Volatilidade dita passo na Europa em semana de política monetária
Petróleo misto em dia de Fed. Gás cede
Ouro perde. Euro avança face ao dólar
Juros aliviam na Zona Euro antes de dados da inflação
Europa pintada de verde com alívio das taxas de juro na mira
Taxas Euribor a seis e a 12 meses sobem para novos máximos de mais de 14 anos
Wall Street abre ansiosa no vermelho. Investidores põem-se à escuta de Powell
Ouro na linha d' água entre dados do emprego e Fed
Expectativa em torno de um "slow" de Powell faz dólar recuar
Aumento de stocks nos EUA quebra petróleo
Sessão morna nos juros da Zona Euro em dia de inflação
Volatilidade dita passo na Europa em semana de política monetária
- Europa aponta para o verde e Ásia fecha em terreno positivo em dia de Fed
- Petróleo misto em dia de Fed. Gás cede
- Ouro perde. Euro avança face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro antes de dados da inflação
- Europa pintada de verde com alívio das taxas de juro na mira
- Taxas Euribor a seis e a 12 meses sobem para novos máximos de mais de 14 anos
- Wall Street abre ansiosa no vermelho. Investidores põem-se à escuta de Powell
- Ouro na linha d' água entre dados do emprego e Fed
- Expectativa em torno de um "slow" de Powell faz dólar recuar
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- Sessão morna nos juros da Zona Euro em dia de inflação
- Volatilidade dita passo na Europa em semana de política monetária
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, estando os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subir 0,2%.
Isto num dia em que os investidores aguardam pela conclusão da reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed). O mercado espera que a autoridade monetária anuncie uma nova subida da taxa de fundos federais, mas agora de menor dimensão (25 pontos base).
Amanhã é a vez do Banco Central Europeu (BCE) reunir-se.
Na Ásia, o dia de negociação fechou maioritariamente pintado de verde, seguindo a tendência observada na noite de terça-feira em Wall Street.
Pela China, o Hang Seng subiu 0,83% e Xangai valorizou 0,90%. Pelo Japão, o Topix cedeu 0,15% e o Nikkei cresceu 0,07%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 1,02%.
Além das decisões dos bancos centrais, os investidores estão também atentos à apresentação de resultados das empresas, sendo esta quarta-feira a vez da gigante tecnológica Meta. Na quinta-feira, seguem-se empresas como a Alphabet, a Apple e a Amazon.
Os preços do petróleo seguem a negociar com uma tendência mista, numa altura em que os investidores aguardam pela decisão da Fed sobre política monetária e por sinais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+).
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,60% para 79,34 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,48% para os 84,49 dólares por barril.
Esta quarta-feira reúne-se o Comité Ministerial Conjunto de Monitorização (JMMC) da OPEP, que deverá manter a recomendação da linha que está a ser seguida desde novembro – e que passa por cortar a oferta em dois milhões de barris por dia.
No que diz respeito à Fed, o mercado espera que da reunião da autoridade monetária saia uma nova subida das taxas de juro, ainda que de menor dimensão do que a anunciada em dezembro (que foi de 50 pontos base).
No mercado do gás, os contratos negociados a um mês seguem a desvalorizar, numa altura em que os investidores avaliam as previsões meteorológicas face às reservas da matéria-prima.
A matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – desce 2,3% para os 56 dólares por megawatt-hora. As previsões de temperaturas mais baixas do que o normal para esta época do ano em vários países da Europa aumentam a necessidade de uma maior procura por gás, contudo, as reservas mantém-se acima dos níveis habituais, o que tem gerado alguma volatilidade no mercado.
O ouro segue a desvalorizar ligeiramente, numa altura em que os investidores aguardam uma decisão por parte da Fed. O metal precioso perdeu assim algum dos ganhos registados ontem, após a divulgação de novos dados económicos, que deram força à ideia de que a autoridade monetária vai aliviar o ritmo das subidas das taxas de juro.
O metal amarelo perde 0,08% para os 1.926,73 dólares por onça, ao passo que a platina recua 0,18% para os 1.012,68 dólares e o paládio perde 0,16% para os 1.650,64 dólares. A prata, por sua vez, recua 0,95% para os 23,51 dólares. No mercado cambial, o euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando o euro a subir 0,21% para os 1,0886 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - perde 0,14% para os 101,954 pontos.
No mercado cambial, o euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando o euro a subir 0,21% para os 1,0886 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - perde 0,14% para os 101,954 pontos.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar, num dia em que serão conhecidos os dados preliminares da inflação de janeiro na região. O mercado espera um abrandamento, de 9,2% em dezembro para 8,7%.
A "yield" das Bunds alemãs perdem 3,6 pontos base para 2,244%, enquanto os juros da dívida italiana recuam 5,1 pontos base para 4,228%.
Os juros da dívida francesa cedem 3,5 pontos base para 2,712%, a "yield" da dívida espanhola recua 3,4 pontos base para 3,235% e os juros da dívida pública portuguesa descem 4 pontos base para 3,136%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica cedem 4,8 pontos base para 3,280%.
Os investidores aguardam também pela decisão do BCE sobre o caminho a seguir em termos de política monetária.
As bolsas europeias abriram em terreno positivo, numa altura em que os investidores aguardam para saber quais os próximos passos da Fed. A expectativa dos investidores é de que a autoridade vai abrandar o ritmo da subida das taxas de juro, o que está a levar a um alívio dos juros e uma maior aposta nos ativos de risco.
É também dia de conhecer a inflação na Zona Euro, antes da reunião do Banco Central Europeu, na quinta-feira, da qual deverá sair uma subida das taxas de juro de 50 pontos base.
O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,25% para os 454,34 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o do imobiliário e o das viagens são os que mais sobem, com um avanço de 1,28% e 1,03%, respetivamente.
Já o setor dos recursos naturais e o das telecomunicações são os que pior desempenho apresentam (-0,40% e -0,33%, respetivamente).
Nas principais praças europeias, o alemão Dax soma 0,10%, o francês CAC-40 valoriza 0,03%, o espanhol Ibex 35 cresce 0,56%, o italiano FTSE Mib aumenta 0,56% e o britânico FTSE 100 sobe 0,20%. Já o Aex, em Amesterdão, avança 0,42%.
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses para novos máximos desde dezembro de 2008, depois das taxas médias terem subido cerca de 30 pontos base em janeiro face ao mês anterior.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje para 3,009%, mais 0,021 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou hoje, ao ser fixada em 3,414%, mais 0,001 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, desceu hoje, ao ser fixada em 2,483%, menos 0,029 pontos, contra 2,512% em 31 de janeiro, um máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Wall Street está a negociar em terreno negativo, depois de ontem ter registado ganhos no acumulado de janeiro. A pesar na negociação está a antecipação da decisão de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana, que é esperada às 19 horas em Portugal.
De acordo com as expectativas de mercado a Fed deverá subir as taxas de juro em 25 pontos base, sendo que o foco vai estar no discurso do presidente Jerome Powell que deve manter o discurso mais "hawkish", deixando claro que não são esperados cortes nos juros diretores este ano.
O "benchmark" S&P 500 recua 0,25% para os 4.066,33 pontos. Por seu lado, o industrial Dow Jones perde 0,43% para os 33.941,01 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,27% para os 11.557,42 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Snap perde quase 13%, depois de ter anunciado resultados que ficaram abaixo das expectativas dos analistas, ainda assim a receita foi ligeiramente superior do que no mesmo trimestre de 2021. A queda da Snap arrastou a Meta que cai mais de 1%, no dia em que divulga os resultados do último trimestre do ano.
"Powell vai certamente mostrar-se satisfeito pela queda da inflação e a desaceleração dos salários, mas vai provavelmente apontar que a inflação permanece elevada e que os riscos para o aumento dos preços permanecem altos e que o trabalho [da Fed] ainda não está feito", explicou a analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank à Bloomberg.
"Ele vai seguramente tentar diminuir as expectativas de que haja cortes nas taxas de juro este ano", completou.
O ouro negoceia na linha d' água, numa altura em que os investidores aguardam a decisão da Fed sobre a política monetária nos EUA e digerem os mais recentes dados do emprego.
O metal amarelo avança ligeiramente (0,05%) para 1.929,25 dólares por onça. Entre os restantes metais preciosos, prata e paládio estão em queda, enquanto a platina valoriza.
Além da decisão do banco cental que deve ser sucedida pelo discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, a sessão está a ser influenciada pelos mais recentes números sobre a evolução dos custos do emprego.
O índice dos custos do trabalho, um indicador sobre as remunerações dos trabalhadores (incluindo salários e outros tipos de benefícios) cresceu 1% no último trimestre do ano passado, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho.
Os custos laborais aumentaram menos de 1% durante seis trimestres consecutivos, a mais longa sequência abaixo dessa fasquia desde 1996.
O indice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - recua 0,34% para 101,752 pontos.
Já face à moeda única europeia, a divisa norte-americana cai 0,52% para 0,9159 euros.
O movimento do dólar ocorre antes de ser anunciada a decisão da Fed sobre um possível aumento da taxa dos fundos federais, numa altura em que o mercado espera um abrandamento no ritmo, para uma subida de "apenas" 25 pontos base.
Além disso, o mercado está a ler os mais recentes dados do mercado de trabalho. Depois de crescer menos de 1% nos últimos seis trimestres - como não era visto desde 1996 - o índice de custos laborais cresceu mais de 1%.
Paralelamente a este dado, o Departamento do Trabalho deu conta que o número de vagas de emprego cresceu 572 mil para 11,012 milhões, acima dos 10,44 milhões contabilizados em novembro e acima da estimativa da Bloomberg de 10,30 milhões.
Por sua vez, o euro avança 0,39% para 1,0905 dólares, cerca de 24 horas antes da reunião de política monetária no BCE e no mesmo dia em que a Bloomberg Economics atualizou o "outlook" sobre as taxas de juro na Zona Euro.
Os economistas da Bloomberg apontam para duas subidas de 50 pontos base, uma na reunião desta semana e outra no próximo encontro, para depois haver um abrandamento do ritmo com um aumento de apenas 25 pontos base em maio.
Assim a Bloomberg Economics estima que as taxas de juro diretoras devem chegar ao verão com um acumulado de 375 pontos base, a contar desde o início do ciclo de endurecimento da política monetária.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa, penalizados sobretudo pelo aumento dos inventários norte-americanos de crude – o que sinaliza que a oferta poderá ser suficiente para suportar a próxima fase do boicote da União Europeia a produtos petrolíferos provenientes da Rússia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 2,29% para 77,06 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 2,40% para 83,41 dólares.
A Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulgou que as reservas de crude do país aumentaram para o nível mais alto desde junho de 2021.
Por outro lado, a União Europeia, depois de cortar (com algumas exceções) as importações de crude russo a 5 de dezembro, prepara-se agora para fazer o mesmo com os produtos refinados a partir do próximo domingo, 5 de fevereiro. No entanto, os mais recentes dados referem que Moscovo tem continuado a escoar bem esta sua matéria-prima.
Entretanto, tal como se esperava, o Comité Ministerial Conjunto de Monitorização (JMMC) da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) manteve a recomendação da linha que está a ser seguida desde novembro – e que passa por cortar a oferta em dois milhões de barris por dia.
A OPEP+ concordou, em outubro passado, reduzir a sua meta de produção em dois milhões de barris diários, que correspondem a cerca de 2% da procura mundial, entre novembro de 2022 e dezembro de 2023. E hoje o JMMC reiterou esse posicionamento.
Não está prevista para breve uma reunião formal dos ministros da OPEP+, mas, sempre que o JMMC a considerar necessária, pode convocá-la. O cartel e os aliados decidiram que era altura de parar com as reuniões mensais – periodicidade que vigorou durante todo o ano de 2022 – e tem agora agenda a próxima reunião para 4 de junho. A não ser que seja necessária uma reunião de emergência, regressa-se assim às duas reuniões ministeriais por ano.
Os intervenientes de mercado estão igualmente atentos às euniões de política monetária da Fed, Banco de Inglaterra e Banco Central Europeu, esta semana, esperando-se que voltem a subir os juros diretores. A decisão da Reserva Federal é anunciada hoje às 19h de Lisboa.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram o dia praticamente inalterados, depois de terem sido conhecidos os dados preliminares da inflação de janeiro na região, que abrandou para 8,5%.
A "yield" das Bunds alemãs manteve-se sem alterações nos 2,28%, enquanto os juros da dívida italiana e espanhola subiram 0,5 pontos base para 4,284% e 3,274%, respetivamente.
Os juros da dívida francesa agravaram-se ligeiramente em 0,1 pontos base para 2,747%, ao passo que os juros da dívida pública portuguesa somaram 0,2 pontos base para 3,178%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica recuaram 2,6 pontos base para 3,301%.
As principais praças europeias terminaram o dia mistas, com os investidores a aguardarem uma leva de decisões de política monetária esta quarta e quinta-feira. Hoje é esperada uma decisão da Reserva Federal norte-americana que deverá abrandar o ritmo de subida das taxas de juro, com um incremento de 25 pontos base.
Já do lado do Banco de Inglaterra e do Banco Central Europeu é esperado um aumento de 50 pontos base.
O índice de referência da região, Stoxx 600, recuou uns ligeiros 0,03% para 453,09 pontos. A registar as maiores quedas estiveram o setor mineiro e do petróleo e gás, embora a maioria dos setores tenha estado a negociar no verde. O lado dos ganhos foi liderado pelos setores automóvel, bancário e tecnológico.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,35%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,39% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,71%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,33%.
Já o francês CAC-40 desvalorizou 0,08% e o britânico FTSE 100 perdeu 0,14%.
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