Europa fecha com ganhos animada por acordo comercial. Maersk dispara 11%
Petróleo ganha mais de 2% com "traders" atentos a negociações comerciais
Ouro cede quase 3% com investidores a virarem-se para ativos de risco
Dólar e yuan valorizam com acordo entre Washington e Pequim
Juros das dívidas soberanas europeias agravam-se em toda a linha. Investidores viram-se para ativos de risco
Europa aplaude acordo entre EUA e China. Stellantis ganha mais de 5%
Acordo entre EUA e China devolve brilho a Wall Street. Sete magníficas voltam ao "rally"
Petróleo lidera ganhos entre "commodities" e salta 3%
Procura por ativos de refúgio recua e arrasta ouro
Dólar pula mais de 1% em relação aos pares após tréguas temporárias
Juros da dívida na Zona Euro com agravamentos significativos. Investidores afastam-se de ativos seguros
Europa fecha com ganhos animada por acordo comercial. Maersk dispara 11%
- Índices asiáticos ganham após negociações entre EUA e China. Futuros europeus em alta
- Petróleo ganha mais de 2% com "traders" atentos a negociações comerciais
- Ouro cede quase 3% com investidores a virarem-se para ativos de risco
- Dólar e yuan valorizam com acordo entre Washington e Pequim
- Juros das dívidas soberanas europeias agravam-se em toda a linha. Investidores viram-se para ativos de risco
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- Juros da dívida na Zona Euro com agravamentos significativos. Investidores afastam-se de ativos seguros
- Europa fecha com ganhos animada por acordo comercial. Maersk dispara 11%
Os principais índices asiáticos arrancaram a semana com ganhos, depois de a China e os Estados Unidos (EUA) terem feito "progressos substanciais" em dois dias de negociações em Genebra, com o objetivo de diminuir as tensões comerciais entre as duas maiores economia do mundo.
Pela Ásia, o Nikkei do Japão subiu 0,31%, enquanto o Topix ganhou 0,29%. Já na China, o Shanghai Composite subiu 0,71% e o Hang Seng de Hong Kong valorizou pelo oitavo dia consecutivo – a melhor séria de ganhos em um ano -, ao registar uma subida de 1,08%. Por cá, os futuros europeus apontam para uma abertura em alta, com o índice Euro Stoxx 50 a ganhar 0,9% a esta hora.
O início das negociações entre os EUA e alguns dos seus parceiros comerciais parece estar a atrair os investidores para a negociação de ativos de risco. "O apetite pelo risco está a regressar aos mercados", disse à Bloomberg Raj Singh, gestor de carteiras da Principal Asset Management. Embora o especialista espere que o sentimento de risco se mantenha durante algum tempo, "toda a situação comercial é bastante fluida e a incerteza é bastante elevada".
Os investidores continuarão à procura de detalhes sobre as negociações entre Pequim e Washington, que deverão ser conhecidos durante o dia de hoje, depois de funcionários chineses já terem passado a mensagem de que as negociações alcançaram um "desenvolvimento sustentável sólido" para a relação entre os dois países.
Adicionalmente, um acordo comercial alcançado com o Reino Unido na semana passada também ajudou a aumentar a confiança de que seria possível atenuar os impactos de uma guerra comercial alargada.
No plano internacional, a Índia e o Japão estão também a negociar com os EUA acordos para reduzir as taxas aduaneiros. O Japão não aceitará qualquer acordo comercial inicial que exclua um acordo sobre automóveis, de acordo com o primeiro-ministro do país, Shigeru Ishiba.
No Velho Continente, os ativos de risco poderão também beneficiar dos sinais de que os líderes da Rússia e da Ucrânia poderão reunir-se esta semana. "O desanuviamento das tensões comerciais, económicas e geopolíticas poderá dar um impulso ao sentimento de risco do mercado", afirmou Valentin Marinov, responsável de investigação e estratégia cambial no Credit Agricole.
O petróleo negoceia em alta esta segunda-feira, com valorizações acima dos 2%, à medida que os "traders" se focam nas negociaçoes entre Pequim em Washington, que decorreram este fim de semana, em Genebra, na Suíça.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 2,64% para os 62,63 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 2,52% para os 65,52 dólares por barril.
Os EUA e a China vão baixar temporariamente, por um período de 90 dias, as taxas aplicadas às importações oriundas de cada um dos países, indica um comunicado conjunto divulgado esta segunda-feira.
As tarifas dos EUA aplicadas aos produtos vindos da China baixam dos 145% atuais para 30%, enquanto as tarifas de 125% que Pequim impôs em retaliação ficarão em apenas 10%.
As negociações entre Washington e Pequim poderão ajudar a impulsionar a procura de crude, à medida que o comércio, atualmente perturbado por tarifas cobradas por ambos os países, é restabelecido.
"O otimismo sobre as conversações construtivas entre os EUA e a China apoiou o sentimento, mas os detalhes limitados e o plano da OPEP+ para aumentar a produção limitaram os ganhos", disse à Reuters Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities. O especialista refere-se aos planos da OPEP+ para acelerar a produção de petróleo em maio e junho, o que irá adicionar mais "ouro negro" ao mercado.
Os preços do ouro registam perdas esta manhã, à medida que os "traders" parecem estar a apostar mais em ativos de risco, com as negociações entre os EUA e a China a impulsionarem o sentimento dos investidores um pouco por todo o mundo.
O ouro cede a esta hora 2,93%, para os 3.227,650 dólares por onça.
Os Estados Unidos e a China vão reduzir temporariamente os direitos aduaneiros sobre a importação de produtos, de acordo com uma declaração conjunta, numa tentativa de arrefecer as tensões comerciais e dar às duas maiores economias do mundo mais três meses para prosseguirem com as negociações.
Os dois países já tinham apontado para um "progresso substancial" com o início das negociações, o que animou os mercados e ajudou as ações a recuperar a maior parte de suas perdas desde o anúncio de tarifas recíprocas do Presidente Donald Trump, a 2 de abril.
Antes do "sell-off" registado esta segunda-feira, os investidores já tinham estado a reduzir a sua exposição ao ouro.
Entretanto, a procura pelo metal amarelo também foi afetada por um cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão, após quatro dias de confrontos entre as duas potências nucleares. Os investidores estarão igualmente atentos aos esforços para garantir a paz na Ucrânia, com Volodymyr Zelenskiy a desafiar Vladimir Putin a iniciar conversações diretas entre os dois líderes esta semana.
O dólar segue a valorizar, com os investidores a aplaudirem um acordo entre a China e os EUA que reduzirá as tarifas recíprocas durante 90 dias, aliviando os receios de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - sobe a esta hora 1,34% para os 101,681 pontos. Ainda assim, o indicador está 2,5% abaixo do valor de 2 de abril, dia em que Trump anunciou as tarifas recíprocas.
Em relação a divisas que servem de ativo-refúgio, como a japonesa e a suíça, a "nota verde" segue a subir 1,93% para 148,180 ienes e 1,79% para 0,846 francos suíços.
"O dólar estava atrasado em relação a outros mercados na recuperação dos mínimos de abril. Agora, as condições estão a reunir-se para um ajustamento mais profundo e uma maior recuperação do dólar para acompanhar as ações e os rendimentos das obrigações", disse à Reuters Kenneth Broux, do Société Générale.
Para além das negociações entre os EUA e alguns dos seus parceiros comerciais, o foco dos "traders" também estará nos números do índice de preços no consumidor dos EUA, conhecidos esta terça-feira, numa altura em que ainda se tenta perceber como é que a disputa comercial tem estado a afetar a maior economia mundial e as expectativas de novos cortes nas taxas diretoras pela Reserva Federal dos EUA.
Do lado de Pequim, o yuan sobe 0,32% para o seu valor mais alto desde novembro, para 0,139 dólares.
"Se a China conseguir chegar a um acordo, outros países asiáticos, como o Japão, a Índia e os países do Sudeste Asiático, poderão seguir o exemplo e fazer avançar as suas próprias negociações comerciais", explicou à Reuters Jason Chan, do Bank of East Asia.
Por cá, o euro cai 1,38% em relação ao dólar, para 1,109 dólares, enquanto a libra perde 1,05% para os 1,317 dólares.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram agravamentos expressivos em toda a linha esta segunda-feira, num dia em que os principais índices do Velho Continente negoceiam em alta, com os investidores a apostar em ações de maior risco.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 5,2 pontos-base, para 3,130%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 5,3 pontos para 3,256%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 4,5 pontos-base para 3,307%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 5,9 pontos para 2,618%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e sobem 5,3 pontos-base para 4,618%.
Os principais índices do Velho Continente negoceiam com ganhos esta manhã, depois de o anúncio de que os Estados Unidos (EUA) irão reduzir para 30% os direitos aduaneiros sobre os produtos chineses durante 90 dias. Do lado chinês, os impostos sobre a importação de produtos norte-americanos serão reduzidos para 10%, pelo mesmo período de tempo.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avança 0,68%, para os 541,64 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX regista ganhos de 0,87%, o britânico FTSE 100 sobe 0,33%, o francês CAC-40 ganha 1,20%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,46%, o italiano FTSEMIB pula 1,26% e o holandês AEX sobe 1,70%.
O índice de referência Stoxx 600 está agora 3,5% abaixo do seu máximo histórico de março. E espera-se que possa reduzir ainda mais as perdas registadas desde o "Dia da Libertação" de Donald Trump, devido ao otimismo de que a Administração norte-americana adotará uma posição mais suave em relação às tarifas impostas aos seus parceiros comerciais.
Depois de Washington ter anunciado um acordo comercial com o Reino Unido na semana passada, os investidores estão agora a aplaudir o acordo feito entre as duas maiores economias mundiais, enquanto se aguarda por mais negociações, nomeadamente entre os EUA e a Índia, e entre os EUA e o Japão.
Entre os setores, a saúde (-2,80%) e o imobiliário (-2,26%) estão a ser os mais pressionados a esta hora. Já o setor dos recursos naturais (+4,86%), o automóvel (+3,27%) e o tecnológico (+2,82%).
A pressionar o setor da saúde estão perdas de mais de 5,50% da dinamarquesa Novo Nordisk, depois de o Presidente norte-americano ter anunciado este domingo que vai assinar uma ordem executiva que, segundo Trump, vai reduzir o preço dos medicamentos sujeitos a receita médica nos Estados Unidos entre 30% e 80%. A acompanhar a queda da fabricante de medicamentos está ainda a AstraZeneca (-3,05%) e a Roche (-3,03%). Por outro lado, fabricantes automóveis do Velho Continente estão a registar fortes ganhos, com a Stellantis a avançar mais de 5%, à medida que a Mercedes-Benz sobe mais de 4% e a BMW salta cerca de 3,50%, assim como a Porsche.
O apetite pelo risco volta em grande. As principais bolsas norte-americanas arrancaram com ganhos significativos, animadas pelo acordo comercial entre a China e os Estados Unidos, que veio acalmar os receios dos investidores quanto a uma recessão económica a nível mundial.
Neste fim de semana as duas maiores economias do mundo reuniram na Suíça para tentar resolver a guerra comercial desencadeada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Esta segunda-feira, ambos anunciaram que vão baixar temporariamente, por um período de 90 dias, as taxas aplicadas às importações oriundas de cada um dos países.
As tarifas impostas à China pelos EUA descem de 145% para 30%, enquanto as taxas de Pequim a Washington baixam de 125% para 10%. "Na nossa opinião, os mercados acionistas estão a regressar ao ponto para onde teriam ido se o 'Dia da Libertação' não tivesse acontecido e se Trump tivesse acabado por aplicar as tarifas recíprocas de 10%", disse Roberto Scholtes, do Singular Bank, à Bloomberg.
Ainda assim, os analistas acreditam que o mercado ainda está frágil, isto porque a pausa de 90 dias não vai corrigir as consequências económicas das imposições iniciais de Trump - e os "traders" estão cautelosos para não ficarem demasiado complacentes. "É uma reação ascendente às notícias, mas a narrativa não mudou: 90 dias de alívio de tarifas não alteram a incerteza criada pelos anúncios de 2 de abril", disse Karen Georges, da Ecofi.
O S&P 500 acelera 3,06% para 5.851,75 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresce 2,56% para 42.382 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite é quem mais avança a esta hora, com um salto de 3,87% para 20.916,25 pontos.
Em destaque estão as "Sete magníficas", que voltaram a um "rally": a Tesla salta 8%, a Apple sobe mais de 6%, a Nvidia pula 4%, a Amazon soma 8,6%, a Meta ganha 5,3%, a Microsoft avança 1% e a Alphabet acelera mais de 3%.
Nos semicondutores, a Advanced Micro Devices e a Marvell Technology ganham mais de 6% e 8%, respetivamente.
Apesar do avanço de maior parte das cotadas, há um setor visado depois deste fim de semana: o farmacêutico. Donald Trump anunciou que vai cortar o preço dos medicamentos prescritos em 59%. Com isto, a Pfizer e a Johnson & Johnson cedem mais de 2% cada.
O crude está a beneficiar do acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo, que acordaram em baixar as tarifas mutuamente depois de se reunirem este fim de semana. As tarifas dos EUA à China descem de 145% para 30% e de Pequim a Washington baixam de 125% para 10% durante um período de 90 dias.
Num "briefing" após as conversações, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que nenhum dos países quer que as suas economias se desassociem, pelo que vão criar um mecanismo para prosseguir as discussões sobre as relações económicas e comerciais.
O petróleo lidera mesmo os ganhos entre as "commodities". O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 3% para os 62,85 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 2,82% para os 65,71 dólares por barril, após ter subido até 4%.
As tréguas temporárias entre os dois países trouxeram um forte sentimento de alívio aos mercados e, no de energia, ainda mais, já que os EUA e a China são os maiores consumidores de "ouro negro" do mundo. Os investidores esperam agora que a compra de crude volte aos níveis habituais, numa altura em que há um excesso da matéria-prima no mercado.
"É, pelo menos, um começo e são melhores as notícias das conversações do fim de semana do que a falta de acordo, pelo que não é de surpreender que os mercados petrolíferos estejam em alta", afirmou Callum Macpherson, da Investec, em declarações à Reuters.
As taxas mais baixas "reduzem os receios de que uma queda económica prolongada prejudique a procura", afirmou Ole Hansen, do Saxo Bank, citado pela Bloomberg, acrescentando que ao foco dos mercados esta segunda-feira é saber se este anuncio marcam um pico de otimismo, "dada a baixa probabilidade de um recuo total dos EUA em relação à China".
O metal amarelo está a ser um dos mais prejudicados pelo acordo comercial entre os EUA e a China, numa altura em que o apetite dos investidores se dirige para os ativos de risco, deixando os ativos-refúgio de lado.
A onça de ouro está a cair 2,64% para 3.237,06 dólares, sensivelmente um mês depois de ter tocado um novo recorde, ultrapassando os 3.500 dólares.
Quanto maior a subida, maior a queda. Os analistas consideram que a febre pelo metal amarelo em abril, acelerada pelos consecutivos vaivéns das tarifas impostas pela Casa Branca, tornou agora o ouro vulnerável à reversão das tarifas.
"Agora que o clima é de esperança, o ouro poderá encontrará potencial de valorização caso um revés nesse otimismo surgir", explicou à Reuters Adrian Ash, da BullionVault.
No acordo anunciado esta manhã, os EUA vão baixar as tarifas de 145% à China para 30%, enquanto a equipa de Xi Jinping irá impor uma tarifa de apenas 10% a produtos importados da América. O acordo tem um prazo temporário de 90 dias.
O primeiro passo para as tréguas entre as duas maiores economias do mundo está ainda a dar ânimo ao dólar, que sobe e torna o ouro mais caro.
"A pressionar ainda mais o ouro esteve o abrandamento das hostilidades entre a Índia e o Paquistão, bem como o aumento das expectativas de uma evolução positiva no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com sinais de que ambos os países poderão avançar para negociações diretas. Neste contexto, o preço do ouro poderá continuar a corrigir em baixa e vir a testar a linha de suporte na zona dos 3.200 dólares", afirmou o analista Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, numa nota a que o Negócios teve acesso.
O próximo foco de atenção dos investidores segue para o IPC dos EUA, o índice de preços no consumidor, divulgado esta terça-feira, numa tentativa de obter orientações sobre a trajetória da política monetária da Reserva Federal.
O dólar norte-americano voltou em força. A nota verde está a ganhar mais de 1% face às restantes divisas, impulsionado pelo acordo de redução das tarifas durante 90 dias entre os EUA e a China.
Num claro sinal de que as negociações entre Washington e Pequim estarão a evoluir favoravelmente, as duas maiores economias mundiais acordaram baixar as tarifas recíprocas: as taxas sobre as importações chineses desce para 30%, enquanto as importações norte-americanas para a China recuam para 10%.
O euro cede 1,38% para 1,1093 dólares, depois de ter já recuado 1,5% e ter tocado mínimos de 10 de abril. Já o dólar avança 2,13% para 148,44 ienes, o nível mais alto desde 9 de abril. Ainda assim, face à moeda chinesa, o dólar perde 0,54% para 7,2002 yuans.
O índice de dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - sobe a esta hora 1,39% para os 101,73 pontos, marco que já não era não atingindo desde o início de abril.
Washington e Pequim reconheceram a importância do relacionamento comercial bilateral para ambos os países e para a economia global, trazendo um "alívio substancial" às perspetivas do mercado, segundo analistas consultados pela Reuters, que antecipavam uma recessão económica a nível mundial.
Ainda assim, há uma parte do mercado que considera que a descida acordada entre as duas maiores economias do mundo durante o fim de semana poderá não ser suficiente. Caso os EUA mantenham as taxas de 30% sobre produtos oriundos do gigante asiático o cenário continuará "negativo" para o crescimento, sem "nenhum sinal claro sobre os temores de recessão ainda", afirmou Sheldon MacDonald, da Marlborough, à Reuters.
"Até termos um acordo final de ambas as partes, quando Trump e o presidente chinês Xi Jinping se encontrarem e apertarem as mãos, é quando começaremos a ver um 'céu azul'", disse John Praveen, da Paleo Leon.
Os juros das dívidas soberanas terminaram a sessão desta segunda-feira com uma subida expressiva, com os investidores a deixarem de lado os ativos seguros e a procurarem o risco, com o mercado animado pelo acordo comercial entre os EUA e a China.
A "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que serve referência para a Zona Euro, subiu 8,6 pontos base para 2,645%. Por sua vez, os juros das obrigações francesas com a mesma maturidade avançaram 6,1 pontos para 3,324%.
Por cá, a tendência de agravamento manteve-se, com os juros das obrigações portuguesas a saltarem 7,8 pontos base para 3,56%. Já os juros das dívidas espanhola e italiana avançaram ambos 6,8 pontos base para 3,271% e 3,675%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas disparou 7,6 pontos para 4,640%. Nos EUA, os juros das obrigações do Tesouro agravam-se em 5,7 pontos base para 4,435%.
Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão da semana com valorizações expressivas, já que o otimismo toma conta dos mercados à boleia do acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Os EUA e a China vão baixar temporariamente, por um período de 90 dias, as taxas aplicadas às importações oriundas de cada um dos países: as tarifas dos EUA aplicadas aos produtos vindos da China baixam dos 145% atuais para 30%, enquanto as tarifas de 125% que Pequim impôs em retaliação ficarão em apenas 10%.
E os acordos poderão não ficar por aqui. O Presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu voltar a entrar em contacto com Xi Jinping no final desta semana e ainda que a taxa de 145% não vai voltar a entrar na conversa.
Com a tensão comercial a diminuir a largos passos, os investidores estão agora a preferir o risco em detrimento dos ativos de refúgio, como o ouro.
Pouco abaixo do recorde atingido em março, o Stoxx 600 - índice de referência europeu - avançou 1,21% para 544,49 pontos, com quase todos os setores no verde. As maiores valorizações deram-se nos setores da tecnologia, das viagens e dos recursos básicos, que ganharam mais de 3% - tendo o último fechado com um salto de quase 5%.
No entanto, há ainda uma parte do mercado que não demonstra o mesmo otimismo. O facto de o acordo entre os dois países ser temporário deixa ainda espaço para uma mudança no futuro. "A narrativa não se alterou. 90 dias de pausa não alteram a incerteza criada pelos EUA a 2 de abril. O mercado continua frágil", admitiu Karen Georges, gestora de um fundo de ações na Ecofi, em declarações à Bloomberg.
Entre os principais movimentos de mercado, a dinamarquesa Maersk pulou mais de 11%. No setor automóvel, a tendência manteve-se, com a Stellantis a subir quase 7%, a Mercedes a ganhar 3,5% e a Volkswagen a avançar mais de 1%.
Nas matérias-primas, os maiores ganhos seguiram para a Rio Tinto, com uma subida de quase 4%, para a Anglo American (5,5%) e a Glencore, que escalou mais de 6%.
O acordo levou ainda a uma maior procura pelo crude, com o setor a subir 2,2%. Empresas como a BP, a Shell e a TotalEnergies somaram valorizações acima de 2%. Nas tecnológicas, a ASML ganhou 6,4% e a Infineon acima de 8%.
Entre as principais praças europeias, o alemão Dax ganhou 0,29%, Madrid ganhou 0,75%, Paris cresceu 1,37%, Londres subiu 0,59%, enquanto Amesterdão aumentou 1,8% e Milão valorizou 1,4%.
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