Bolsas regressam às descidas e juros afundam de olho no BCE
Os mercados em números
PUB
PSI-20 somou 0,03% para 4.628,85 pontos
Stoxx 600 cedeu 0,37% para 370,10 pontos
PUB
S&P 500 desce 0,22% para 2.344,14 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal cai 10,5 pontos base para 3,982%
Euro ganha sobe 0,6% para 1,0664 euros
PUB
Petróleo desce 0,91% para 55,24 dólares por barril em Londres
Bolsas interrompem série de sete dias de subidas
As praças do Velho Continente caíram pela primeira vez em oito dias, interrompendo a maior série de ganhos em 19 meses. O índice europeu Stoxx 600 baixou 0,37%, penalizado pela desvalorização das acções do sector do retalho e da indústria. As principais praças do Velho Continente registaram descidas em torno de 0,5%, depois de ontem terem tocado em máximos de um ano. Já as bolsas dos EUA também seguem a perder valor, apesar de já terem chegado a fixar um novo recorde na abertura da sessão.
PUB
Por cá, o PSI-20 conseguiu evitar as perdas, ao avançar 0,03%. A suportar a negociação esteve a Nos. A operadora subiu 1,49% para 5,321 euros. Em alta fechou ainda a Galp. A petrolífera avançou 0,11% para 13,71 euros, enquanto a EDP somou 0,18% para 2,855 euros. A travar os ganhos esteve o BCP. O banco, que na última sessão valorizou mais de 2%, caiu 0,74% para 0,1474 euros.
Juros de Portugal abaixo de 4%
Os juros da dívida pública dos países periféricos estão a registar fortes descidas, depois de ter sido revelado que o Banco Central Europeu (BCE) está disposto a flexibilizar a aplicação de algumas regras que condicionam a compra de obrigações, para ajudar a manter a sua política de estímulos sem precedentes. Os relatos da reunião mensal do BCE de Janeiro, citados pela Bloomberg, mostram que a autoridade monetária admite que "desvios limitados e temporários" da chave de capital "são possíveis e inevitáveis" para garantir que o programa de alívio quantitativo pode ser implementado tal como foi anunciado.
PUB
Esta possibilidade sustentou uma correcção dos juros da periferia do euro. Os juros das obrigações portuguesas a dez anos desceram 10,5 pontos base para 3,982%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a queda foi de 8,0 pontos para 1,603%. Em Itália, a ‘yield’ associada a estes títulos aliviou 8,6 pontos para 2,156%, e na Alemanha, 2,4 pontos para 0,349%.
Euribor estáveis a três meses
As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses, subiram a seis e desceram para novos mínimos a nove e 12 meses em relação a quarta-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se hoje em -0,328%, contra -0,329%, actual mínimo registado pela primeira vez em 17 de Janeiro. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de Novembro de 2015, foi hoje fixada em -0,239%, mais 0,002 pontos do que na quarta-feira e contra o actual mínimo de -0,244%, registado pela primeira vez em 26 de Janeiro. A 12 meses, a Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 05 de Fevereiro de 2015, caiu hoje para -0,106%, novo mínimo de sempre e menos 0,002 pontos do que na quarta-feira.
PUB
Euro ganha terreno ao dólar
A moeda única europeia segue a valorizar face ao dólar. O euro sobe 0,6% para 1,0664 euros, no dia em que foram divulgados os relatos relativos à última reunião do BCE. Apesar da subida da inflação, o consenso no Conselho de Governadores é que as medidas anunciadas em Dezembro do ano passado, que prolongaram o programa alargado de compra de activos até final de 2017, apesar de a um ritmo menor a partir de Abril, continuam a ser essenciais para a economia da Zona Euro. E a instituição admite mesmo flexibilizar as regras para a compra de obrigações soberanas.
Reservas continuam a pressionar petróleo
PUB
Os preços do petróleo seguem a cair nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, desce 0,91% para 55,24 dólares por barril, enquanto o WTI, em Nova Iorque, perde 0,51% para 52,84 dólares. A determinar a correcção das cotações continua a subida das reservas. Os "stocks" aumentaram em 9,53 milhões de barris na semana passada para 518,1 milhões, o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser coligidos em 1982. A subida das reservas foi também superior ao estimado pelos analistas sondados pela Bloomberg, que previam um acréscimo de 3,5 milhões de barris.
Ouro em alta
Os preços do ouro seguem a valorizar pela segunda sessão consecutiva. O metal precioso sobe 0,2% para 1.236,43 dólares por onça. Apesar da expectativa em torno da subida de juros nos EUA seja desfavorável para o metal, os maiores números da inflação beneficiam o investimento em ouro, uma vez que a matéria-prima pode ser usada como um escudo contra a subida generalizada dos preços.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais fecho dos mercados bolsas acções dívida juros da dívida euribor dólar euro libra petróleo WTI Brent Stoxx 600 acções europeias PSI-20 matérias-primasMais lidas
O Negócios recomenda