Ao minuto13.06.2025

Conflito no Médio Oriente atira Europa ao tapete. Britânico FTSE 100 afasta-se de máximos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
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Peter Dejong/AP
Pedro Curvelo e Ricardo Jesus Silva 13 de Junho de 2025 às 17:56
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13.06.2025

Conflito no Médio Oriente atira Europa ao tapete. Britânico FTSE 100 afasta-se de máximos

Christophe Petit Tesson / EPA

As principais praças europeias encerraram a última sessão da semana pintadas de vermelho e em mínimos de três semanas, depois de o ataque israelita a infraestruturas nucleares iranianas ter levado os investidores a reduzirem a sua exposição ao risco e a apostarem em ativos de refúgio, como o ouro e o dólar. O conflito promete não ficar por aqui, com Teerão a garantir uma resposta robusta ao ataque - já retaliou com 100 drones lançados contra território israelita - e Tel Aviv a avisar que este foi apenas o primeiro passo numa campanha para acabar com as pretensões nucleares irianianas.

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, recuou 0,89% para 544,94 pontos, registando a quinta sessão consecutiva no vermelho - a maior série de perdas desde setembro do ano passado. O setor automóvel foi o mais penalizado, ao desvalorizar mais de 2%, com os principais fabricantes da região a alertarem para as crescentes ameaças à produção devido a escassez de terras raras. 

Também o setor das viagens e lazer ficou mergulhado no vermelho, com várias companhias a saírem do espaço aéreo de Israel, do Irão e da Jordânia, perturbando as operações. A Lufthansa, que cancelou todos os vôos de e para Teerão, foi uma das empresas mais penalizadas ao deslizar 2,77% para 6,88 euros. A Ryanair caiu 2,39%, enquanto a British Airways afundou 3,68%. 

Por outro lado, as empresas ligadas ao setor da energia beneficiaram de um disparo dos preços do petróleo no mercado internacional, com a BP e a Shell a crescerem 1,69% e 0,31%, respetivamente. 

Apesar da grande volatilidade e do "sell-off" desta sexta-feira, os analistas acreditam que este não é um cenário que tenha vindo para ficar. "Assumindo que este conflito não escala para uma guerra regional, o foco dos mercados europeus estará rapidamente noutro fator", explica Frank Oland, diretor de investimentos do Deutsche Bank, à Reuters. 

Entre as principais praças da região, o britânico FTSE 100 perdeu 0,39% - o melhor desempenho entre os seus pares europeus -, afastando-se dos máximos históricos que atingiu na sessão anterior. Por sua vez, Madrid caiu 1,27%, Frankfurt cedeu 1,07%, Paris desvalorizou 1,04%, enquanto Amesterdão cedeu 0,84% e Milão deslizou 1,28%. 

13.06.2025

Juros disparam na Zona Euro após ataque israelita ao Irão

Os juros das das soberanas da Zona Euro dispararam esta sexta-feira, após os ataques israelitas a infraestrutruas nucleares iranianas terem lançado choques pelos mercados finaceiros. As "yields" mais penalizadas foram as dos países do sul da Europa, o que levou o spread entre os juros da dívida portuguesa a 10 anos e os das "Bunds" com a mesma maturidade a atingirem máximos de um mês, nos 51,1 pontos, durante a sessão. No final, a diferença acabou por fixar-se nos 50 pontos. 

A rendibilidade da dívida portuguesa agravou-se em 7,4 pontos base para 3,031%, enquanto no país vizinho a subida foi de 8,1 pontos para 3,154% e, em Itália, o agravamento foi de 7,9 pontos até aos 3,481%.

Já as "Bunds" alemãs, referência para a região, viram a "yield" subir 5,9 pontos base para os 2,531%. Os juros da dívida francesa agravaram-se em 7,2 pontos para 3,250%.

Fora da Zona Euro, a rendibilidade das "Gilts" britânicas subiu 7,4 pontos base para 4,548%, enquanto os juros das "Tresuries" norte-americanas disparam 6,1 pontos para 4,420%. 

13.06.2025

Dólar interrompe "rally" do euro com ajuda do conflito Israel-Irão

Tatan Syuflana / AP

O dólar está a valorizar face aos seus principais concorrentes, o euro e o iene, benfeciando do facto de ser encarado como um ativo de refúgio - uma posição que alguns analistas antecipavam que já tivesse esmorecido. Os movimentos acontecem depois do ataque de Israel a território iraniano, que atingiu infraestruturas nucleares do país e lançou o pânico entre os investidores, levando-os a reduzir a sua exposição ao risco. 

A esta hora, o dólar avança 0,40% para 144,05 ienes, enquanto o euro recua 0,25% para 1,1555 dólares. A moeda comum europeia quebra assim uma série de quatro sessões consecutivas no verde, mas as perdas desta sexta-feira não estão a ser suficientes para deixar o saldo semanal da divisa no vermelho. 

"É difícil resolver cada um dos problemas que estamos a enfrentar este ano e que esmagaram a capacidade do mercado de acreditar no dólar americano", explica Juan Perez, diretor de negociação da Monex USA, à Reuters. "Mas, ao mesmo tempo, quando se trata de agressão militar e física ou conflito armado, parece que globalmente ainda há um consenso de que se deve apostar em nos ativos historicamente mais seguros, que é o caso do dólar norte-americano e do ouro", acrescenta. 

Apesar dos ganhos mais recentes, a "nota verde" continua com dificuldade em afirmar-se este ano, tudo devido ao impacto da política comercial de Donald Trump, que lançou choques pelos mercados e fez com que os investidores se afastassem de ativos do país - um fenómeno conhecido por "Sell America". 

13.06.2025

Ouro aproxima-se de máximos históricos com conflito Israel-Irão em foco

Frank Hoermann /AP

O ouro está a avançar mais de 1% esta sexta-feira, beneficiando da sua posição como um ativo de refúgio em tempos de elevada incerteza geopolítica. O ataque de Israel ao Irão voltou a trazer à ribalta receios de que se possa estar a assitir a uma nova escalada de conflito no Médio Oriente, envolvendo nações vizinhas e os EUA. 

"Israel, ao eliminar alvos iranianos, está a causar um pouco de medo geopolítico no mercado. Os preços vão manter-se elevados na expetativa do que está para vir - a retaliação do Irão", explicou Daniel Pavilonis, estratega de mercadoa da RJO Futures, à Reuters. Neste contexto, o metal amarelo está a avançar 1,19% para 3.426,30 dólares por onça, tendo chegado a tocar 3.439,79 dólares. Só esta semana, o ouro já avançou mais de 4%, colocando-o próximo dos máximos históricos que atingiu em abril.

Com o cenário geopolítico a agravar-se, o metal precioso está ainda a beneficiar de um aumento das expectativas em torno de um novo corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Apesar de em maio a inflação nos EUA ter revertido a tendência descendente que vinha a registar, a aceleração dos preços acabou por ser menos acentuada do que o previsto e ficou-se pelos 2,4%. 

Após o ataque desta madrugada, o Goldman Sachs decidiu reiterar as suas previsões de valorização do ouro até ao final do ano e 2026. O banco norte-americano vê o metal precioso a atingir os 3.700 dólares por onça até dezembro, enquanto reafirma uma valorização até aos 4 mil dólares no próximo ano. 

13.06.2025

Tensões geopolíticas estão de volta e fazem petróleo disparar cerca de 9%

Tony Gutierrez/AP

O barril de petróleo chegou a disparar quase 9% esta sexta-feira, no seguimento de um ataque israelita às infraestruturas nucleares do Irão. Apesar de os analistas afirmarem que, até agora, ainda não se registaram quaisquer disrupções no fornecimento de crude na região, os investidores temem que um escalar do conflito tenha um impacto significativo na produção da matéria-prima. 

Os dois "benchmarks" para a negociação do petróleo voltaram a negociar acima dos 70 dólares por barril e chegaram mesmo a atingir máximos de quase cinco meses, com o Brent - de referência para a negociação europeia - a tocar nos 78,50 dólares. No entanto, tanto o norte-americano West Texas Intermediate (WTI) como o Brent viram os seus ganhos a serem reduzidos, com o primeiro a avançar, neste momento, 6,26% para 72,30 dólares por barril, enquanto o segundo cresce 6,04% para 73,55 dólares. 

Desde a invasão da Rússia à Ucrânia em 2022 que os preços do petróleo não registavam uma movimentação tão significativa. No entanto, e como explica o analista do Saxo Bank Ole Hansen à Reuters, este prémio de risco deve diminuir com o tempo, uma vez que "nenhuma instalação de energia foi afetada pelos ataques israelitas, pelo que, a menos que o Irão decida arrastar outras nações, especialmente os EUA, para o conflito, o risco de uma interrupção no fornecimento permanece baixo".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou que os ataques visaram o programa nuclear e alvos militares iranianos e que a ofensiva se prolongaria até "a ameaça ser neutralizada". Teerão já prometeu uma respota robusta aos ataques, tendo mesmo já lançado mais de 100 drones contra território israelita. Os EUA, que se afastaram dos ataques desta madrugada, voltaram a pressionar o Irão a abandonar as suas pretensões nucleares - um pedido que o país voltou a rejeitar. 

13.06.2025

Ataque de Israel ao Irão arrasta Wall Street para o vermelho. Dow Jones cede mais de 1%

AP

Os principais indices norte-americanos arrancaram a derradeira sessão da semana no vermelho, pressionados pelo ataque de Israel a infraestruturas nucleares iranianas. O escalar do conflito está a limitar o apetite pelo risco nos mercados globais, com Teerão a prometer uma resposta robusta contra Tel Aviv e o governo israelita a revelar que este é apenas o começo de uma operação prolongada para previnir a construção de uma bomba nuclear por parte do Irão. 

O S&P 500 recua 0,76% para 5.999,66 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,84% para 19.498,01 pontos e o industrial Dow Jones cede 1,18% para 42.455,73 pontos. Apesar de Washington afastar-se do conflito, o Presidente dos EUA já sugeriu que o Irão tem cota-parte da culpa do ataque, ao recusar repetidamente os apelos norte-americanos para restingir os seus planos nucleares. Donald Trump deixou ainda um aviso: os próximos ataques, planeados por Israel, "vão ser ainda mais brutais". 

“Já tinhamos uma grande incerteza em termos de política interna e agora, para além disso, temos a agitação geopolítica, que não está só a ter impacto nos mercados petrolíferos, como também no prémio de risco em geral”, explica Eric Teal, diretor de investimentos da Comerica Wealth Management, à Reuters.

O ataque levou os preços do petróleo a dispararem quase 9%, com os investidores receosos de que o conflito leve a uma disrupção da produção de crude no Médio Oriente. O movimento está a beneficiar as empresas ligadas ao setor da energia norte-americano em bolsa, com a Chevron e a Exxon a avançarem 0,25% e 1,39%, respetivamente. 

As ações ligadas à defesa estão a negociar com movimentações expressivas, com a Lockheed Martin a valorizar 3,34% e a Northrop Grumman a crescer 2,36%. Por outro lado, as companhias aéreas estão a afundar em bolsa, com os investidores a anteciparem um aumento de preços nos combustíveis. A Delta Airlines cai 3,37%, a United Airlines cede 3,60%, enquanto a Southwest Airlines e a American Airlines perdem 1,17% e 4,45%, respetivamente. 

Já a Adobe afunda 6,90% para 385,13 dólares, apesar de a empresa até ter revisto em alta as suas projeções de lucro para o resto do ano, citando uma procura crescente pelas suas ferramentas de inteligência artificial. A criadora do Photoshop espera agora receitas entre os 23,50 mil milhões e os 23,60 mil milhões de dólares em 2025. 

13.06.2025

Euribor sobe a três e a seis meses e desce no prazo mais longo

A Euribor subiu hoje a três e a seis meses, voltando a superar os 2% no prazo mais curto, e desceu a 12 meses em relação a quinta-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que aumentou para 2,004%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,056%) e a 12 meses (2,084%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje 0,004 pontos, para 2,056%.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou 0,006 pontos face a quinta-feira, para 2,084%.

Quanto à Euribor a três meses, que estava abaixo de 2% desde 30 de maio, voltou hoje a superar este nível, subindo para 2,004%, um aumento de 0,029 pontos face ao dia anterior e após ter batido na quarta-feira um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.

O Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se na semana passada em Frankfurt, Alemanha, e desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

13.06.2025

Ataque israelita ao Irão pinta Europa de vermelho

As bolsas europeias seguem em queda a derradeira sessão da semana, pressionadas pela escalada nas tensões geopolíticas depois de Israel ter lançado um ataque contra vários alvos no Irão e Teerão já ter retaliado com o lançamento de drones.

Os setores energético e da defesa são dos poucos que estão a beneficiar deste cenário, com as petrolíferas a apanharem a boleia da escalada dos preços do crude nos mercados internacionais. Já as companhias aéreas são das mais castigadas, por receios de um agravamento nos custos com combustível para os seus aviões.

O índice pan-europeu Stoxx600 perde 0,57%, para os 546,69 pontos.

Entre as principais praças, o madrileno IBEX-35 cai 1,3%, enquanto o alemão DAX30 cede 1,02% e o parisiense CAC-40 recua 0,91%. 

O italiano FTSEMib perde 1,24%, enquanto o londrino FTSE é o menos castigado, cedendo 0,28%. A bolsa de Lisboa segue neste momento com o PSI a cair 0,88%.

Entre os principais movimentos do mercado, a alemã Rheinmetall e a britânica BAE Systems ganham 0,4% e 3,4%, respetivamente.

As tensões no Médio Oriente deverão aumentar a volatilidade nos mercados numa altura em que o "rally" nas bolsas europeias parece estar já a perder gás, com o Stoxx600 a acumular uma queda de 0,4% em junho.

13.06.2025

Spread dos juros da dívida portuguesa face a "Bunds" em máximos de um mês

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se após o ataque israelita a alvos militares no Irão. As "yields" mais penalizadas estão a ser as dos países do sul, o que leva a que o spread entre os juros da dívida portuguesa a 10 anos e os das "Bunds" com a mesma maturidade tenha atingido máximos de um mês, nos 51,1 pontos base.

A rendibilidade da dívida portuguesa agrava-se em 3,4 pontos base, para 2,990%, enquanto no país vizinho a subida é de 2,8 pontos, para 3,101% e em Itália o agravamento é de 3,1 pontos, até aos 3,433%.

Já as "Bunds" alemãs, referência para a região, veem a "yield" subir 1,1 pontos base, para os 2,483%. Os juros da dívida francesa agravam-se em 1,7 pontos, para 3,196%.

Fora da Zona Euro, a rendibilidade das "Gilts" britânicas sobe 2,8 pontos base, para 4,502%.

13.06.2025

Risco de escalada no Médio Oriente leva ouro a superar os 3.400 dólares

O preço do ouro no mercado à vista (spot) avança esta sexta-feira, com os investidores a tentarem fugir dos ativos de maior risco após Israel ter atacado alvos militares no Irão e Teerão ter retaliado.

A onça de ouro avança 0,95%, até aos 3.417,92 dólares, voltando a aproximar-se dos máximos históricos registados recentemente.

Já a prata, que tem vindo a valorizar e atingiu os preços mais elevados em 13 anos, cede ligeiramente, caindo 0,13%, até aos 36,30 dólares por onça.

A platina, por seu turno, perde 1,23%, negociando nos 1.282,60 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,42%, para os 1.059,86 dólares por onça.


13.06.2025

Dólar valoriza com procura de refúgio pelos investidores

A moeda norte-americana ganha terreno perante as principais divisas internacionais após os ataques israelitas contra alvos no Irão. A "nota verde" beneficia do seu estatuto de ativo-refúgio, que alguns analistas consideravam que estaria em causa devido às políticas seguidas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.

O euro cede 0,3% perante a contraparte norte-americana, negociando nos 1,1549 dólares, enquanto a libra esterlina recua 0,48%, para os 1,3548 dólares.

O dólar valoriza também perante a moeda nipónica, com uma subida de 0,13%, para os 143,6700 ienes.

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