Disputa comercial sem novidade deixou bolsas sem rumo definido
Os mercados em números
PSI-20 valorizou 0,09% para 5.128,87 pontos
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Stoxx 600 perdeu 0,13% para 402,66 pontos
S&P500 deprecia 0,10% para 3.109,69 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos crescem 4,8 pontos base para 0,417%
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Euro ganha 0,20% para 1,11 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,92% para os 63,59 dólares
Ausência de novidades na frente comercial deixa bolsas indefinidas
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A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China tem sido o fator mais relevante para determinar o sentimento dos mercados e o rumo da negociação bolsista em particular.
Desta feita, esta quinta-feira, 5 de dezembro, não trouxe qualquer dado novo relativo à negociação em curso entre Washington e Pequim, deixando os investidores sem capacidade para prever o que poderá surgir nos próximos dias num diálogo marcado por constantes altos e baixos.
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Na Europa, o reflexo desta indefinição sentiu-se numa negociação bolsista sem tendência definida. O índice de referência europeu Stoxx600 cedeu 0,13% para 402,66 pontos, com o setor das matérias-primas, em especial o petrolífero, a impulsionar, e o setor do retalho a travar uma maior valorização.
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Já a bolsa nacional (PSI-20) transacionou no verde pelo segundo dia seguido, que fechou com uma ténue subida de 0,09% para 5.128,87 pontos. As bolsas de Amesterdão e Paris também registaram ligeiras subidas.
Juros voltam a subir na Zona Euro
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Os juros das dívidas públicas na área do euro voltaram a agravar-se esta quinta-feira, com as yields da generalidade das obrigações com maturidade a 10 anos a subirem pelo segundo dia seguido.
A "yield" correspondente aos títulos soberanos de Portugal a 10 anos avança 4,8 pontos base para 0,417%. Tendência idêntica à verificada noutros periféricos como Espanha e Itália, cujos juros associados à dívida a 10 anos sobem respetivamente 4,7 e 8,9 pontos base para 0,482% e 1,375%. O mesmo relativamente à "yield" das "bunds" alemãs no mesmo prazo que sobe 2,4 pontos base para -0,295%.
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A perspetiva agora mais positiva relativamente às possibilidades de um acordo comercial EUA-China reforça o apetite dos investidores por ativos considerados de maior risco, o que se reflete numa menor aposta, e consequente descida, das obrigações soberanas, movimento que se traduz num aumento dos juros das dívidas.
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Libra continua em máximos com provável vitória de Boris
A moeda do Reino Unido voltou a valorizar e a registar máximos, apreciação decorrente da crescente convicção de que o Partido Conservador do primeiro-ministro em funções, Boris Johnson, vencerá as eleições antecipadas para 12 de dezembro, possivelmente com maioria absoluta, mostram as sondagens.
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A libra sobe pelo quinto dia contra o euro para máximos de 6 de maio em relação à moeda única europeia e ganha terreno relativamente ao dólar pela terceira sessão para transacionar em máximos de maio de 2017 comparativamente com a divisa norte-americana.
Já o euro aprecia 0,20% para 1,11 dólares, enquanto o dólar recua pela quinta sessão para mínimos de 4 de novembro no índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda americana face a um cabaz das principais divisas mundiais.
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Petróleo em alta com cortes de produção da OPEP
Os preços do petróleo seguem a valorizar, num dia em que a OPEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, decidiu não só manter como também aumentar o volume de cortes de produção de petróleo.
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Por esta altura, o Brent – ativo negociado em Londres, que serve de referência para Portugal – valoriza 0,92% para os 63,59 dólares por barril. O norte-americano WTI segue o ritmo do par europeu, valoriza pela quarta sessão consecutiva (0,51%) e vale agora 58,74 dólares por barril.
Hoje, no primeiro dia da reunião da OPEP, o cartel do petróleo decidiu alargar o corte da produção coletiva e, segundo o ministro da Energia russo, Alexander Novak, a redução pode passar para os 1,7 milhões de barris (1,7% da produção mundial atual), o que significa um aumento de 500 mil barris, face ao corte atualmente estipulado de 1,2 milhões de barris por dia.
Ouro volta aos ganhos
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O metal dourado está a somar 0,22% para 1.477,90 dólares por onça, recuperando assim da queda da última sessão, com os investidores a regressarem aos ativos de refúgio perante a incerteza sobre a guerra comercial.
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