Europa termina ciclo de seis sessões em alta. Juros italianos fixam mínimos históricos
Petróleo passa os 61 dólares
Euro leva a melhor ao dólar pela terceira vez
Ouro soma pela terceira sessão
Juros alemães avançam há nove sessões
Europa inverte depois de seis sessões sem quebras
Wall Street trava ganhos enquanto espera estímulos
Euro regista terceira sessão a valorizar
Ouro aprecia para máximo de uma semana
Efeito Draghi leva juros italianos para mínimo de sempre
Petróleo corrige de máximos de 13 meses mas Brent ainda prossegue na sétima sessão em alta
Europa interrompe ciclo de seis sessões a valorizar
- Bolsas acalmam perto de recordes com euforia dos estímulos a dissipar-se
- Petróleo passa os 61 dólares
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As ações mundiais mantêm-se perto dos níveis recorde que têm vindo a atingir, embora já não haja uma concordância tão alargada no verde. Esta terça-feira, as expectativas quanto aos estímulos estão mais moderadas e o impacto de uma inflação crescente começa a ser tomado em conta.
Depois de o índice ter registado seis sessões no verde, os futuros do S&P500 seguem pouco alterados, à semelhança dos europeus. A esperança de que a administração de Joe Biden consiga passar um pacote de estímulos massivo tem sustentado as subidas, mas está a ficar mais fraca.
Na Ásia, o Compósito de Xangai mostrou a maior força, ao subir 1,6%, enquanto o australiano S&P/ASX 200 foi o que mais caiu – 0,9%. Mais moderados, fecharam o japonês Topix e o sul-coreano Kospi, que avançaram 0,1%.
"Estamos a chegar ao ponto em que temos de nos começar a preocupar acerca do risco de como nos levantamos com esses estímulos" e se "as avaliações estão demasiado caras", defendem os analistas da Nuveen, citados pela Bloomberg.
Se as ações acalmaram, o mesmo não se pode dizer do petróleo. O barril londrino, que serve de referência na Europa, soma há oito sessões consecutivas, o que lhe conferiu já um ganho acumulado de 9%, e está hoje a renovar máximos de final de janeiro, tendo já batido nos 61,27 dólares durante esta sessão. A sustentar estão sinais de que a procura está a fortalecer-se a nível mundial.
O barril de Brent, negociado em Londres, está a valorizar 0,84 para os 61,07 dólares e o nova-iorquino West Texas Intermediate sobe 0,67% para os 56,37 dólares.
A moeda única europeia está a subir 0,27% para os 1,2082 dólares, contando a trceira sessão no verde. Em oposição, o Bloomberg Dollar Spot Index, que mede a força do dólar contra as principais moedas, está a descer 0,2%, contando a terceira sessão consecutiva no vermelho.
O dólar ainda sofre com o ânimo causado pelos estímulos que, embora tenha acalmado, torna os ativos de maior risco – como as ações – mais atrativos que um refúgio como o dólar.
O metal amarelo mantém-se em terreno positivo pela terceira sessão consecutiva, embora tenha vindo a perder força a cada sessão. Hoje, soma 0,57% para os 1.841,21 dólares.
O ouro avança numa altura em que os investidores balançam as perspetivas para os estímulos económicos nos Estados Unidos – uma promessa que tem animado os mercados mas sobre a qual não há ainda grande segurança. Também as expetativas quanto à inflação, que estão em picos de vários anos, estão a ser tomadas em conta.
Os juros das bunds alemãs, que servem de referência à Europa, estão a agravar pela nona sessão consecutiva, mantendo-se perto do máximo de setembro de 2020 que foi atingido na sessão anterior.
Os juros da dívida a dez anos em Portugal alinham na mesma tendência, e estão a subir 0,6 pontos base para os 0,061%, contando a terceira sessão consecutiva de agravamento.
Os investidores exigem uma maior remuneração numa altura em que as obrigações, como um ativo tipicamente mais seguro, perdem alguma atratividade, dada a confiança que se tem vindo a verificar e a traduzir em subidas nos mercados acionistas.
Os investidores na Europa refreiam o otimismo em relação aos estímulos nos Estados Unidos. Apesar de continuarem em perspetiva, mantêm-se as incertezas quanto aos valores e quanto à altura em que estes estarão em condições de serem lançados.
O índice que reúne as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, cai 0,04% para os 410,60 pontos. O índice quebra assim um ciclo de seis sessões consecutivas no verde. Também no vermelho estão Madrid, Amesterdão, Frankfurt e Londres.
A tecnologia e as utilities são os dois grupos de cotadas que mais penalizam, ao exibirem ambas uma quebra de 0,65%.
A bolsa nova-iorquina abriu com quebras modestas, pondo termo a um longo rally que era sustentado pelo otimismo quanto aos estímulos nos Estados Unidos e pelo avançar dos programas de vacinação.
O generalista S&P500 desce 0,22% para os 3.906,64 pontos, o industrial Dow Jones cai 0,30% para os 31.291,41 pontos e o tecnológico Nasdaq é aquele que resvala mais ligeiramente, descendo apenas 0,034% para os 13.984,24 pontos.
Há seis sessões que Wall Street se pintava de verde, com sinais de que o pacote de estímulos que a administração Biden pretende lançar estaria mais perto. Contudo, enquanto nada se verifica, os investidores respiram fundo e recuam.
No mundo empresarial, o Twitter avança 1,10% para os 58,91 dólares. A rede social reporta esta terça-feira, depois do fecho das bolsas em Wall Street, as contas do seu quarto trimestre fiscal (e do conjunto do ano). No terceiro trimestre, o Twitter registou uma queda de 22% nos lucros, face ao mesmo período do ano precedente, para 28,7 milhões de dólares, ao passo que as receitas aumentaram 14% para 936 milhões.
A divisa da Zona Euro negoceia nos mercados cambiais com uma subida de 0,42% para 1,2101 dólares. Com esta terceira valorização consecutiva, o euro negoceia no valor mais alto desde 1 de fevereiro.
Em sentido inverso transaciona o dólar, que recua contra um cabaz composto pelas principais moedas internacionais num índice que é medido pela Bloomberg. O dólar negoceia assim em mínimos de 1 de fevereiro.
A depreciação do dólar acontece a par da queda do valor das obrigações soberanas do Tesouro norte-americano numa altura em que ganha força o plano de estímulos económicos com que a administração de Joe Biden pretender responder aos efeitos recessivos da crise pandémica.
A Reuters escreve que analistas e investidores consideram que o plano expansionista da Casa Branca e a política da Reserva Federal vão penalizar o dólar.
O metal precioso dourado ganha 0,74% para 1.844,32 dólares por onça no terceiro dia consecutivo a apreciar, o que coloca o ouro na cotação mais alta desde 2 de fevereiro.
Esta é a série mais longa de ganhos para o ouro desde o passado dia 5 de janeiro e acontece já depois de os democratas terem revelado o primeiro esboço relativo a um pacote de estímulos económicos que, entre outras medidas, prevê a entrega de dinheiro às famílias para promover o reforço do consumo e da atividade económica.
A perspetiva otimista quanto a um governo italiano liderado por Mario Draghi continua a tomar conta dos mercados e a reforçar a confiança dos investidores quanto à capacidade de Roma para estabilizar a sua economia.
Um efeito visível disso mesmo foi hoje registado, com a taxa de juro associada à dívida de Itália com maturidade a 10 anos a recuar para 0,498%, um mínimo histórico para a dívida transalpina negociada no mercado secundário.
A "yield" italiana está a aliviar 0,3 pontos base para 0,503% na quinta queda consecutiva, o que mantém a dívida transalpina em contraciclo face à generalidade dos países que integram o bloco do euro.
Já as taxas de juro correspondentes aos títulos soberanos de Portugal e Espanha a 10 anos sobem respetivamente 0,4 e 0,5 pontos base para 0,055% e 0,128%. Ambas as "yields" registam agravamentos pela terceira sessão consecutiva.
Também a subir mas pela nova sessão seguida está a taxa de juro referente à dívida alemã a 10 anos, que avança 0,2 pontos base para -0,446%.
Os preços do crude seguem a corrigir das fortes subidas que os colocaram no valor mais alto desde janeiro do ano passado.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março cede ligeiramente, a deslizar 0,16% para 57,88 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha apenas 0,18% para 60,67 dólares, depois de já ter tocado nos 61 dólares.
Ambos os crudes atingiram o valor mais alto em 13 meses no arranque da semana. Na sessão desta terça-feira abriram a prosseguir o movimento de subida, pelo sétimo dia consecutivo, o que levou os investidores a aproveitarem para proceder à tomada de mais-valias, pelo que estão agora a corrigir dos fortes ganhos.
O dólar mais débil – os ativos denominados na nota verde ficam mais atrativos quando esta desvaloriza –, os cortes de oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), a expectativa de medidas adicionais de estímulo à economia dos EUA e os programas de vacinação contra a covid-19 são fatores que têm estado a sustentar o "ouro negro" nos últimos tempos.
Os principais índices na Europa recuaram na sessão desta terça-feira, com os resultados empresariais a impulsionarem esta correção, depois de seis sessões consecutivas a valorizar.
O Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas na Europa - caiu 0,1%, tendo durante a sessão chegado a desvalorizar 0,5%.
Entre os setores, as "utilities" foram as mais prejudicasas (-1,6%), seguindo-se o setor da energia (1.3%), devido às quedas de empresas como a TechnipFMC e a Orsted.
Já as ações da AMS também caíram depois de a fabricante de "chips" ter desapontado nos resultados referentes ao ano anterior.
A contrarias a tendência geral esteve o setor dos produtos e serviços de consumo (+1,1%), com o setor da saúde (+0,6%) a seguir-lhe os passos, depois de a empresa Demant ter apresentado resultados superiores ao previsto.
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