Lagarde gera corrida à dívida na Zona Euro. Praças europeias encerram sessão no verde
Petróleo valoriza apesar de aumento de reservas. Gás perde
Decisão da Fed dá força ao ouro e penaliza dólar
Juros aliviam com BCE na mira
Europa em alta impulsionada por otimismo quanto a alívio da inflação
Taxas Euribor a três, seis e a 12 meses a subir
Wall Street arranca divida entre bancos centrais e tecnológicas. Meta em máximos de julho
Euro recua após discurso de Lagarde
O que Powell deu, Lagarde e Bailey tiram: ouro em queda
Valorização do dólar quebra petróleo
Lagarde gera corrida à dívida na Zona Euro
Praças europeias encerram sessão em terreno positivo
- Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista
- Petróleo valoriza apesar de aumento de reservas. Gás perde
- Decisão da Fed dá força ao ouro e penaliza dólar
- Juros aliviam com BCE na mira
- Europa em alta impulsionada por otimismo quanto a alívio da inflação
- Taxas Euribor a três, seis e a 12 meses a subir
- Wall Street arranca divida entre bancos centrais e tecnológicas. Meta em máximos de julho
- Euro recua após discurso de Lagarde
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- Valorização do dólar quebra petróleo
- Lagarde gera corrida à dívida na Zona Euro
- Praças europeias encerram sessão em terreno positivo
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, num dia em que o Banco Central Europeu (BCE) anuncia uma nova subida das taxas de juro. O mercado espera um aumento de 50 pontos base, tal como aconteceu em dezembro, estando a atenção dos investidores sobre o discurso da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde.
Isto depois de na quarta-feira, a Reserva Federal norte-americana ter anunciado uma subida da taxa de fundos federais de 25 pontos base e de o responsável pela autoridade monetária, Jerome Powell, ter sinalizado que "pela primeira vez" é possível ver algum progresso na desinflação, reiterando, contudo, que há mais subidas a caminhos. A mensagem foi recebida com agrado pelos investidores, tendo Wall Street fechado com ganhos.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,7%.
Na Ásia, a sessão fechou mista, depois de ao longo da negociação os índices terem registado fortes ganhos.
Pela China, o Hang Seng desceu 0,06% e Xangai subiu 0,02%. Pelo Japão, o Topix caiu 0,36% e o Nikkei somou 0,20%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,78%.
O petróleo regressou aos ganhos depois de na quarta-feira os preços terem desvalorizado, na sequência de um aumento dos inventários norte-americanos de crude. Apesar de os dados apontarem que a oferta da matéria-prima poderá ser suficiente para suportar a próxima fase do boicote da União Europeia a produtos petrolíferos provenientes da Rússia, os investidores analisam a possibilidade de um aumento da procura por parte da China.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,27% para os 76,62 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cresce 0,21% para os 83,01 dólares por barril.
Na quarta-feira, o Comité Ministerial Conjunto de Monitorização (JMMC) da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) manteve também a recomendação da linha que está a ser seguida desde novembro – e que passa por cortar a oferta em dois milhões de barris por dia.
No mercado do gás, os preços seguem a desvalorizar, numa altura em que os investidores procuram sinais de uma maior procura pela matéria-prima.
Os preços dos contratos a um mês do gás negociado em Amesterdão, o TTF, – referência para o mercado europeu – cedem 0,88% para os 59 euros por megawatt-hora.
O ouro segue a valorizar, na sequência do discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, que assumiu ver, pela primeira vez, alguma desaceleração na inflação. Apesar desse abrandamento, o responsável pela autoridade norte-americana garantiu que a Fed ainda não pensa em pausas na subida dos juros, contudo, o discurso foi visto como menos agressivo e colocou o metal precioso a valorizar e o dólar a perder.
O metal amarelo sobe 0,32% para os 1.956,69 dólares por onça, enquanto a platina avança 0,96% para os 1.017,94 dólares e o paládio soma 0,16% para os 1.675,71 dólares. Já a prata cresce 0,84% para os 24,19 dólares. No mercado cambial, o euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a subir 0,08% para os 1,0999 dólares. A moeda poderá ver novo reforço esta tarde, após ser conhecida a decisão do BCE sobre as taxas de juro e o discurso da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - perde 0,16% para os 101,049 pontos. Se o ritmo de subidas das taxas de juro levaram a moeda norte-americana a atingir máximos, as apostas dos investidores num abrandamento ou até eventual pausa desse ciclo está agora a pesar no ativo.
No mercado cambial, o euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a subir 0,08% para os 1,0999 dólares. A moeda poderá ver novo reforço esta tarde, após ser conhecida a decisão do BCE sobre as taxas de juro e o discurso da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - perde 0,16% para os 101,049 pontos. Se o ritmo de subidas das taxas de juro levaram a moeda norte-americana a atingir máximos, as apostas dos investidores num abrandamento ou até eventual pausa desse ciclo está agora a pesar no ativo.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar, numa altura em que os investidores aguardam pela decisão do BCE sobre as taxas de juro de referência. A decisão da autoridade monetária acontece um dia após terem sido conhecidos os dados da inflação em janeiro e de a Fed ter anunciado um novo aumento de taxas de juro, embora de menor dimensão, e sinalizado que a o aumento dos preços no país dá sinais de "abrandamento.
Na Zona Euro, o aumento dos preços no consumidor abrandou de 9,2% em dezembro para 8,5%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, aliviam 3,7 pontos base para 2,243%, enquanto os juros da dívida italiana recuam 7,9 pontos base para 4,205%.
Já os juros da dívida francesa descem 4 pontos base para 2,707%, a "yield" da dívida pública espanhola recua 5,2 pontos base para 3,222% e os juros da dívida portuguesa cedem 5,2% para 3,126%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica perdem 7,8 pontos base para 3,223%.
O mercado espera que o BCE anuncie uma subida de 50 pontos base este mês, tal como ocorreu em dezembro, estando as atenções viradas para o discurso da presidente da instituição, Christine Lagarde.
As bolsas europeias acordaram no verde, na sequência do discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, que sinalizou que o aumento dos preços começa a dar sinais de alívio. Os investidores viram-se agora para o Banco Central Europeu, que anuncia novas decisões esta tarde.
O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,92% para os 457,26 pontos, com a maior parte dos setores a valorizarem. A liderar as subidas estão os da tecnologia (3,19%), do imobiliário (2,87%) e do retalho (2,40%). Já a banca regista perdas (-0,33%).
A dar gás ao setor da tecnologia estão também os resultados - ontem anunciados - da Meta, dona Facebook, Instagram e WhatsApp. A gigante tecnológica fechou o quatro trimestre de 2022 com lucros de 32,2 mil milhões de dólares, acima das expectativas de mercado - que apontavam para 31,6 mil milhões.
Esta quinta-feira, é a vez de gigantes como a Apple, a Alphabet e a Amazon.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax valoriza 1,65%, o francês CAC-40 avança 0,90%, o espanhol Ibex 35 cresce 1,27% e o italiano FTSE Mib soma 1,09%. Já o britânico FTSE 100 sobe 0,56% e o Aex, em Amesterdão, cresce 1,29%.
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos máximos desde janeiro de 2009 no prazo mais curto e desde dezembro de 2008 para os dois prazos mais longos.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje para 3,029%, mais 0,020 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,540%, mais 0,057 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou hoje, ao ser fixada em 3,446%, mais 0,032 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
MC // EA
Lusa/Fim
Wall Street arrancou a sessão de forma mista, com as tecnológicas na linha da frente após os bons resultados da Meta divulgados esta quarta-feira.
O industrial Dow Jones cai 0,46% para 33.935,72 pontos, enquanto o índice de referência mundial S&P 500 valoriza 0,81% para 4.151,58 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 2,06% para 12,059.93 pontos.
Os investidores estão ainda a digerir as decisões do Banco Central Europeu (BCE) e Banco de Inglaterra (BoE), que subiram cada um esta quinta-feira as taxas de juro diretoras em 50 pontos base.
No caso da Zona Euro, à margem do encontro, a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, deixou claro que deve haver uma subida de 50 pontos base em março, que provavelmente será seguida de outros aumentos.
"Não é o pico, ainda temos mais para fazer. Sabemos que temos caminho a percorrer, que não terminámos", frisou Lagarde em resposta a um jornalista.
A "earnings season" também continua a marcar as negociações. A Amazon valoriza 5,64%, a Apple sobe 2,47%, Microsoft cresce 2,84% e Alphabet arrecada 5,79%. A Meta lidera o pelotão estando a escalar 18,19%, renovando máximos de meados de julho do ano passado.
Este movimento ocorre depois de esta quarta-feira a empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, ter informado que fechou o quatro trimestre de 2022 com lucros de 32,2 mil milhões de dólares, acima das expectativas de mercado - que apontavam para 31,6 mil milhões. Além disso, o grupo forneceu um "guidance" otimista para este ano.
Esta quinta-feira é a vez de Alphabet (dona da Google), Amazon e Apple divulgarem as suas contas.
O mercado está ainda atento às ações da Shell que somam 1,89%, após a petrolífera ter reportado um lucro de 6 mil milhões de dólares no último trimestre, bando assim um recorde.
O euro recua 0,82% para 1,09 dólares, após a presidente do BCE, Christine Lagarde, ter reconhecido - à margem da reunião do conselho que subiu as taxas de juro diretoras em 50 pontos base - que a atividade económica tem abrandado acentuadamente.
Ainda assim, Lagarde deu nota de que a economia "está mais resiliente do que era expectável".
O movimento ocorre depois de esta quarta-feira a moeda única ter ultrapassado a fasquia dos 1,10 dólares - pela primeira vez em 10 meses - após a decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed) de abrandar para um aumento da taxa dos fundos federais de 25 pontos base.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - sobe 0,76% para 101,78 pontos, depois de esta quarta-feira ter alcançado mínimos de abril do ano passado.
O ouro desliza 1,35% para 1.924,16 dólares a onça, horas depois de tanto o Banco de Inglaterra como Banco Central Europeu se terem pronunciado sobre a suas políticas monetárias e à medida que o dólar ganha terreno.
O movimento ocorre ainda depois de esta quarta-feira o metal amarelo ter sido negociado em máximos de nove meses, após a Reserva Federal norte-americana (Fed) ter abrandado o ritmo de subida dos juros diretores, com um aumento de "apenas" 25 pontos base.
Entretanto, o indicador de força do dólar ganha terreno, acabando por tornar as matérias-primas denominadas na nota verde - como é o caso do ouro - mais caras para os investidores que negoceiam com outras moedas.
A subida do dólar ocorre no mesmo dia em que o Departamento de Trabalho dos EUA deu conta de que os novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos diminuíram em 3 mil na semana passada, para 183 mil, face à semana anterior.
Na semana anterior, as novas inscrições situaram-se em 186.000 e a previsão dos economistas consultados pela Bloomberg apontava para as 200 mil inscrições.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa, num dia em que o dólar está a ganhar força.
A robustez da moeda norte-americana está a pressionar o petróleo – que é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 0,24% para 76,23 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 0,35% para 82,55 dólares.
Os juros aliviaram de forma bastante expressiva na Zona Euro, refletindo uma grande procura por este ativo refúgio, momentos depois do discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 21,6 pontos base para 2,064%, renovando mínimos de mais de duas semanas.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos perdem 39,9 pontos base – o aumento mais expressivo entre as "yields" da principais dívidas da região - para 3,885%.
Por fim, a taxa de juro da dívida portuguesa a dez anos subtrai 29,2 pontos base para 2,886%, como não era visto desde meados de janeiro. Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade aliviam 29,5 pontos base para 2,980%.
Christine Lagarde reconheceu - à margem da reunião do conselho que subiu as taxas de juro diretoras em 50 pontos base - que a atividade económica tem abrandado acentuadamente.
Ainda assim, Lagarde deu nota de que a economia "está mais resiliente do que era expectável". A presidente da autoridade monetária frisou ainda que haverá mais um aumento das taxas de juro em 50 pontos base em março e que este não será o último.
Reinou o otimismo nas principais praças europeias esta quinta-feira, com os investidores a sinalizarem de forma positiva os anúncios do BCE.
O índice Stoxx 600 somou 1,35%, com os setores do imobiliário (6,81%), tecnologia (4,62%), automóvel (4,49%) e turismo (4,45%) a registarem os maiores avanços. Em sentido inverso, as empresas energéticas (-1,51%) e a banca (-0,74%) acumularam as perdas mais expressivas.
"A decisão de hoje [do BCE] e a conferência de Lagarde acabaram por não ter impacto negativo nos índices europeus. Muito pelo contrário, uma vez que intensificaram as subidas", indica Henrique Tomé, analista da XTB. "É importante notar que o BCE foi dos últimos bancos a aumentar as taxas de juro e por isso deverá ser também dos últimos a terminar com o ciclo de subidas."
"Isto [o aumento das taxas de juro em 50 pontos pelo BCE] foi o que o mercado previu", indica por sua vez o economista Paul Diggle. "No entanto, ao contrário do Banco da Inglaterra, o BCE continuou a dar uma orientação firme de que as taxas continuarão a subir a partir daqui."
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 2,16%, o francês CAC-40 valorizou 1,26%, o italiano FTSEMIB avançou 1,49%, o britânico FTSE 100 subiu 0,76% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,45%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1,46%. O português PSI somou 0,85%.
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