Europa segue S&P 500 e celebra novos recordes. Bolsas sobem há seis sessões
Ouro a recuperar após tocar em mínimos de três semanas
Euro de volta ao vermelho enquanto dólar ganha terreno
Juros da Zona Euro recuam depois do anúncio de Powell
Petróleo "no verde" em dia de reunião da OPEP+
Fed leva Europa a recordes. Stoxx 600 vai no sexto dia de ganhos, a série mais longa desde junho
S&P 500 a subir há seis sessões e a caminhar para novo recorde. Tecnológicas animam Wall Street
Petróleo regressa aos ganhos com decisão da OPEP+
Dólar ganha força com timings da Fed para retirada de estímulos
Ouro brilha após derrapagem com anúncio da Fed
Juros da dívida recuam na Europa
Europa festeja declarações de Powell com recordes frescos
- Futuros apontam para arranque positivo na Europa com investidores a digerir anúncio da Fed
- Ouro a recuperar após tocar em mínimos de três semanas
- Euro de volta ao vermelho enquanto dólar ganha terreno
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As praças europeias deverão começar a sessão em alta, com os investidores a reagir às declarações de Jerome Powell, o líder da Reserva Federal dos EUA (Fed). O banco central norte-americano anunciou esta quarta-feira que a retirada gradual de estímulos à economia vai ter início já este mês, com reduções mensais de 15 mil milhões de dólares na compra de ativos.
As bolsas do velho continente deverão, assim, seguir a tendência positiva que marcou também a sessão nas praças da Ásia. O índice Nikkei fechou com ganhos de 0,93%, enquanto o Topix valorizou 1,18%. Em Hong Kong, o Hang Seng registou ganhos de 0,43% e em Xangai a bolsa valorizou 0,81%.
Enquanto a época de resultados do trimestre continua, com o Credit Suisse, a BMW e o Commerzbank a revelarem contas esta quinta-feira, a reunião da OPEP será outro tema a merecer atenção por parte dos investidores.
O ouro está de regresso a terreno positivo, depois de duas sessões consecutivas no vermelho. Nesta altura, o ouro valoriza 0,2%, com a onça a negociar nos 1.773,32 dólares.
O metal precioso reagiu na sessão de ontem ao anúncio da Fed, caindo para um mínimo de três semanas. O ouro desvalorizou 1%, para 1.769,84 dólares.
Jerome Powell, o líder da Fed, frisou na conferência de imprensa que o início da retirada gradual de estímulos à economia não significa uma subida em breve dos juros, com a Fed a preferir analisar primeiro os dados do mercado laboral.
De acordo com Jeffrey Halley, senior market analyst da OANDA, o ouro poderá manter-se afastado da fasquia dos 1.800 dólares esta semana. "Só uns dados extremamente fracos sobre o emprego nos EUA amanhã é que poderão dar uma oportunidade ao ouro de regressar aos 1.800 dólares por onça".
Ao longo das três últimas sessões, o ouro esteve sempre a negociar abaixo deste montante.
A moeda única europeia está a perder terreno face ao dólar, a cair nesta altura 0,34% para 1,1572 dólares.
No Reino Unido, a libra esterlina acompanha o euro nas quedas: cede nesta altura 0,2% face ao dólar, para 1,3659 dólares.
Do outro lado do Atlântico, o dólar está a valorizar 0,28% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Os juros da dívida soberana de vários países europeus estão a descer esta quinta-feira, no dia seguinte à Fed anunciar o timing do "tapering".
Esta manhã, as "bunds" germânicas com maturidade a dez anos, que servem de referência ao bloco central estão a recuar 1,7 pontos base para -0,189%.
Os juros de Itália, também a dez anos, descem 4,3 pontos base para 1,002%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola recuam 2 pontos base (0,498%) e em Portugal os juros a dez anos descem 2,4 pontos base para 0,396%.
A OPEP+, que junta os países produtores de petróleo e os seus aliados, reúne-se esta quinta-feira, com o tema de um possível aumento da produção na agenda. Os Estados Unidos têm sido uma fonte de pressão, com Joe Biden, o Presidente norte-americano, a pedir à OPEP que aumente a produção de petróleo.
Enquanto não há "fumo branco" desta reunião, o petróleo está a negociar em terreno positivo nos mercados. Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI) avança 0,2% em Nova Iorque, com o barril a negociar nos 81,02 dólares.
Já o brent do Mar do Norte, que é negociado em Londres e serve de referência ao mercado português, está a valorizar 0,76%, elevando o preço do barril para 82,61 dólares.
A conjugação entre a reação ao discurso de Jerome Powell, da Fed, e um dia recheado de contas do trimestre entre as cotadas europeias ajudou o Stoxx 600 a chegar a recordes esta manhã.
Nesta altura, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa avança 0,49% para 483,56 pontos. Esta é a sexta sessão consecutiva em que o índice pan-europeu está em terreno positivo, a caminho da série mais longa de ganhos desde junho.
Todos os setores estão a negociar "no verde", com exceção da queda ligeira do setor químico, que cede 0,16%. Nesta altura, o setor da energia lidera os ganhos na Europa, a valorizar mais de 1%, seguido pelo setor imobiliário, que ganha cerca de 1%.
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, com exceção da bolsa espanhola, que cede 0,13%. O PSI-20 está a valorizar 0,78%, o alemão DAX 0,3%, o índice francês CAC 40 avança 0,37% e o FTSE 100 ganha 0,24%. A bolsa de Amesterdão valoriza 0,57% e a bolsa de Itália aprecia 0,45%.
Wall Street arranca a sessão desta quinta-feira com alguns índices a caminharem a passos largos para novos recordes. O Dow Jones abriu em queda ligeira, a ceder 0,17% para 36.095,80 pontos, enquanto o S&P 500 sobe ganha 0,21% para 4.670,54 pontos. Este índice está a caminhar para a sexta sessão consecutiva de ganhos.
O tecnológico Nasdaq valoriza 0,42% para 15.877,95 pontos. Os resultados da Qualcomm, a maior fabricante de "chips" para smartphones, animaram os investidores e as ações da companhia estão a reagir em forte alta, a subir mais de 14% para 157,94 dólares, naquela que é a quarta sessão consecutiva de ganhos.
"Arrumado" e digerido o anúncio da Fed sobre o início da retirada gradual de estímulos à economia, os investidores norte-americanos viram-se agora para os dados do emprego nos EUA, que serão divulgados esta sexta-feira. De acordo com Jerome Powell, a Fed acompanhará de perto estes dados para perceber como está a evoluir a economia nos EUA.
Como é habitual às quintas-feiras, foram divulgados os dados sobre os pedidos de desemprego na semana passada, que caíram para 269 mil pedidos, o número mais baixo desde março de 2020, quando surgiu a pandemia de covid-19.
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (o chamado grupo OPEP+) decidiram, na sua reunião de hoje, manter o atual plano delineado em julho: aumentar a oferta em 400.000 barris por dia, todos os meses, até ao final do ano e nos primeiros meses de 2022. Isto numa altura em que a procura está a superar grandemente a oferta.
As cotações do "ouro negro", que estavam a negociar em baixa, inverteram para terreno positivo após esta decisão de não haver um reforço da entrada de crude acima dos 400.000 barris/dias inicialmente previstos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro soma 0,40% para 81,18 dólares por barril.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,04% para 82,84 dólares.
Os Estados Unidos apelaram a que a OPEP+ abrisse ainda mais as suas torneiras, dado o défice de oferta relativamente à crescente procura, mas o cartel e os seus parceiros optaram por manter o status quo.
O consenso entre os investidores era de que a OPEP+ iria resistir aos apelos para acelerar o ritmo dos aumentos de produção, pois muitos dos membros já estão a operar no limite da sua capacidade de produção, sublinhou Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária.
"Outro fator é o acordo para retomar as negociações entre o Irão e um grupo de nações ocidentais, o que poderá levar ao levantamento das sanções que têm limitado as exportações do país do Golfo", acrescentou, considerando que, com a perspetiva de o petróleo iraniano retornar aos mercados, seria improvável que os membros da OPEP concordassem em produzir mais petróleo, "uma dinâmica que continuará a apoiar os seus preços". O que veio a verificar-se.
A moeda norte-americana está a somar esta quinta-feira, depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos ter anunciado a data do "tapering" (início da retirada gradual de estímulos monetários).
O índice do dólar, que mede a moeda norte-americana face a um cabaz de moedas rivais, está a subir 0,49%, para 94,32. Face à moeda única europeia, o dólar está a ganhar 0,57%, para 1,1546 euros.
A Fed, liderada por Jerome Powell, anunciou que vai iniciar, ainda no final de novembro, a retirada de estímulos, que se aguardava há já algum tempo. Depois das reduções de 30 mil milhões de dólares até ao final do ano, a Fed considera "apropriado" prosseguir com reduções mensais de 15 mil milhões de dólares na compra de ativos em 2022.
A previsão da Fed é que o programa de compra de estímulos possa terminar em sete meses.
O ouro está em alta, apesar da subida do dólar (moeda em que é negociado). O metal precioso desvalorizou logo após o anúncio da retirada de estímulos da Fed, atingindo mínimos de três semanas, mas regressou aos ganhos esta manhã.
O metal precioso está agora a valorizar 1,30%, com a onça a valer 1.792,78 dólares, tendo estado longe de tocar a fasquia dos 1.800 dólares por onça.
A prata está também a subir 3,05%, para 23,94 dólares por onça, enquanto a platina soma ligeiramente 0,04%, para 1.032,93 dólares por onça.
Os investidores estão a privilegiar ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verifica de novo na Europa.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a ceder 7,5 pontos base para 0,344%, ao passo que em Itália, na mesma maturidade, recuam 11,2 pontos base para 0,934%, e em França descem 6,2 pontos base para 0,114%. Já em Espanha caem 6,4 pontos base para 0,454%.
Na Alemanha, as "yields" das Bunds a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a aliviar 5,5 pontos base para -0,227%.
As principais bolsas europeias seguiram o exemplo de Wall Street e brindaram os investidores com novos máximos históricos, depois de os presidentes da Reserva Federal dos Estados Unidos e do Banco de Inglaterra terem tranquilizado os mercados, ao garantirem que não está em cima da mesa uma subida precipitada das taxas de juro.
O índice europeu Stoxx 600 subiu 0,46% para 483,45 pontos, um novo recorde, com o índice a valorizar pelo sexto dia consecutivo, naquela que é a maior série de ganhos consecutivos desde meados de junho.
A suportar o otimismo nos mercados acionistas estiveram as decisões tomadas pelo banco central norte-americano, ontem ao final do dia, e, hoje, pelo Banco de Inglaterra.
Apesar de ter indicado que o "tapering" no país começa já este mês, com reduções mensais de 15 mil milhões de dólares na compra de ativos, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que o banco central "pode ser paciente" no que diz respeito ao timing para voltar a subir os juros diretores, o que aliviou os intervenientes de mercado.
Já o Banco de Inglaterra manteve a sua taxa diretora inalterada, apesar das pressões inflacionistas.
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