Bolsas caem. Juros sobem e petróleo atinge 35 dólares

As principais bolsas europeias recuaram, pressionadas pela publicação de resultados abaixo do esperado. O petróleo avança com a expectativa de um corte na produção. O euro e os juros estão a apreciar.
bolsas
Bloomberg
Vera Ramalhete 28 de Janeiro de 2016 às 17:22

Os mercados em números

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PSI-20 caiu 0,03% para 4.978,21 pontos

Stoxx 600 caiu 1,57% para 334,89 pontos

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S&P 500 desvaloriza 0,09% para 1881,30 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 2,9 pontos base para 2,975%

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Euro avança 0,56% para 1,0954 dólares

Petróleo sobe 2,36% para 33,88 dólares por barril, em Londres

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Bolsas europeias voltam às quedas

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As principais bolsas europeias encerraram no "vermelho", numa sessão volátil, em que oscilaram entre ganhos e perdas. O Stoxx 600 caiu 1,57% para 334,89 pontos, depois de duas sessões a valorizar. O índice europeu foi pressionado pela divulgação de resultados abaixo do esperado de empresas como a farmacêutica Roche e a H&M. A praça italiana liderou as perdas, ao cair 3,49%. Foi seguida pelo Dax alemão que caiu 2,44%.

Em Lisboa, o PSI-20 encerrou a desvalorizar ligeiros 0,03%, a menor queda entre as principais congéneres europeias. Após cinco sessões a valorizar, a bolsa nacional regressou ao vermelho pressionada pelas quedas da EDP Renováveis e do BCP. A energética perdeu 1,92% para 7,05 euros e o banco desvalorizou 2,35% para 3,74 cêntimos. A Galp Energia travou uma descida mais acentuada do PSI-20, ao valorizar 4,46% para 10,775 euros, numa sessão de forte subida no preço do petróleo.

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Juros avançam em contraciclo

Os juros da dívida portuguesa aumentaram, contrariando a tendência de queda na Europa. A "yield" das obrigações a 10 anos - considerada a maturidade de referência – avançou 2,9 pontos para 2,975%, mantendo-se abaixo da fasquia dos 3%. Em Espanha, os juros recuaram 0,5 pontos para 1,622%. A "yield" das bunds alemãs a 10 anos também caiu 3,9 pontos base para 0,404%, o que fez aumentar o prémio de risco para 256,9 pontos.

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Taxas Euribor fixam novos mínimos históricos

As Euribor a três, seis e nove meses fixaram novos mínimos históricos, esta quinta-feira. A taxa a três meses caiu de -0,159%, o anterior mínimo, para -0,160%. A seis meses, o indexante caiu de -0,082% para -0,083%. No prazo a nove meses, a Euribor recuou de -0,032% para -0,034%. A 12 meses, a taxa manteve-se inalterada em 0,022%, o valor mais baixo de sempre.

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Euro avança pela quarta sessão

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O euro está a avançar 0,56% para 1,0954 dólares, pela quarta sessão consecutiva. Após a decisão da Reserva Federal dos EUA de manter os juros inalterados, reiterando que a subida será gradual, e a divulgação de um recuo das vendas de bens duradouros nos EUA, em Dezembro, o dólar acentuou a tendência de queda, devido aos receios do abrandamento da economia.

Negociações com a Rússia impulsionam petróleo

O petróleo está a disparar esta quinta-feira, impulsionado pela intenção da Rússia de negociar com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) um corte de produção da matéria-prima. O Brent, negociado em Londres, avança 2,36% para 33,88 dólares por barrril, após ter negociado acima dos 35 dólares durante a sessão. Avançou um máximo de 8,28% para 35,84 dólares. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, segue a valorizar 2,23% para 33,02 dólares por barril. Chegou a disparar 7,8% para 34,82 dólares, um máximo de 6 de Janeiro. Abrandou o ritmo de ganhos, após vários membros da OPEP indicarem que não há ainda negociações concretas. 

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Ouro recua pela segunda sessão

O ouro está recuar 0,84% para 1.115,52 dólares por onça, após três sessões a avançar. O metal precioso regista o melhor desempenho entre os pares este mês e avançou na quarta-feira para um máximo de três meses. Após a Reserva Federal declarar que mantém a intenção de subir gradualmente os juros, apesar da turbulência nos mercados e os sinais de abrandamento da economia mundial, o ouro corrigiu das fortes subidas. Isto porque a subida dos juros torna o investimento em ouro menos atractivo.

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Destaques do dia

 

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Preocupações com Angola travam subida do BPI em bolsa. As acções do BPI chegaram a valorizar mais de 3% durante a sessão, mas encerraram inalteradas. Os receios em relação a Angola estão a ofuscar os resultados divulgados na última sessão

 

Petróleo dispara 8% com notícias de corte de produção. As cotações do petróleo seguem a negociar em forte alta, com as notícias que a Rússia e a OPEP estarão a agendar um encontro no próximo mês para discutir um corte da produção de crude.

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Costa admite discutir base política do Orçamento com Bruxelas. Apesar de reiterar que neste momento Lisboa e Bruxelas estão a discutir meramente "tecnicalidades orçamentais", o primeiro-ministro admite que só depois disso é que será possível "ver se é ou não necessário fazer algo".

 

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Helena Garrido: O maior risco para Portugal está nos investidores. A desconfiança dos investidores e os efeitos que isso pode ter nas empresas é o maior risco que Portugal enfrenta com um Orçamento que não respeite as regras de Bruxelas, alerta Helena Garrido, directora do Negócios.

 

Fitch: "Aumentos significativos da despesa" podem reduzir "rating". É o segundo alerta em dois dias. A Fitch voltou esta quinta-feira a alertar que o "rating" de Portugal pode ser revisto em baixa, caso se verifiquem "aumentos significativos da despesa".

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Bruxelas quer taxar empresas que deslocalizam para fora da Europa. A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira um pacote alargado de medidas para garantir que as multinacionais pagam os impostos devidos na Europa. Entre elas está a aplicação de uma "exit tax".

 

O que vai acontecer amanhã

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"Ratings". A Fitch tem agendada uma possível revisão do "rating" de Espanha e a Moody’s poderá rever o "rating" da Moody’s.

Dados económicos na Zona Euro. O Eurostat divulga o índice de preços no consumidor, na Zona Euro, em Janeiro. Será também conhecida a evolução da massa monetária (M3).

Estatísticas nacionais. O INE revela o índice de produção industrial e o índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas no comércio a retalho. Ambos os indicadores são relativos a Dezembro.

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