida foi-lhe retirada a autonomia, o presidente do governo regional da Catalunha demitido e o parlamento destituído. Haverá eleições para a Generalitat a 21 de Dezembro. Até lá, Soraya Sáenz de Santamaría assume as funções retiradas a Carles Puigdemont. Para esta segunda-feira, o PP, de Mariano Rajoy, vai reunir o seu conselho directivo.
A época de resultados continua e estará também a captar a atenção dos investidores. Em Lisboa, antes da abertura dos mercados a Galp reportou uma subida de 15% dos lucros nos primeiros nove meses do ano.
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O PSI-20 ganha 0,66% e é o segundo índice que mais ganha na Europa. O britânico Footsie e o índice holandês estão em terreno negativo.
Juros renovam mínimos de Maio de 2015
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Os juros da dívida pública portuguesa estão esta manhã a cair no mercado secundário. A dez anos, as "yields" nacionais descem 6 pontos base para 2,134%, tendo já tocado nos 2,133%, o que representa o valor mais baixo desde o início de Maio de 2015. Mas não são só as obrigações nacionais que estão em queda. Os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida italiana descem 4,3 pontos base para 1,907%. E os de Espanha recuam 6 pontos base para 1,526%.
Os juros da Alemanha a dez anos no mercado secundário estão a ceder 0,5 pontos base para 0,378%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 175,8 pontos, o valor mais baixo desde Julho de 2015.
Esta evolução tem lugar depois de na última sexta-feira a S&P ter subido o "rating" de Itália para "BBB", o que pode ser um factor que está a levar uma queda dos juros dos países da Zona Euro. Além disso, na passada quinta-feira, o Banco Central Europeu anunciou que vai manter o seu programa de compra de activos, pelo menos, até Setembro do próximo ano.
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Embora vai diminuir o montante das aquisições: dos actuais 60 mil milhões de euros, a autoridade monetária vai passar a comprar no máximo 30 mil milhões de euros em activos. Esta decisão não apanhou o mercado propriamente de surpresa, uma vez que já tinham sido publicadas notícias que indicavam que esse seria o rumo tomado pelo BCE.
Euro em alta
A moeda da Zona Euro está a recuperar das perdas recentes face ao dólar e, por esta altura, soma 0,26% para 1,1639 dólares. Na última sexta-feira, o euro tocou em mínimos de 14 semanas. A divisa tinha estado a ser penalizada pelo prolongamento do programa de compra de activos do BCE.
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Ao efeito da política monetária juntaram-se outros dois factores com impacto negativo no euro: a instabilidade em Espanha que resulta da declaração de independência da Catalunha e o crescimento acima do esperado do PIB dos EUA. A economia norte-americana cresceu 3% no terceiro trimestre em termos anuais, acima do estimado pelos analistas (que apontavam para 2,5%) e depois de ter progredido 3,1% nos três meses anteriores.
Petróleo com ganhos ligeiros
Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, prolongando assim os ganhos já registados sexta-feira. O barril de Brent de Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, ganha 0,35% para 60,65 dólares por barril, tendo já esta segunda-feira fixado um máximo de seis meses. Este comportamento da matéria-prima tem lugar numa altura em que paira no mercado a perspectiva de um alargamento dos cortes na produção por parte de países que pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados. O West Texas Intermediate cede 0,06% para 53,87 dólares por barril.
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Ouro em queda
A cotação do metal amarelo está em queda, recuando 0,21% para 1.270,65 dólares por onça. O ouro, de acordo com a unidade de gestão de riqueza do UBS, citado pela Bloomberg, está a enfrentar forças que estão em conflito. Por um lado, o optimismo em torno das políticas do presidente dos EUA, Donald Trump, como a política fiscal. Por outro, as limitações em torno das taxas de juro reais.
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