Europa encerra sessão no verde. Juros aliviam. Xi Jinping pressiona petróleo

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
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Fábio Carvalho da Silva e Diogo Mendo Fernandes e Marta Velho 24 de Outubro de 2022 às 17:59
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Ásia fecha mista. Europa aponta para a verde

A Europa aponta para um arranque de sessão no terreno positivo, com os investidores de olhos postos em Downing Street e nas conversações entre Roma e Paris.

 

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,7%.

 

No Reino Unido finda esta segunda-feira o prazo para apresentação das candidaturas para a liderança do Partido Conservador, com a certeza de que Boris Johnson não avançará para a corrida.

 

O mercado estará ainda de olho na reunião entre o Presidente francês Emmanuel Macron e a nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.

 

Na Ásia, Hong Kong foi a protagonista tendo derrapado 5,9%, enquanto Xangai deslizou 1,6%. No Japão o Topix subiu 0,28% e o Nikkei cresceu 0,31%.  Já na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,9%.

 

"Hong Kong está a passar por um ‘sell-off’ de pânico", explica o diretor de "research" da Kignston Securities à Bloomberg. "O mercado está em queda  com as tensões entre EUA e China a diminuirem a sentimento de risco e a adicionar incerteza ao mercado", acrescenta.

Gás alivia como não era visto desde junho. Petróleo em queda pressionado pelo dólar

O petróleo alivia pressionado pela escalada do dólar. Durante o dia, os investidores vão digerir os mais recentes dados económicos chineses. O mercado reage ainda às tensões entre EUA e OPEP +.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 1,42% para 83,84 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte desvaloriza 1,21% para 92,37 dólares por barril.

 

O principal conselheiro de Joe Biden para a energia classificou a decisão da OPEP de cortar a produção em novembro como um "movimento político". O ouro negro segue a ser pressionado sobretudo pela subida do dólar, que afeta as matérias-primas denominadas na nota verde, já que as torna mais caras para quem negoceia com outras moedas.

 

No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) caiu para a fasquia dos 100 euros por megawatt-hora, pela primeira vez desde junho, numa altura em que as reservas de gás na EU estão a mais de 90% e se antecipa um clima quente.

 "A Europa está agora numa posição confortável", comentou Graham Freedman, analista da Wood Mackenzie em declarações à Bloomberg.

 

Ouro em queda pressionado pelo dólar. Euro desliza face à nota verde mas ainda há esperança

O ouro desvaloriza 0,31% para 1.651,05 dólares por onça, apesar da força renovada do dólar norte-americano que, por norma, pressiona a cotação do metal amarelo.

 

O euro derrapa 0,36% para 0,9824 dólares, depois de, durante a sessão asiática, ter alcançado máximos de 6 de outubro contra a nota verde. Os indicadores de análise técnica no mercado de opções apontam para a possibilidade de uma recuperação da moeda única contra a nota verde.

 

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – sobe 0,24% para 112,284 pontos.

 

Já a libra cai 0,12% para 1,1330 dólares e soma 0,23% para 1,1532 euros, num dia em que termina apresentação de candidaturas para a liderança do Partido Conservador e consequentemente de Downing Street, sabendo-se já que Boris Johnson está fora da corrida.

Os juros negoceiam de forma mista na Zona Euro

Os juros negoceiam de forma mista na Zona Euro.

 

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu- agrava 0,7 pontos base para 2,415%.

 

Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos descem 0,4 pontos base para 4,725%.

 

Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade soma 0,4 pontos base para 3,432% enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade sobem 0,6 pontos base para 3,531%.

Europa pintada de verde. Prosus contraria e afunda 13% à boleia da Tencent

A Europa começou o dia no verde, numa altura em que continua a época de resultados referente ao terceiro trimestre e quando os investidores estão de olhos postos no Reino Unido à espera do nome que vai ocupar a chefia de Downing Street.

 

O Stoxx 600, índice de referência europeu, soma 0,43% para 398 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, media, viagens e lazer e "utilities" comandam os ganhos enquanto energia lidera as perdas, à boleia da queda do preço do petróleo.

 

Nas restantes praças europeias, Madrid avança 0,50%, Frankfurt ganha 0,40% e Paris soma 0,32%. Milão sobe 0,27%. Já Amesterdão desliza 0,57%. Em Londres, o FTSE 100 cai 0,24% enquanto o FTSE 250 sobe 0,30%, num dia em que fecham as candidaturas para a liderada por Partido Conservador e consequentemente para a liderança do Governo britânico.

 

Entre os principais movimentos de mercado, destacam-se as ações da Royal Philips que caem 2,4%, após a empresa holandesa anunciar o corte de 4 mil empregos Já a Prosus cai mais de 13% à boleia da chinesa Tencent, em que a tecnológica holandesa detém uma participação de 28%.

 

A Tencent caiu 11,43% em Hong Kong, numa altura em que os investidores avaliam o caminho político de Xi Jinping, reconduzido na liderança do Partido Comunista chinês.

Euribor a três e a seis meses batem novos máximos

As taxas Euribor subiram hoje a três e a seis meses para novos máximos respetivamente desde fevereiro de 2011 e fevereiro de 2009 e desceram a 12 meses.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,132%, mais 0,025 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou hoje, ao ser fixada em 1,558%, mais 0,015 pontos do que na sexta-feira e um novo máximo desde novembro de 2011.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a Euribor desceu hoje, ao ser fixada em 2,738%, menos 0,040 pontos, depois de ter subido na sexta-feira para 2,778%, um novo máximo desde dezembro de 2008.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 08 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a "norma", mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A próxima é na quinta-feira.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Época de resultados pinta Wall Street de verde mas não resgata dragão dourado de queda de 15%

Wall Street arrancou a sessão em terreno positivo, num dia marcado pelo alívio das "yield" da dívida soberana norte-americana. A sessão é ainda a primeira de uma semana que será dominada pela divulgação dos resultados das "Big Tech".

O industrial Dow Jones soma 2,47% para 31.082,56 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 ganha 2,37% para 3.752,75 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cresce 2,31% para 10.859,72 pontos.

Destaque ainda para o Nasdaq Golden Dragon China Index – que reúne as réplicas das ações das principais gigantes chinesas nos EUA, os chamados "American depositary receipts" – tomba 15,43% para 4.416,19 pontos, pressionada pelo temor da política restritiva de Pequim, motivada pela recondução de Xi Jinping ao cargo de líder do Partido Comunista da China.

Embora o futuro da política monetária da Fed não desapareça da mira dos investidores, os resultados que serão divulgados esta semana da Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon e Meta estão no centro das atenções, com os dados compilados pela Bloomberg a apontar para a maior contração dos lucros em três anos.

Das 99 empresas do S&P 500 que reportaram lucros no terceiro trimestre até sexta-feira, 74,7% superaram as expectativas dos analistas, segundo estimativas do Refinitiv IBES.

Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla cai 4,25%, depois de a gigante automóvel ter cortado os preços em até 9% dos Model 3 e Model Y no mercado chinês.  

Já a Medtronic soma 1,34% depois que a fabricante de dispositivos médicos ter anunciado que vai isolar numa só empresa o negócio de instrumentos monitorização de pacientes e intervenções respiratórias numa nova empresa à parte.

"É claro que a procura está a diminuir, mas até agora as gigantes da tecnologia como as da área do software e ‘cloud’  tem sido bastante resilientes", comentou Laura Cooper estratega da BlackRock. "Vamos estar atentos a qualquer quebra que possa colocar em causa as nossas expectativas", acrescentou em entrevista à Bloomberg TV.

Ouro cai pressionado pela força do dólar

O ouro está a negociar em baixa, à medida que o dólar negoceia com ganhos e valoriza face às principais divisas rivais.

A queda em bolsa das empresas chinesas que negociam em Wall Street, depois da recondução de Xi Jinping como líder do Partido Comunista da China, está a sustentar a nota verde que vai assim ganhando força e penalizando o metal precioso.

O ouro perde 0,55% para 1.648,54 dólares por onça.

Fim do congresso do Partido Comunista chinês pressiona petróleo

A negociação de petróleo tem estado esta segunda-feira em queda, com os mercados a digerirem a ascenção de Xi Jinpig a um terceiro mandato na liderança da China.

O fim do congresso do Partido Comunista chinês no fim de semana mostrou aos investidores que o país - o maior importador de petróleo do mundo - vai continuar a apostar em políticas de contenção da covid-19 e de reforço da segurança nacional, em detrimento da aposta no crescimento económico.

Os preços do crude chegaram a cair à volta de 2%, tendo o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, chegado a bater a fasquia dos 83 dólares por barril. Pela 16:11 de Lisboa, o WTI caía 0,60% para 84,54 dólares.

Já o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - desvaloriza 0,37% para 93,15 dólares por barril.

Dólar perde face ao euro. Eleição de Rishi Sunak não dá descanso à libra

O dólar está a registar perdas na negociação face à moeda única europeia, isto depois de ter estado em aceleração ao início da tarde.

A queda no Nasdaq Golden Dragon China Index (que reúne as réplicas das ações das principais gigantes chinesas nos EUA) e que tombou mais de 15% pressionada pela política restritiva da China, após a recondução de Xi Jinping ao cargo de líder do Partido Comunista da China, esteve a pesar na nota verde.

O dólar cai assim 0,19% para 1,0124 euros.

No caso da moeda britânica - que negoceia em rescaldo da eleição de Rishi Sunak como presidente do Partido Conservador e futuro primeiro-ministro do Reino Unido - a notícia não foi suficiente para ganhos face ao dólar e a libra perde 0,45% para 1,1292 dólares. Já o par libra-euro desce 0,58% para 1,1439 euros.

Juros aliviam na Zona Euro. Sunak dá forte descida nas "yields" britânicas

As taxas de juro das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta segunda-feira, num dia marcado pela notícia de que o antigo ministro das Finanças de Boris Johnson, Rishi Sunak, será o novo primeiro-ministro britânico. 

A "yield" da dívida alemã a 10 anos, referência no mercado europeu, recuou 8,4 pontos base, para 2,324%. Já os juros da dívida francesa na mesma maturidade cederam 11 pontos, para os 2,854%.

Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa aliviou em 11,4 pontos base, para 3,314%, enquanto os juros da dívida espanhola cedeu 11,8 pontos, fixando-se em 3,407%.

Ainda no sul da Europa, a "yield" da dívida italiana a 10 anos caiu 16,4 pontos, para 4,565%.

O maio movimento, contudo, registou-se nos juros da dívida britânica a 10 anos: uma descida de 31 pontos base para 1,729%.

Sunak e época de resultados colocam Europa a verde

O arranque de uma semana forte em resultados de empresas aliado aos novos desenvolvimentos na liderança do Reino Unido deram aos mercados europeus uma sessão de euforia.

O índice Stoxx 600 - que agrega as principais empresas de Europa e é negociado em Londres - avançou 1,40%, com os setores das "utilities", construção e media em destaque.

Em sentido inverso, entre as cotadas com pior desempenho esteve a Prosus que caiu 17%, um máximo histórico, devido aos seus investimentos na China, após Xi Jinping ter segurado um terceiro mandato à frente do país, reforçando o seu poder.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,58%, o francês CAC-40 valorizou 1,59%, o italiano FTSEMIB avançou 1,93%, o britânico FTSE 100 subiu 0,63% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,79%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,17%.

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