Robustez da economia dos EUA dá ganhos a Wall Street. Tesla tomba mais de 9%
Petróleo ganha com queda de reservas nos EUA
Ouro sobe ligeiramente com investidores atentos a novos dados económicos
Euro sobe face ao dólar antes de encontro do BCE
Juros agravam-se na Zona Euro
Europa mista antes de decisão do BCE
Taxa Euribor desce a três, seis meses e 12 meses
Robustez da economia dos EUA dá ganhos a Wall Street. Tesla tomba mais de 9%
Ouro avança. Investidores avaliam números da economia norte-americana
Números da economia dos EUA sustentam dólar. Lagarde penaliza euro
Petróleo continua a ganhar com queda de stocks nos EUA e estímulos da China
Juros aliviam na Zona Euro com palavras de Lagarde
Afirmação "muda" de Lagarde empurra Europa para ganhos
- Europa aponta para arranque na linha d'água com investidores à espera de Lagarde. Ásia ganha
- Petróleo ganha com queda de reservas nos EUA
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As bolsas europeias apontam para um arranque na linha d'água, num dia em que os investidores aguardam por mais uma decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 estão inalterados.
Os governantes do BCE reúnem-se esta quinta-feira, estando prevista uma conferência de imprensa com a presidente, Christine Lagarde, logo após o encontro. Apesar de ser esperado que a instituição mantenha as taxas de juro nos níveis atuais, os investidores procurarão nas palavras de Lagarde pistas sobre os próximos passos.
Na Ásia, a negociação encerrou no verde, com as bolsas chinesas a comandarem os ganhos. As ações em Pequim estão a beneficiar do entusiasmo quanto aos mais recentes estímulos anunciados naquele país para impulsionar o mercado. O Banco Popular da China comunicou ontem que vai reduzir o rácio de reservas que os bancos têm de assegurar.
O Hang Seng, em Hong Kong, sobe 1,78% e o Shanghai Composite ganha 3,03%.
No Japão, o Topix valoriza 0,11% e o Nikkei soma 0,03%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi avança 0,03%.
Os preços do petróleo estão a valorizar, impulsionados pela queda das reservas norte-americanas de crude acima do esperado. As reservas diminuíram em mais de 9 milhões de barris na semana passada, estando no nível mais baixo desde outubro do ano passado.
O "ouro negro" está também a beneficiar de novos estímulos anunciados pela China, maior importador mundial de crude. Pequim vai reduzir o rácio de reservas que os bancos têm de ter dentro de duas semanas e sinalizou que podem estar a caminho mais medidas, o que está a contribuir para perspetivas mais animadoras sobre o consumo de energia chinês.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,6% para 75,54 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,56% para 80,49 dólares por barril.
O mês de janeiro tem sido de volatilidade para o petróleo, com os investidores divididos entre as hipótese de disrupção no fornecimento, devido às tensões no Médio Oriente, e as perspetivas de que a oferta está a aumentar entre os países externos à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Os preços do ouro estão a subir ligeiramente, num dia em que os investidores aguardam novos dados económicos nos Estados Unidos.
O ouro spot valoriza 0,07% para 2.015,28 dólares por onça, recuperando ligeiramente da queda de ontem à boleia de números que mostram um crescimento da atividade das empresas norte-americanas em janeiro. Isto porque abre porta à Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos para manter os juros elevados durante mais tempo.Entre os dados que serão conhecidos hoje nos EUA estão as estimativas para o PIB no quarto trimestre e o número de novos pedidos de subsídio de desemprego, na expectativa de tirar pistas sobre os próximos passos da Fed, que se reúne na próxima quarta e quinta-feira (30 e 31 de janeiro). Além disso, o encontro do Banco Central Europeu (BCE), esta quinta-feira, também está na mira dos investidores.
Noutros metais, o paládio recua 0,15% para 963,99 dólares e a platina sobe 0,21% para 905,32 dólares.
O euro está a valorizar face ao dólar, antes de uma nova reunião do Banco Central Europeu (BCE). O banco central deverá manter os juros inalterados nos níveis atuais esta quinta-feira, mas a expectativa dos investidores é de que as palavras de Christine Lagarde, presidente do BCE, permitam obter pistas sobre o "timing" da primeira descida dos juros.
A moeda única europeia soma 0,1% para 1,0896 dólares. Apesar de estar a cair face ao euro, a divisa norte-americana valoriza 0,1% face ao iente e ao franco suíço. Além do encontro do BCE, os investidores aguardam novos dados económicos nos Estados Unidos - como a estimativa para o PIB no quarto trimestre do ano passado e relativos aos pedidos de subsídio de desemprego -, na expectativa de antecipar os próximos passos da Fed, que se reúne na próxima semana.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que mostram cautela antes de conhecidas as conclusões da reunião do BCE.
É esperado que o banco mantenha os juros inalterados, mas o discurso de Lagarde, após o encontro, poderá fornecer pistas sobre quando espera começar a aliviar a política monetária. E o "timing" do corte dos juros é precisamente a grande questão.
Até porque novos dados mostram que o clima de negócios na maior economia europeia, a Alemanha, voltou a piorar em janeiro, contrariando as estimativas dos analistas. "As empresas classificaram a sua situação atual como pior - as expectativas para os próximos meses voltaram também a ser mais pessimistas. A economia alemã está presa numa recessão", afirmou Clemens Fuest, presidente do Ifo, num comunicado citado pela Bloomberg.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos sobe 1,8 pontos base para 3,183% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo agravam-se 1,9 pontos para 2,358%.
A rendibilidade da dívida italiana, por sua vez, aumenta 3,2 pontos base para 3,926%, a da dívida espanhola sobe 2,4 pontos para 3,279% e a da dívida francesa soma 1,9 pontos para 2,857%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentam 4 pontos base para 4,046%.
Em sentido contrário, a Nokia, que comunicou hoje resultados do quarto trimestre acima do esperado, valoriza 6,68% para 3,36 euros. A empresa de telecomunicações reportou lucros de 679 milhões de euros no acumulado de 2023. Apesar da queda homóloga, as perspetivas para 2024 estão a alimentar a subida das ações.
A empresa espera uma melhoria da atividade na segunda metade deste ano, com a infraestrutura de rede a gerar receitas e a redução de custos levada a cabo a dar resultados.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 cai 0,33%, o francês CAC-40 cede 0,09%, o italiano FTSE Mib perde 0,71% e o espanhol Ibex 35 desliza 0,86%. Já o AEX, em Amesterdão, valoriza 0,36% e o britânico FTSE 100 soma 0,01%.
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis meses e a 12 meses face a quarta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,925%, ficou acima da taxa a seis meses (3,911%) e da taxa a 12 meses (3,662%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, desceu hoje para 3,662%, menos 0,014 pontos que na quarta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou hoje, para 3,911%, menos 0,011 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
A Euribor a três meses também caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,925%, menos 0,005 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Hoje realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que será a primeira deste ano.
O BCE deverá manter inalteradas as taxas de juro, atenuando as expectativas de uma rápida redução das taxas com a descida da inflação.
Depois de aumentar as taxas diretoras para o nível mais elevado de sempre, o BCE está a marcar uma pausa no ciclo sem precedentes de aperto monetário que o levou a aumentar as taxas dez vezes desde meados de 2022.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Lusa
Os principais índices do lado de lá do Atlântico abriram em alta esta quinta-feira, numa altura em que os investidores avaliam os últimos números do PIB dos Estados Unidos, bem como os resultados da Tesla, divulgados ontem após o fecho da sessão.
O S&P 500 avança 0,35% para 4.885,71 pontos, tendo encerrado esta quarta-feira num novo recorde de fecho e alcançado máximos históricos na negociação intradiária ao atingir os 4.903,68 pontos.
Já o industrial Dow Jones soma 0,26% para 37.905,05 pontos. Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,32% para 15.531,21 pontos.
Uma estimativa do departamento do Comércio mostrou que a economia norte-americana cresceu 3,3% em termos anuais no quarto trimestre de 2023, um valor que fica bem acima dos 2% esperados pelos analistas ouvidos pela Reuters. Estes números aumentam a possibilidade de um "soft-landing", ou seja, de um impacto mais suave da política monetária restritiva na economia.
No mesmo boletim estatístico foi ainda divulgado o índice de despesas pessoais (PCE) - um dos indicadores preferidos da Fed para avaliar a inflação - que cresceu 2,7% em termos anuais.
"Os consumidores estão a recuperar do choque doloroso da inflação. O relatório de hoje parece confirmar a melhoria no sentimento dos consumidores norte-americanos em dezembro, à medida que começam a sentir os benefícios de uma política monetária mais restritiva", explicou à CMNBC, David Russell, analista da TradeStation.
No entanto, a Tesla está a acalmar os ânimos no mercado, depois de os lucros e receitas do quarto trimestre terem ficado abaixo do esperado. A empresa de veículos elétricos indicou também que espera menos vendas este anos, sem indicar qualquer "guidance" para 2024, o que não é habitual.
A marca, liderada por Elon Musk, mergulha 9,65% para 187,77 dólares, o valor mais baixo desde maio de 2023. Desde o início do ano a Tesla perde 24,42%.
Depois de vários anos de crescimento elevado a dois dígitos, a fabricante de automóveis mais valiosa do mundo poderá estar a ver esse período chegar ao fim. O abrandamento do crescimento económico, a redução da procura por carros elétricos e o aumento da concorrência são desafios que a empresa terá de enfrentar.
A queda das ações da Tesla está também a penalizar outras fabricantes de automóveis elétricos como a Rivian, que desce 4,47% e a Lucid que cai 8,33%.
O ouro está a negociar em alta esta quinta-feira, numa altura em que os investidores avaliam números acima do esperado do crescimento da economia norte-americana no quarto trimestre. O PIB acelerou 3,3% entre outubro e dezembro.
No boletim estatístico divulgado pelo departamento do comércio norte-americano foi ainda conhecido um indicador de inflação subjacente que registou um crescimento de 2%, em linha com a meta da Reserva Federal.
O metal amarelo avança 9,27% para 2.019,4 dólares por onça.
Os investidores avaliam também uma decisão do Banco Central Europeu que, sem surpresas, optou por manter as taxas de juro inalteradas.
O dólar está a valorizar, depois de terem sido conhecidos dados económicos que mostram que a maior economia mudial cresceu a uma velocidade mais rápida do que o esperado no quarto trimestre do ano.
Estes dados económicos fomentam expectativas de que a Reserva Federal poderá demorar mais tempo a realizar cortes dos juros de referência, dada a robustez da economia.
O dólar avança 0,4% para 0,9224 euros. O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - soma 0,19% para 103,43 pontos.
Por seu lado, o euro está a ser penalizado por comentários da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que afirmou que "é prematuro discutir cortes de juros".
Os preços do "ouro negro" mantêm a tendência positiva nos principais mercados internacionais, ainda a serem beneficiados pelos anúncios feito ontem de uma queda das reservas norte-americanas de crude e de estímulos económicos da China, numa altura em que também as tensões geopolíticas continuam em foco. Tudo isto está a ofuscar os receios de menor procura pela matéria-prima num contexto de desaceleração económica.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,77% para 76,42 dólares por barril.
Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ganhar 1,66% para 81,37 dólares por barril.
Os stocks norte-americanos de crude diminuíram em 9,2 milhões de barris na semana passada, muito acima dos 2,2 milhões estimados pelos analistas inquiridos pela Reuters. Isto significa que as empresas de energia continuam a registar uma forte procura pela matéria-prima.
Além disso, o banco central da China, numa medida para revitalizar a frágil retoma económica, anunciou que vai reduzir, a partir de 5 de fevereiro, a quantidade de dinheiro que os bancos devem ter nas suas reservas.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta quinta-feira, num dia em que os investidores avaliam as palavras de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, que reiterou o que tinha dito em Davos: que os primeiros cortes das taxas de juro poderiam acontecer no verão.
Os "traders" apontam agora, em 90%, a possibilidade de que o primeiro descida dos juros diretores aconteça em abril e aumentaram as expectativas de cortes para o acumulado do ano, de 130 para 140 pontos base.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 7,1 pontos base para 3,094% e os da dívida espanhola cederam 6,5 pontos para 3,190%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, aliviou 5,2 pontos base para 2,287%.
Os juros da dívida italiana decresceram 7,7 pontos para 3,817% e os da dívida francesa recuaram 6,1 pontos para 2,777%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica aliviou 2,8 pontos base para 3,997%.
Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em alta, num dia em que o Banco Central Europeu realizou a sua primeira decisão de política monetária do ano e manteve as taxas de juro de referência inalteradas pelo terceiro encontro consecutivo.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, somou 0,3% para 478,53 pontos. A registar o melhor desempenho do dia esteve o setor da tecnologia que subiu 1,74%, juntamente com o de produtos químicos - que avançou mais de 1,3%.
A afirmação "muda" por parte de Christine Lagarde, presidente do BCE, de que as taxas de juro poderão começar a descer no verão está a ser entendida pelo mercado como um sinal de que estes cortes poderão acontecer mais cedo do que o esperado.
Entre as principais movimentações, a STMicroelectronics perdeu 0,48% , após ter divulgado perspetivas para as vendas no primeiro trimestre do ano abaixo do esperado pelos analistas. A empresa estima que as receitas recuem 15% para 3,3 mil milhões de euros, abaixo dos 3,76 mil milhões esperados pelos analistas, o que reflete a queda na procura por semicondutores industriais.
Em sentido contrário, a Nokia, que divulgou resultados do quarto trimestre acima do esperado, pulou 11,23%. A empresa de telecomunicações teve lucros de 679 milhões de euros no acumulado de 2023. Apesar da queda homóloga, as perspetivas para 2024 levaram a um bom dia em bolsa.
O atual "rally" dos mercados bolsistas pode durar cerca de seis meses e é uma oportunidade para retornos mais atrativos, defendeu à Bloomberg Frederic Leroux analista da Carmignac Gestion.
"Um 'bull market' é muito provável na primeira metade do ano", com as ações beneficiaram da possibilidade de um corte das taxas de juro devido à descida da inflação.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,1%, o francês CAC-40 valorizou 0,11% e o britânico FTSE 100 avançou 0,03% e. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,98%.
Em sentido contrário, na periferia, o italiano FTSEMIB desceu 0,6%, o espanhol IBEX 35 caiu 0,58% e o lisboeta PSI recuou 0,52%.
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