Ao minutoAtualizado há 2 min17h57

Ouro passa barreira dos 4.200 dólares. Juros na Europa aliviam de olho em França

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.
Ouro passa barreira dos 4.200 dólares.
AP / Sven Hoppe
Negócios 17:57
Últimos eventos
há 20 min.17h39

Dólar perde terreno com corte de juros "à vista". Euro recupera com maior estabilidade em França

Soeren Stache/AP Images

O dólar segue a perder terreno face às principais rivais, depois de comentários do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, terem reforçado as apostas dos “traders” numa série de cortes nas taxas de juros nos próximos meses, com uma maior aposta nos ativos de risco a pressionar igualmente a “nota verde”.

Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar cede 0,27%, para 98,780 pontos.

"Os resultados [das cotadas apresentados ontem, à medida que prossegue a “earnings season” do terceiro trimestre,] foram muito bons e o S&P 500 abriu em baixa, mas ao longo do dia teve uma sessão bastante boa”, disse à Reuters Francesco Pesole, do ING. “Acho que o dólar estava a receber alguns fluxos decentes devido ao agravamento do sentimento de risco, e a melhoria [dos índices bolsistas] pareceu enfraquecer a divisa norte-americana", acrescentou o especialista.

Já no que toca à política monetária do lado de lá do Atlântico, Powell referiu ontem que a ausência de dados económicos oficiais devido à paralisação do Governo Federal não impediu os decisores do banco central dos EUA de avaliar as perspetivas económicas, pelo menos por enquanto. Nesta linha, os mercados estão atualmente a prever um corte de 25 pontos-base na reunião da Fed de 28 a 29 de outubro e outro na reunião seguinte em dezembro, seguido por mais três cortes no próximo ano, segundo dados da LSEG.

A esta hora, o dólar recua 0,39% para os 151,250 ienes.

Já por cá, o otimismo nos mercados europeus em relação à situação política em França, depois de ontem o Partido Socialista ter dito que não votaria para derrubar o Governo de Lecornu nesta quinta-feira – data em que serão votadas moções de censura apresentadas por partidos da oposição -, ajudou o euro a recuperar algum terreno.

A moeda única ganha 0,24%, para 1,164 dólares. Ainda pela Europa, a libra valoriza 0,53% para os 1,339 dólares, num dia em que a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, disse que estava a considerar aumentos de impostos e cortes de gastos para incluir no orçamento para o próximo ano, que será apresentado no dia 26 de novembro.

há 22 min.17h37

Ouro quebra barreira dos 4.200 dólares

Os preços do ouro mantêm a sua rota ascendente esta quarta-feira e quebraram a barreira dos 4.200 dólares, tendo aliviado os ganhos, mas mantendo-se perto desta fasquia. Este "rally" é impulsionado pela escalar das tensões entre os Estados Unidos e a China e nas apostas de que a Reserva Federal vai cortar as taxas de juro por duas vezes até ao fim do ano. 

metal precioso está a avançar 1,26% para 4.195,33 dólares por onça, mas chegou a crescer em torno dos 1,8% ao atingir o pico máximo de 4.218,29 dólares por onça. O metal amarelo está a acelerar mais de 60% desde o início do ano, à boleia da desvalorização da moeda americana e do reforço das reservas de ouro por parte dos bancos centrais.

"O metal está em alta e parece que não vai parar. Com as tensões comerciais entre os EUA e a China reacesas nos últimos dias, os investidores têm agora mais motivos para proteger as suas apostas em ações, diversificando para o ouro", apontou o analista de mercados da City Index, Fawad Razaqzada, à Reuters.

Depois de Jerome Powel, presidente da Reserva Federal, sinalizar que o banco central vai fazer um corte ainda em outubro, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram para o nível mais baixo dos últimos meses, o que beneficiou os metais preciosos - ouro e prata -, uma vez que não pagam juros.

Assim, além do ouro, também a prata está a sair beneficiada. Este metal está a ganhar 2,27% para 52,60 dólares por onça, depois de atingir um máximo histórico ao subir para os 53,55 dólares na terça-feira.



há 27 min.17h33

Juros na Europa aliviam na véspera de moções de censura em França

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta quarta-feira, animados pelas palavras do presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Jerome Powell, proferidas ontem, que foram interpretadas como a confirmação de que os juros na maior economia do mundo irão descer pelo menos 25 pontos base na próxima reunião da Fed.

Em vésperas da votação de duas moções de censura ao governo francês liderado por Sébastien Lecornu, os investidores continuaram a procurar refúgio no mercado da dívida em detrimento de outros ativos de maior risco.

A "yield" da dívida gaulesa a 10 anos recuou 5,4 pontos base, para 3,339%, mínimo de dois meses. Já os juros das "Bunds" alemãs baixaram 4 pontos base, fixando-se em 2,568%.

Por cá, os juros da dívida portuguesa cederam 3,4 pontos, até aos 2,946%, enquanto no país vizinho a "yield" caiu 3,6 pontos, para 3,099%.

Os juros de Itália acompanharam a tendência dos pares e recuaram 4,1 pontos base, para os 3,377%.

16h55

Petróleo regista ganhos ligeiros com tensões comerciais em foco

Charlie Riedel/AP

O barril de petróleo está a negociar em terreno positivo esta quarta-feira, isto depois de ter encerrado a sessão anterior em mínimos de cinco meses, numa altura em que os investidores continuam digerir a mais recente escalada de tensões entre EUA e China - além da revisão em alta das previsões de um excedente de crude para 2026.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança a esta hora 0,27% para os 58,86 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue igualmente a valorizar 0,14% para os 62,48 dólares por barril. Os dois "benchmarks" registaram perdas superiores a 1,5% na terça-feira.

"Os preços do petróleo estão a ser influenciados pelas tensões comerciais e pelo sentimento de risco do mercado", refere Giovanni Staunovo, analista do UBS, numa nota acedida pela Reuters. A relação entre os EUA e a China voltou a estar no centro das atenções dos investidores no final da semana passada, com os dois países a aumentarem as taxas portuárias entre si na segunda-feira.

O receio é que uma nova escalada de tensões leve a disrupções no comércio de crude e acabe por ter um impacto económico que leve à diminuição do consumo da matéria-prima nas duas maiores economias.

Em foco estão ainda as previsões da Agência Internacional de Energia (AIE). A AIE estima que o  - um crescimento de quase 20% em relação ao excedente antecipado na previsão anterior. Em causa está um desaceleramento da procura, bem como o abertura das torneiras por parte da OPEP+, que continua determinada a recuperar quota de mercado apesar da grande queda de preços do crude em 2025. 

14h52

Wall Street afasta receios da guerra comercial e valoriza. Morgan Stanley dispara 6%

Mark Lennihan/AP

As bolsas norte-americanas estão a negociar em alta esta quarta-feira, com a reação dos investidores aos comentários de ontem do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que renovou as esperanças do mercado em novos cortes nas taxas de juro este ano.

Powell admitiu esta terça-feira que ainda há preocupações relativamente ao mercado de trabalho dos EUA desde a reunião de política monetária de setembro, sobretudo enquanto o Governo continua em "shutdown" e não há novos dados económicos disponíveis. Os investidores acreditam agora que o banco central vá descer os juros em outubro e dezembro, em 25 pontos-base cada.

Além disso, os resultados trimestrais de algumas grandes cotadas de Wall Street foram positivos, impulsionando também o mercado, que deixa de lado os receios do reacendimento da guerra comercial entre os EUA e a China - isto depois de ontem o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter admitido que poderia acrescentar novas tarifas sobre os bens chineses.

Os comentários do Presidente levaram Wall Street ao vermelho na sessão anterior. Hoje, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, insistiu que os EUA não vão mudar a sua posição de negociação comercial com a China devido à volatilidade do mercado de ações. 

O S&P 500 sobe 0,7% para 6.690,81 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,9% para 22. pontos e o industrial Dow Jones ganha 0,47% para 46.487,55 pontos. 

Entre as primeiras 24 empresas do "benchmark" que reportaram resultados do terceiro trimestre, 71% excederam as expectativas dos analistas. É o caso do Morgan Stanley, que salta 6,9% na abertura, bem como do Bank of America, que ganha 4,6%. 

"Estamos a entrar nesta época de divulgação de resultados com a perspetiva de que provavelmente irá confirmar que o setor empresarial ainda está relativamente em boa forma", afirmou o estratega Christian Mueller-Glissmann da Goldman Sachs, à Bloomberg. "Há muita incerteza na política e na geopolítica, como sempre, e é preciso ter cuidado para não fazer muitas mudanças na carteira", acrescentou.


11h44

Taxas Euribor descem a três, a seis e a 12 meses

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 2,016%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,103%) e a 12 meses (2,163%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,103%, menos 0,003 pontos do que na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,163%, menos 0,019 pontos do que na sessão anterior.

A Euribor a três meses caiu para 2,016%, menos 0,005 pontos do que na terça-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

09h55

Temporada de resultados e França dão força à Europa. LVMH dispara mais de 12%

Thibault Camus / AP

O arranque da época de resultados e as perspetivas do fim do impasse político em França estão a dar alento ao mercado acionista europeu. As principais praças da região estão a negociar em território positivo esta quarta-feira, impulsionadas pelos resultados acima do esperado de cotadas de peso, como a empresa de luxo LVMH e a fabricante de "chips" ASML. 

A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avança 0,79% para 569,01 pontos, impulsionado em grande parte pelo setor tecnológico. Já o CAC-40, principal índice francês, acelera 2,58%, numa altura em que Sébastien Lecornu, primeiro-ministro reconduzido por Emmanuel Macron, conseguiu assegurar o apoio dos socialistas na Assembleia Nacional - visto como essencial para o seu Governo sobreviver a duas moções de censura que vão ser votadas na quinta-feira. 

O apoio dos socialistas é "um sinal inicial, não necessariamente de estabilidade, mas de que o primeiro obstáculo provavelmente será superado e isso deve ter um efeito positivo", explica à Bloomberg o estratega da UniCredit, Christian Stocker. 

O "benchmark" gaulês está ainda a ser impulsionado pelo desempenho da LVMH em bolsa. A dona da Dior está a disparar mais de 12% em bolsa para 601,90 euros e a liderar um "rally" no setor de luxo, depois de ter registado um crescimento nas receitas de 1% para 18,3 mil milhões de euros no terceiro trimestre - quebrando um ciclo de dois trimestres consecutivos com as vendas a caírem. 

Já a ASML, que também apresentou resultados, avança 3,31% para 874,60 euros, após ter conseguido superar o consenso dos analistas. As encomendas líquidas da empresa neerlandesa, a métrica financeira mais monitorizada, alcançaram os 5,40 mil milhões de euros no terceiro trimestre - superando as estimativas do mercado que apontavam para 5,36 mil milhões. 

No entanto, os ganhos da empresa estão a ser limitados pelo alerta da empresa de que a procura na China deve cair abruptamente no próximo ano. "Esperamos que a procura dos clientes chineses e, consequentemente, as nossas vendas líquidas totais na China em 2026 diminuam significativamente", afirmou o CEO da empresa, Christophe Fouquet, numa "call" com analistas. 

Entre os restantes principais índices da região, o alemão DAX avança 0,34%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,62%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,74%, enquanto o neerlandês AEX acelera 0,73%. O britânico FTSE 100 é o único que perda, ao deslizar 0,08%

09h41

Juros da dívida francesa aliviam com crise política mais próxima de ser resolvida

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a negociar com alívios esta quarta-feira, isto depois de a "yield" a dez anos de França ter atingido mínimos de dois meses, numa altura em que Sébastien Lecornu, primeiro-ministro gaulês, conseguiu o apoio essencial dos socialistas para romper com o impasse político que tem assombrado o país. 

Depois de terem caído mais de 7 pontos base na sessão anterior, os juros da dívida francesa a dez anos - maturidade de referência - continuam a aliviar e caem agora 2,2 pontos para 3,371%. Também na Alemanha se regista um recuo, com a "yield" das "Bunds" germânicas a ceder 2,3 pontos para 2,586%. O prémio de risco para deter obrigações francesas face às alemãs encontra-se, assim, estável nos 78 pontos. 

Pela Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa e espanhola também a dez anos deslizam a esta hora 1,9 pontos base para 2,961% e 3,115%, respetivamente. Já em Itália, a "yield" das obrigações com a mesma maturidade cai 2,4 pontos para 3,394%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas acompanham as perdas do resto do continente, ao cederem 3,9 pontos base para 4,550%. 

08h54

Apoio dos socialistas a Lecornu dá força ao euro

Stephanie Lecocq / AP

O euro continua a conquistar terreno face ao dólar, impulsionado pelas perspetivas de resolução do impasse político que se vive em França. Sébastien Lecornu, primeiro-ministro reconduzido por Emmanuel Macron, conseguiu conquistar o apoio de peso dos socialistas na Assembleia Nacional do país - um apoio necessário para passar um orçamento que tem como grande objetivo reduzir a dívida pública gaulesa e romper com uma crise política que se arrasta há vários meses. 

A esta hora, o euro avança 0,26% para 1,1637 dólares, depois de já ter conseguido acelerar 0,3% na terça-feira. A debilidade da "nota verde" também está a ajudar à narrativa de uma moeda única europeia mais forte, numa altura em que a Reserva Federal (Fed) norte-americana prepara-se para continuar o seu ciclo de alívio de política monetária, com um corte de 25 pontos base já este mês. 

Num discurso feito na terça-feira, Jerome Powell, Presidente do banco central, apontou ao dedo a um mercado laboral débil e abriu a porta a novos alívios das taxas de juro. Apesar de o Governo do país estar em "shutdown", com a divulgação de uma série de relatórios suspensa, o líder da Fed indica que a autoridade monetária tem conseguido avaliar a evolução da economia norte-americana - pelo menos por agora. 

"As tensões comerciais, o 'shutdown' do Governo e as preocupações com a inflação (...) estão todos a ser postos de lado, por enquanto", afirmam os analistas do DBS, numa nota a que a Reuters teve acesso, referindo-se à vontade da Fed continuar a cortar nas taxas de juro este ano. Até ao final de 2025, o mercado de "swaps" antecipa pelo menos mais dois alívios de 25 pontos base - o primeiro feito este mês e o segundo em dezembro. 

08h44

Petróleo estabiliza após perder mais de 1,5%

AP / Eric Gay

O barril de petróleo está a recuperar parcialmente das quedas registadas na sessão anterior, quando a matéria-prima foi pressionada pelas tensões comerciais entre os EUA e a China, que ameaçam o consumo de crude nas duas maiores economias do mundo, e também pelo relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE), que vê a oferta a crescer e a procura a cair no próximo ano. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança a esta hora 0,19% para os 58,81 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue igualmente a valorizar 0,06% para os 62,43 dólares por barril. Os dois "benchmarks" registaram perdas superiores a 1,5% na terça-feira. 

Apesar de estabilização dos preços, Robert Rennie, diretor de "commodities" do Westpac Banking, acredita que a "queda abaixo do nível dos 65 dólares foi o início de uma revisão dos preços que vai levar o Brent a negociar abaixo dos 60 dólares", afirmou à Bloomberg. "O atual excesso de oferta nos mercados de petróleo bruto está prestes a piorar consideravelmente", referiu, apontando para os relatórios mensais da AIE e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). 

A AIE estima que o  - um crescimento de quase 20% em relação ao excedente antecipado na previsão anterior. Em causa está um desaceleramento da procura, bem como o abertura das torneiras por parte da OPEP+, que continua determinada a recuperar quota de mercado apesar da grande queda de preços do crude em 2025. 

Os investidores estão ainda a preparar-se para possíveis medidas retaliatórias entre a China e os EUA, numa altura em que as tensões comerciais entre os dois países estão num vaivém incessante. Em resposta às sanções apresentadas por Pequim às unidades norte-americanas de uma empresa sul-coreana de fabrico de navios, Donald Trump ameaçou interromper o comércio de óleo de cozinha com a segunda maior economia do mundo. 

08h01

Ouro em novos máximos aproxima-se dos 4.200 dólares

Mike Groll/AP

Os preços do ouro voltaram a renovar máximos históricos esta quarta-feira, ficando a menos de 6 dólares de conseguir quebrar a barreira dos 4.200 dólares. O "rally" do metal precioso parece não conhecer travões, numa altura em que a Reserva Federal (Fed) prepara-se para continuar o seu ciclo de alívio das taxas de juro, com o mercado de "swaps" a apontar para mais dois cortes de 25 pontos base este ano, e as tensões comerciais entre EUA e China reforçam a procura por ativos de refúgio. 

O metal precioso chegou a avançar 1,25% para 4.194,85 dólares por onça esta manhã, tendo entretanto reduzido muito ligeiramente os ganhos para 4.194,68 dólares. Só este ano, o metal precioso de eleição dos investidores já conseguiu acelerar 59%, impulsionado ainda por uma desvalorização do dólar e um reforço das reservas de ouro por parte de grandes bancos centrais. 

"No geral, as perspetivas de médio prazo para o ouro continuam positivas, especialmente se a Fed flexibilizar a política monetária mais rapidamente do que o esperado e o dólar norte-americano enfraquecer significativamente", explica Linh Tran, analista de mercados da XS, num comentário enviado ao Negócios. A analista antecipa, no entanto, que se a economia dos EUA conseguir alcançar uma "recuperação sustentada" e existir um recuo significativo nos riscos geopolíticos, o metal precioso pode vir a perder alguma força. 

Na terça-feira, o Presidente da Fed, Jerome Powell, reforçou a ideia dos investidores de que o banco central vai continuar a cortar nos juros, ao afirmar que o mercado laboral continua sob pressão, embora a economia esteja "numa trajetória um pouco mais firme do que o antecipado". No entanto, e como sempre, Powell indica que cada decisão será tomada "reunião a reunião", com a autoridade monetária a tentar equilibrar os seus dois mandatos de alcançar o pleno emprego e fazer cair a inflação para a meta de 2%. 

Já a prata, que tem acompanhado o "rally" do ouro e regista um saldo anual superior ao metal amarelo, avança 1,9% para 52,43 dólares por onça, mantendo-se bastante próxima dos máximos históricos de 53,54 dólares atingidos na terça-feira. 

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