Europa tem maior subida semanal em três meses. Petróleo desliza
Os mercados em números
PSI-20 subiu 1,53% para 4.887,63 pontos
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Stoxx 600 apreciou 0,73% para os 379,48 pontos
S&P500 desce 0,05% para 2.923,31 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,1 pontos base para os 0,119%
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Euro cede 0,24% para 1,1031 dólares
Petróleo em Londres cai 1,15% para os 60,38 dólares o barril
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Europa regista a maior subida em 12 semanas
As principais praças europeias fecharam alinhadas no verde. O Stoxx600, o agregador das 600 maiores cotadas, subiu 0,73% para os 379,48 pontos, terminando a semana com "chave de ouro": desde segunda-feira, este índice mostra uma subida acumulada de 2,19%, a mais expressiva em 12 semanas.
A contribuir para o registo positivo estiveram as cotadas do setor das matérias-primas e do imobiliário, categorias estas que se destacam com ganhos superiores a 2%. Apesar do balanço positivo da semana, no acumular do mês de agosto o saldo é negativo, com uma quebra de 1,63%.
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O otimismo chega às bolsas do Velho Continente depois de ter sido eliminado um dos focos de preocupação: a incerteza política em Itália. O Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrático chegaram a um acordo e de o presidente da República ter nomeado Giuseppe Conte para avançar com um novo Governo.
Fora das fronteiras europeias, a China contribui para o ânimo dos investidores depois de Pequim dizer que não vai responder ao mais recente agravamento de tarifas anunciado pelo chefe da Casa Branca, mostrando um alívio nas tensões.
A bolsa nacional fechou a última sessão da semana com uma subida de 1,53% para 4.887,63 pontos, impulsionada por ganhos acima de 2% da EDP Renovável e Jerónimo Martins.
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Juros portugueses voltam a descer
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 0,1 pontos base para os 0,119%. A taxa remuneratória das obrigações alemãs para a mesma maturidade situou-se nos -0,702%, após uma queda de 0,8 pontos base. Desta forma, o prémio da dívida portuguesa face à germânica ficou nos 82,1 pontos base.
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Euro quebra os 1,10 dólares
O euro recua 0,24% para 1,1031 dólares mas já cedeu um máximo de 0,64% face à nota verde, para cotar nos 1,0986 dólares. A moeda única europeia colocou-se desta forma abaixo da fasquia de 1,10 dólares pela primeira vez desde 16 de maio de 2017.
A pressionar a moeda única estão os dados que mostram que a inflação na Zona Euro se mantém persistentemente baixa, o que dá margem à autoridade monetária para descer mais os juros.
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A condicionar a negociação da moeda está também a incerteza sobre a política que será seguida pelo Banco Central Europeu (BCE), com alguns responsáveis a defenderem que o banco central deve avançar com mais estímulos enquanto outros dizem que não apoiarão as medidas de flexibilização quantitativa ("quantitative easing" - medidas através das quais o banco central injeta diretamente dinheiro na economia comprando ativos) na reunião de setembro.
Petróleo com a maior queda desde maio
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, desliza 1,15% para os 60,38 dólares. Este registo dita uma queda superior a 7% no acumular do mês, tornando os 30 dias de agosto aqueles com a maior quebra desde maio. O "irmão" West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, afunda ainda mais no vermelho, tendo já deslizado 3,81% para os 54,55 dólares. As cotações da matéria-prima "tremem" depois de ter sido divulgado que a produção de petróleo aumentou pela primeira vez em 2019, mesmo após o cartel dos maiores produtores da matéria-prima ter acordado operar cortes, logo no início do ano.
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Minério de Ferro com maior queda mensal de sempre
O minério de ferro segue no verde pela primeira e única sessão da semana, com uma subida de 0,13% para os 90,91 dólares, em Singapura. Contudo, este registo não é suficiente para contornar as quebras acumuladas ao longo do mês. Esta matéria-prima perdeu 24,25% em agosto, fazendo deste o mês com a maior queda na história do minério. A evolução descendente acontece perante um aumento da oferta, uma indústria chinesa menos pujante e os receios de um abrandamento na economia global.
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