Europa no verde em dia de demissão de líder britânica
Petróleo sobe com possibilidade de abrandamento das restrições na China. Gás interrompe ciclo de perdas
Ouro sobe mas mantém-se em mínimos de três semanas
Euro ganha força contra o dólar. Renmimbi sobe com alívio da política covid
Juros agravam-se na Zona Euro. "Yield" nacional alcança novo máximo desde 2017
Europa começa o dia vestida de vermelho. Nokia afunda 5% com resultados abaixo das estimativas
Libra sobe e juros da dívida britânica aliviam
Wall Street presa entre desemprego e "earnings season"
Ouro sobe ligeiramente
Euro avança face ao dólar. Libra sobe após demissão de Truss
Petróleo valoriza de olhos na China
Europa no verde em dia de demissão de líder britânica
Juros agravam-se na Zona Euro. Reino Unido também termina com Gilts a subir
- Ásia fecha mista. Europa aponta para terreno negativo
- Petróleo sobe com possibilidade de abrandamento das restrições na China. Gás interrompe ciclo de perdas
- Ouro sobe mas mantém-se em mínimos de três semanas
- Euro ganha força contra o dólar. Renmimbi sobe com alívio da política covid
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Na Ásia, a sessão encerrou de forma mista, numa altura em que o mercado de dívida, as "yields" das obrigações a dez anos dos países asiáticos escalaram face ao temor relativo ao cenário de desaceleração económica.
No Japão o "benchmark" do país, Nikkei, perdeu 0,91% enquanto o Topix desvalorizou 0,51%. No mercado obrigacionista, os juros da dívida japonesa a dez anos pisaram a linha vermelha dos 0,25% apontando para uma possível intervenção do Banco do Japão para estabilizar o mercado.
Já na China as notícias de que as autoridades estão a debater a possibilidade de reduzir o período de quarentena dos turistas que chegam ao país conseguiu conter algumas perdas, tendo Hong Kong caído 1,3% e Xangai somado 0,3%. A "yield" da dívida chinesa (negociada em renmimbi) escalou 2,5 pontos base para 2,723%.
Por sua vez, no mercado acionista da Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,93%.
Na Europa, os futuros apontam também para um arranque de sessão no vermelho. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 perdem 0,2%. O dia será marcado pela continuação da "eanings season" referente ao terceiro trimestre, sendo de destacar a apresentação dos números da francesa Vivendi.
O petróleo avança no mercado internacional, ao som da notícia de que Pequim está a debater a possibilidade de encurtar o período de quarentena para os turistas que chegam ao país. O facto de o maior importador de ouro negro do mundo ter adotado uma "política zero" contra a covid-19 aliviou o mercado da procura.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os EUA, ganha 1,51% para 86,84 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, acumula 0,83% para 93,18 dólares por barril.
"A possível flexibilização das restrições é um sinal positivo para o mercado", comentou Will Sungchil Yun, analista da Investment Corp, em declarações à Bloomberg. No entanto, se o petróleo pode atravessar um "’rally’ sustentável é uma questão que depende de a China adotar medidas mais firmes" sobre esta matéria, acrescenta o especialista.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – que serve de referência para o mercado europeu – sobe 2,3% para 115,05 euros por megawatt-hora, interrompendo um ciclo de cinco dias de perdas, depois de os futuros sobre esta referência terem escalado 8,4%.
Esta quinta-feira há nova reunião de líderes europeus e a crise energética será um dos temas em cima da mesa.
O ouro mantém-se em mínimos de três semanas, pressionado sobretudo pela subida do dólar, numa altura em que o mercado antecipa a possibilidade de a Reserva Federal norte-americana (Fed) continuar a subir a taxa de juro de referência. O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) do banco central reúne-se nos primeiros dois dias de novembro.
A esta hora, o metal amarelo soma 0,14% para 1.630,72 dólares por onça, depois de ter registado uma queda nas primeiras horas da manhã lisboeta.
O ativo reage à negociação do dólar, por ser negociado nesta moeda. Esta quarta-feira, o presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, defendeu que a autoridade monetária não deve travar o endurecimento da política monetária até que os juros diretores atinjam o intervalo entre 4,5% e 4,75%, se inflação subjacente continuar a aumentar, o que levou à subida da nota verde.
No chamado "dot plot" – as projeções da Fed divulgadas em setembro – o banco central previu que a taxa de fundos federais suba para 4,4% até ao final do ano, chegando a 4,6% em 2023. Segundo estas projeções a subida dos juros só deve aliviar a partir de 2024, quando cair para 3,9%. Já em 2025 deve descer para 2,9%.
O euro soma 0,22% para 0,9788 dólares, beneficiando do deslize do dólar, depois de nas primeiras horas desta manhã a nota verde ter dado continuidade aos ganhos desta quarta-feira.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde com 10 divisas rivais – desliza 0,15% para 112,81 pontos, depois de somar 0,2%, impulsionado pelas declarações de um membro da Fed.
Por sua vez, o renmimbi negoceia na linha d’água (-0,01%), depois de subir 0,5%, impulsionado pela notícia de que Pequim debate a possibilidade de reduzir o período de quarentena para os turistas que chegam à China.
Os juros da dívida a dez anos agravam-se na Zona Euro, tendo a "yield" nacional alcançado um novo máximo, como não era visto há cinco anos.
A taxa de juro das obrigações portuguesas a dez anos escala 6,4 pontos base para 3,486%, renovando máximos de abril de 2017.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – soma 6 pontos base para 2,427%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos crescem 9,1 pontos base para 4,847%, estando o "spread" face à dívida alemã situado em 240,8 pontos base.
Já os juros da dívida espanhola a dez anos sobem 6,9 pontos base para 3,579%.
A Europa arrancou a sessão vestida predominantemente de vermelho, num dia marcado pela redução do apetite de risco e pela escalada das "yields" no mercado de dívida, com os investidores a avaliarem o impacto da alta inflação e da subida dos juros nos resultado das empresas, numa altura em que já começou a "eanings season" do bloco, referente ao terceiro trimestre.
O Stoxx 600, que agrega as principais empresas do continente, derrapa 0,41% para 396,08 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, energia comanda os ganhos enquanto o setor dos recursos minerais e imobiliário lideram as perdas.
Nas restantes praças europeias, Madrid recua 0,33%, Frankfurt derrapa 0,67% e Londres negoceia na linha d’água, mais inclinada para o vermelho (-0,09%). Amesterdão desliza 0,43% e Milão desvaloriza 0,18%. Já Paris soma 0,21%. Por cá, Lisboa segue a tendência predominante e recua 0,46%.
Entre os principais movimentos de mercado, a Hermes International sobe 3,60% depois de ter reportado nas primeiras horas da manhã um aumento homólogo da receita de 24% para 3,1 mil milhões de euros no terceiro trimestre, impulsionado sobretudo pelo regresso da clientela às lojas na China, com a diminuição do número de restrições para combater a covid-19 no país.
Já a Volvo cai 1,74% depois de a empresa automóvel ter reportado uma queda nas margens da operação.
Por sua vez, a Nokia afunda 5,47%, após os resultados terem ficado abaixo das estimativas dos analistas. Outubro foi um mês volátil, como uma mistura de sensações: entre temor face à política comentaria restritiva e a expectativa otimista sobre o arranque da "earnings season" europeia.
O Reino Unido vai mudar a liderança após a polémica do mini-orçamento que gerou turbulência nos mercados. Liz Truss anunciou esta quinta-feira a demissão, tornando-se o terceiro membro do Governo a sair nos últimos dias (depois do ministro das Finanças e da ministra da Administração Interna).Logo após ser conhecida a decisão, a libra esterlina segue a valorizar face ao dólar. A divisa britânica aprecia-se 0,5% para 1,1306 dólares. Esta é uma inversão face à tendência das últimas semanas, sendo que a libra tocou o mínimo histórico de 1,035 dólares a 26 de setembro.
Já os juros da dívida pública britânica aliviam. As Gilts a 10 anos recuam 2 pontos base para 3,846%, apesar de a agência de "rating" canadiana DBRS ter colocado, na noite passada, o Reino Unido sob vigilância devido às potenciais implicações negativas do caso. Para já o "rating" manteve-se em AA (high).
"A ação de 'rating' reflete as preocupações da DBRS sobre os crescentes riscos negativos em três áreas. Primeiro, a ausência de estratégia orçamental credível de médio prazo enfraquece a credibilidade política e agrava os riscos para o 'outlook' orçamental", alertou.
Em segundo lugar, a agência aponta preocupações com a inconsistência entre políticas orçamentais e monetárias, que geraram um "sell-off" nos ativos britânicos, incluindo a libra e as Gilts. Acrescenta ainda as implicações para os custos de financiamento de famílias e empresas, bem como consequências para a estabilidade financeira.
Wall Street negoceia mista na sessão desta quinta-feira, com os investidores a avaliarem a época de resultados e os novos do desemprego. O S&P 500 recua 0,2%, com sete dos 11 setores em baixa, enquanto o Nasdaq cede 0,1%. Em sentido contrário, o Dow Jones avança 0,6% para 30.608,72 pontos.
A AT&T está entre os maiores ganhos - a disparar 9,75% - ainda com os investidores a reagirem aos fortes resultados. Por outro lado, a Tesla está a ser alvo de um "sell-off", a afundar 6,75%, após ter falhado as expetativas dos analistas.
Além da época de resultados, os investidores estão de olhos postos nos novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que diminuíram em 12.000 na semana terminada em 15 de outubro, para 214.000, face à semana anterior, de acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano.
Este número ficou abaixo da média da previsão dos economistas consultados pela agência financeira Bloomberg que apontavam para 233.000 pedidos, tendo interrompido duas semanas de aumento consecutivo. Na semana anterior, as novas inscrições na maior economia do mundo situaram-se em 226.000 (número que foi revisto em ligeira baixa das 228.000 inscrições), segundo o Departamento do Trabalho do país.
O ouro segue a valorizar ligeiramente, numa altura em que o dólar vê algum recuo. Apesar deste leve avanço, o metal amarelo mantém-se bastante abaixo da linha dos 1.700 dólares por onça.
O ouro sobe 0,96% para 1.645,06 dólares por onça, ao passo que a platina cresce 3,57% para 919,02 dólares e o paládio avança 3,69% para 2.079,69 dólares.
O mercado já está a incorporar uma nova subida das taxas de juro por parte dos bancos centrais, o que tem deixado o metal amarelo sob pressão, com os investidores a deixarem de lado o ouro, uma vez que este não remunera juros.
O euro segue a valorizar face ao dólar, que a esta hora regista algum recuo. A moeda única europeia avança 0,64% para 0,9836 dólares.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde com 10 divisas rivais – desce 0,57% para 112.409 pontos, numa altura em que os juros da dívida soberana seguem a agravar. Entre as principais moedas, o destaque vai para a libra, que segue a valorizar após a demissão da primeira-ministra Liz Truss.
A moeda britânica avança 0,19% face ao euro, estando a valer 1.1502 euros, e sobe 0,86% face à nota verde, negociando nos 1.1316 dólares.
O petróleo segue a negociar em alta, à medida que na China se debate a possibilidade de relaxamento das medidas de covid-19. Em causa está a redução do período de quarentena para visitantes estrangeiros.
Em reação, o West Texas Intermediate (WTI), referência para os EUA, ganha 2,07% para 87,32 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, avança 1,43% para 93,73 dólares por barril.
"Os preços do petróleo estão a subir numa altura em que a China debate o período de quarentena no país e os 'traders' de energia digerem os anúncios de ontem de como os Estados Unidos planeiam reabastecer" as reservas estratégicas de crude, explica Ed Moya, analista da Oanda, à Bloomberg.
As bolsas europeias fecharam esta quinta-feira no verde, anulando quedas anteriores, com as empresas tecnológicas a acompanharem os ganhos das congéneres americanas, e com a bolsa britânica a valorizar no mesmo dia em que a primeira-ministra se demitiu. As ações caíram a pique no momento do anúncio da demissão de Liz Truss, mas acabaram por recuperar ao longo da sessão.
O índice de referência, Stoxx 600, que agrega as principais empresas do bloco, avançou 0,26% para 398,77 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax ganhou 0,20%, o francês CAC-40 subiu 0,76%, o italiano FTSEMIB valorizou 1,07%, o espanhol IBEX 35 aumentou 0,80% e em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1,03%. Já o britânico FTSE 100 pulou 0,27% em dia de demissão de Truss.
"Há um sentimento de alívio por tudo ter acabado para Truss. Mas continua a haver aqui incerteza. Podem os 'tories' juntar-se em torno de um candidato ou vai haver mais divisão? Vamos ter eleições antecipadas? Há mais perguntas que respostas neste momento", disse à Bloomberg Mark Dowding
No discurso de demissão, Truss disse que o partido pretende escolher um sucessor dentro de uma semana.
Após a demissão da primeira-ministra, as Gilts a dez anos somaram 2,9 pontos base para 3,895%. Já os juros da dívida britânica a 30 anos, que foram alvo de intervenção do Banco de Inglaterra, foram a única maturidade a aliviar em terras britânicas e perderam 2,8 pontos base 3,945%.
Já a libra somou ganhos: valorizou mais de 1% face ao dólar, valendo 1,13 dólares.
Os juros da dívida a dez anos encerraram a negociação desta quinta-feira numa tendência geral de agravamento ligeiro.
No Reino Unido, apesar do alívio geral verificado após a demissão da primeira-ministra, Liz Truss, as Gilts a dez anos somaram 2,9 pontos base para 3,895%. Já os juros da dívida britânica a 30 anos, que foram alvo de intervenção do Banco de Inglaterra, foram a única maturidade a aliviar em terras britânicas e perderam 2,8 pontos base 3,945%.
A taxa de juro das obrigações portuguesas a dez anos subiu 0,9 pontos base para 3,431%.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos, que serve de referência para o mercado europeu, somou 2,8 pontos base para 2,394%.
Já os juros da dívida espanhola a dez anos agravaram-se 1 ponto base para 3,519%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos foram os únicos a aliviar e desceram 2,3 pontos base para 4,732%.
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