Bolsas deslizam para mínimos, juros sobem para máximos e petróleo afunda
Os mercados em números
PUB
PSI-20 desceu 0,82% para 4.994,35 pontos
Stoxx 600 desvalorizou 1,98% para 359,67 pontos
S&P 500 cai 1,03% para 2.756,90 pontos
PUB
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 5,5 pontos base para 2,018%
Euro sobe 0,44% para 1,1572 dólares.
Petróleo cai 2,7% para 80,85 dólares, em Londres
PUB
Bolsas europeias em mínimos de 2016
A queda dos mercados norte-americanos e o contágio às bolsas asiáticas intensificaram a aversão ao risco na Europa. A Grécia foi a excepção desta sessão, mas pela positiva. A bolsa de Atenas foi a única a negociar em alta. As restantes principais praças europeias fecharam em terreno negativo. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 1,98% para os 359,67 pontos, atingindo mínimos de Dezembro de 2016.
PUB
O principal catalisador da queda dos mercados está a ser o petróleo. A cotação do barril já tinha caído ontem e volta a negociar em baixa ao registar neste momento quedas na ordem dos 2% tanto em Londres como em Nova Iorque. Consequentemente, o sector energético é dos que mais penaliza as bolsas europeias ao deslizar 3%, acompanhado pelos sectores da banca e dos serviços financeiros.
PUB
Esse efeito também chegou à bolsa nacional. A Galp Energia caiu 3,97% para os 15,85 euros, atingindo mínimos de Junho deste ano. O PSI-20 tropeçou 0,82% para os 4.994,35 pontos, mínimos de ano e meio.
Juros portugueses sobem para máximos de Junho
PUB
Itália continua a gerar desconfiança entre os investidores. E este contexto está a ditar a subida dos juros um pouco por toda a Europa. Lisboa não é excepção. A taxa de juro implícita na dívida de Portugal a 10 anos sobe 5,5 pontos base para 2,018%, atingindo um novo máximo de 13 de Junho.
Os juros italianos estão a aumentar 5,7 pontos para 3,564%, numa altura em que os investidores continuam expectantes sobre as contas públicas de Roma, demonstrando receios nomeadamente em torno do défice orçamental, que deverá ser de 2,4% do PIB, um valor bastante superior ao acordado inicialmente com Bruxelas.
PUB
Euribor sobem a 6 meses e baixam a 9 meses
As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três e 12 meses, subindo a seis meses e baixando a nove meses em relação a quarta-feira.
PUB
No prazo a três meses, a taxa manteve-se hoje pela oitava sessão consecutiva em -0,318%, enquanto a seis meses - o prazo mais utilizado em Portugal nos créditos à habitação - subiu 0,001 pontos para 0,267%.A nove meses, a Euribor baixou 0,001 pontos para os -0,207%, enquanto a 12 meses manteve-se nos -0,156%.
Dólar cai pela terceira sessão para mínimos de duas semanas
PUB
A moeda norte-americana está a cair pela terceira sessão consecutiva face às principais congéneres penalizada pela turbulência que assola o mercado de acções e pelos dados da inflação que mostram que o crescimento dos preços moderou em Setembro.
Segundo os dados revelados, o índice de preços no consumidor aumentou 0,1% em Setembro, face ao mês anterior, quando as estimativas apontavam para uma subida de 0,2%. Em termos homólogos, a subida foi de 2,3%, o valor mais baixo desde Fevereiro e que compara com uma projecção de 2,4%.
PUB
A moeda única europeia, por seu lado, está a ganhar terreno face à nota verde, com uma valorização de 0,44% para 1,1572 dólares.
PUB
Petróleo em queda com receios de menor procura
O petróleo está a registar uma forte queda nos mercados internacionais, para o nível mais baixo desde 24 de Setembro, penalizado pelos receios em torno da quebra da procura. As cotações já estavam a descer devido à expectativa de que o furacão Michael vai penalizar a procura por combustíveis, nos Estados Unidos, quando a OPEP cortou as estimativas para a procura por petróleo dos seus membros, em 2019, agravando ainda mais as descidas.
PUB
O cartel antecipa que o mundo precisará de menos 900 mil barris de petróleo do grupo, por dia, no próximo ano, um valor que equivale à produção média da Líbia, actualmente.
Em Nova Iorque, o WTI desvaloriza 2,64% para 71,24 dólares, enquanto em Londres o Brent cai 2,7% para 80,85 dólares.
PUB
Ouro dispara mais de 2%
Os dados da inflação nos EUA, cuja subida foi menor do que o antecipado, abrandaram os receios em torno de subidas de juros no país. E isso está penalizar o dólar e a beneficiar fortemente o ouro, que subiu mais de 2% para 1.220,29 dólares por onça.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais fecho dos mercados bolsas acções dívida juros da dívida euribor dólar euro libra petróleo WTI Brent Stoxx 600 acções europeias PSI-20 matérias-primasMais lidas
O Negócios recomenda